O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 9

Dou a Ulisses meu endereço; é o lugar mais seguro para conversar. Preciso ter cuidado, ainda mais agora que minha gravidez é o assunto mais falado do momento. A mídia não vê a hora de obter algum furo.

Se souberem desse meu encontro, com certeza vão achar que ele é o pai, e, embora seja verdade, quero manter o segredo o máximo que puder.

Está tudo uma confusão. Meu plano era ir para os EUA, mas, por causa do projeto da LHI, acabei esquecendo.

Queria ficar lá até dar à luz os gêmeos, para que não fosse um problema.

Quando acabasse, voltaria para as Filipinas e deixaria a mídia pensar que as crianças eram adotadas, sem que eu confirmasse nem negasse, apenas os deixasse achar o quisessem. Era o plano perfeito, mas não consegui colocá-lo em prática.

Agora, estou começando a me arrepender de ter escolhido Ulisses, as coisas só pioraram. Eu deveria ter achado outro cara. Mas que culpa eu tenho? Ele estava tão gato naquela noite.

Ouço a campainha; ele já deve estar aqui.

Quando abro a porta, sou recebida pelo seu rosto sério.

Digo para entrar e o guio pela sala de estar. Dou um café para ele.

Estou tão nervosa. Isso não estava incluído no plano. Sinceramente, não sei o que fazer agora.

"Desembucha", diz ele num tom autoritário.

Engulo em seco. Por que ele está tão sério?

Levanto do sofá, tentando me acalmar, o encaro e, então, aponto para a minha barriga.

“Bom, dá para ver que...”, digo apenas isso.

Ele contrai a mandíbula; em seguida, assente com a cabeça.

"É meu." Não foi uma pergunta.

"Como você tem tanta certeza?"

Vejo-o sorrir. "Está mais do que na cara, querida."

"Por quê? Porque eu era virgem naquela época? Como você pode ter certeza que eu não fiquei com outro cara depois?", pergunto. Eu ainda estava tentando encontrar uma desculpa para negar a suposição dele.

A verdade é que acabei desistindo dessa ideia. Pedi para ele vir aqui para ser sincera; só disse aquilo para provocá-lo. Queria ver a reação dele.

"Tenho certeza que não. E tenho certeza que você planejou tudo isso. Resumindo, você se aproveitou de mim."

Arregalo os olhos, sem conseguir acreditar. "O que você disse? Que eu me aproveitei de você?! Me poupe!"

Ulisses ri.

Olho para ele, que está tirando sarro de mim. Fiquei nervosa por nada, ele não parece estar levando isso com seriedade.

"Por que você não me contou?" diz ele, agora sério.

Ele é bipolar?

"Por que eu faria isso? Sim, você acertou, eu planejei tudo, mas quero ficar com a criança para mim."

"Por quê?" A curiosidade era genuína.

Reviro os olhos.

"Porque eu só queria um filho. Um marido ou o pai dessa criança não estavam inclusos. É por isso que eu escolhi ter uma transa casual. Mas você não para de aparecer! Estragou o meu plano!", digo e solto um suspiro exasperado.

Ele ergue as mãos. "Ei, calma aí! Por favor, não me culpe. Culpe o destino que não para de unir a gente."

"Destino sua bunda!" digo e fecho a cara.

Ele balança a cabeça e vem até mim.

Esse cara age como se tivéssemos intimidade. Aparentemente ele não levou a minha situação a sério, continua brincando.

"Mas a gente tem um problema."

Fico confusa. "Problema? Que problema?"

"Eu estou noivo. Foi um casamento arranjado", confessa.

Sinto alívio. Para mim, aquilo é uma boa notícia. E, no final das contas, não fiquei tão surpresa: casamentos arranjados são comuns em famílias como as dele.

"Sério?" Não consigo esconder a felicidade na voz.

"Você ficou feliz?", diz ele por entre os dentes.

Comprimo os lábios e me impeço de sorrir. É tão óbvio assim?

Por que eu não ficaria feliz? Ter uma noiva significa que ele não vai querer se envolver para não estragar o casamento. E sou mais do que grata por não ter contato dos gêmeos.

"Claro que não. Mas estou disposta a te ajudar a manter o segredo. Não planejo contar a ninguém que você é o pai. Então, não se preocupe, você pode se casar com ela, e eu garanto que ela não vai saber sobre o bebê."

Ele então me lança um olhar frio.

“Quem disse que eu não quero que ninguém saiba que sou o pai?”

Meus olhos se arregalam. "O que você quer dizer com isso?"

Seu rosto se aproxima do meu.

“Você acha que eu vou escolher uma mulher no lugar do meu filho?”

Desvio o olhar, me sentindo desconfortável de repente.

Se ele só queria dizer isso, por que precisa se aproximar desse jeito? Mais alguns centímetros, e os nossos lábios vão estar se tocando.

“Então, o que você pretende fazer?”, pergunto em vez de responder.

Ele se endireita e fica sério de novo.

"Vou contar para os meus pais sobre o bebê e cancelar o casamento", diz ele.

Fico chocada com a ideia. "O que você disse?!"

Ele me encara novamente e se aproxima do meu rosto. Mais uma vez. Ele está me deixando desconfortável.

"É claro que eles têm que saber do nosso bebê, ele vai ser o primeiro neto da família Escarrer. Tenho certeza que vão entender por que eu quis cancelar o casamento", responde num sussurro.

Eu me afasto para deixar algum espaço entre nós.

"E se eles quiserem que a gente se case?", pergunto, bastante preocupada.

Eu não quero me casar! Isso não faz parte do meu plano! Que caos! Péssima escolha de homem, Ellie!

“Você não quer casar comigo?”

“Claro que não! Ulisses, eu queria um filho, não um marido”, digo em pânico.

“Você não tem escolha. Você se aproveitou de mim e agora precisa assumir a responsabilidade."

Fico de queixo caído. É sério isso? “Como assim eu me aproveitei de você? Você ficou doido?!"

"Claro que sim. É verdade! Você me seduziu para ficar grávida. O mínimo que você pode fazer é assumir a responsabilidade pelo que fez!"

"Mas que droga, Ulisses, é sério isso?! Como se fosse a primeira vez que você fez aquilo! Eu era a virgem naquela noite, não você!"

"Mas foi a primeira vez que fiz sem proteção!", insiste ele.

"Ainda assim! Não quero casar com você! Quero esse filho só para mim!", digo com determinação.

"Sinto muito, Penelope, mas você não pode ter esse filho sozinha, porque eu também tenho o direito de ser o pai", diz ele, sério.

Eu me sinto tão impotente. A situação está piorando.

"Mas eu não quero casar com você", digo quase sussurrando.

Ele vem até mim para me confortar.

"Bom, você quem sabe. Eu casaria com você por causa do nosso filho, mas não vou te forçar se não quiser."

Olho para ele. "E os seus pais?"

Ele sorri. “Bom, isso é problema seu. Você vai ter que convencer eles se não quiser casar comigo, mas já te aviso que vai ser difícil, eles não vão me deixar fugir da responsabilidade.”

Solto um suspiro.

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