O professor e a virgem ninfeta romance Capítulo 40

Olhá-lo ali, bem na minha frente, me fez querer beijá-lo, mas depois de tudo o que ele fez, isso não tinha nenhuma possibilidade de acontecer.

Fiquei o olhando, esperando ele falar algo, mas ele parecia estar procurando as palavras certas.

Fechei a garagem, o encarei novamente e depois dei as costas pra ele e fui pra dentro de casa, eu fiz isso sabendo que ele me seguiria.

Eu não tinha planos pra ter essa conversa com ele tão rápido, afinal eu havia acabado de conversar com a Karen e ainda não tinha tido tempo pra me decidir.

Assim que entrei na sala, sentei no sofá, e fiquei aguardando ele falar alguma coisa, pois se existia alguém que precisava me explicar algo, esse alguém era ele, e não eu.

A cada segundo que ele passava em silêncio, procurando as palavras certas pra falar, me deixava mais ciente que ele não queria me magoar.

Ninguém passaria tanto tempo buscando palavras se tivesse a intenção de magoar alguém.

Quando ele finalmente começou a falar, ele confirmou mais ainda a minha tese, se bem que ele já havia me magoado demais e seria muita covardia da parte dele, se ele continuasse com essa intenção.

Eu só sabia ouvi-lo, eu não conseguia encará-lo enquanto ele falava, pois eu tinha medo dos meus sentimentos manipularem a minha decisão.

Ouvi-lo se desculpar por tudo, me deixou mais amolecida, pois ele nunca havia feito isso antes, mas quando ele tocou no nome da Karen, a raiva veio com tudo.

Eu não conseguia entender como ele foi capaz de querer usá-la pra me atingir.

Foi então que eu o encarei.

Eu queria ver através do olhar dele, se tudo o que ele me dizia, era real, se ele realmente tinha se arrependido de tal ato.

As atitudes referente a Karen não tinha justificativa, mas eu queria ver através do olhar dele se isso nunca mais iria se repetir.

Ele disse que tudo aconteceu antes de saber que ela era a minha amiga, e quando eu o questionei sobre o dia anterior, quando ele já sabia disso, ele tentou justificar usando o que aconteceu na universidade.

Eu juro que tentei ser forte, eu tentei não chorar na frente dele, mas não consegui, as lágrimas queimavam em meu rosto.

Ele tentou se aproximar de mim, mas eu não permiti.

Eu não poderia deixar ele chegar perto de mim, com a raiva enorme que estava em meu peito.

Eu não mudaria nenhuma atitude minha dentro daquela sala na universidade, pois ele já havia arrancado muitas coisas de mim, como a minha paciência, a minha estrutura, o meu equilíbrio, a minha sanidade mental e eu não deixaria ele arrancar o meu amor próprio, apenas pra ele se satisfazer, e eu me tornar apenas mais uma que ele comeu dentro daquela universidade.

Não importava se ele se sentiu rejeitado, se ele se sentiu humilhado, ou se a raiva tomou conta dele, nada disso era justificativa pra ele ter procurado a minha melhor amiga, pra ela dar a buceta pra ele novamente.

Eu não iria levar a culpa por ele ser um grande cretino.

Em um momento da nossa conversa, ele falou do meu beijo.

Mas ele não fazia ideia de quantas vezes eu o desejei, o beijo também foi importante pra mim, mas o Kyle era especialista em estragar coisas boas, inclusive as idealizações que eu tinha com ele.

Quando eu o ouvi se dizer arrependido, quando eu senti que as palavras dele eram sinceras, quando ele disse que eu venci e que estava cansado de lutar contra mim, e que eu derrubei o ego dele, eu tomei a decisão de perdoá-lo.

Eu esperava apenas ver um pouco de vestígios de mudança, mas ele me deu mais do que isso.

Quem é o Kyle?

Quando conheci o Kyle, ele era incapaz de ceder alguma coisa, e pedir desculpas então? isso jamais aconteceria.

Se deixar perder, pra que uma mulher pudesse vencê-lo, era quase impossível.

Então a partir do momento que eu o vi disposto a mudar por mim, eu vi que estava na hora de eu ditar as minhas regras.

É claro que eu não disse pra ele que ele estava perdoado.

Eu não sou tão ingênua assim.

Ele teria que lutar pelo meu perdão, teria que lutar por uma chance, teria que se esforçar pela primeira vez, pra ter uma mulher.

E isso iria começar imediatamente.

Eu decidi pedir o celular dele pra que eu pudesse ver com o que eu iria precisar lidar.

Ele ficou sem entender nada, e assustado também, ele me perguntou o motivo de eu querer o celular dele, mas eu não o respondi, apenas fiquei com a mão esticada, o testando pra ver o quando ele estava disposto a ceder, foi então que ele me entregou.

Assim que peguei no celular, percebi que ele tinha senha, e quando eu perguntei qual era a senha, ele ficou mais assustado ainda.

Ele pediu o celular de volta pra poder colocar a senha, mas eu não dei.

Eu poderia ter dado? poderia, mas a reação dele me deixou desconfiada.

E se fosse o nome de alguma mulher?

Eu disse que queria a senha novamente, e ele levou alguns segundo pra falar, o que eu não esperava era que a senha fosse "Buceta69".

Eu quase não acreditei quando eu ouvi, eu até que tentei achar que era brincadeira dele, mas ele afirmou que era essa senha mesmo e eu fiquei horrorizada.

Quando eu coloquei a senha, eu fui direto pra agenda telefônica dele.

Afinal, eu queria ver a quantidade de mulheres que ele tinha lá.

Eram 890 contatos.

Quem tem tanto contato assim?

Era uma tal de Aninha Prechecão, uma tal de Bruna Peituda, uma Carlinha gatinha, uma Dayana Safadinha...

Ele tinha umas várias mulheres em casa letra do alfabeto, nem o Z escapou, era uma Zenaide boqueteira, era um verdadeiro horror.

- Que sem vergonha, safado e mulherengo, pensei.

Depois disso, fui olhar os aplicativos de sexo, e não dava pra contar a quantidade de encontros que ele já havia marcado.

Nos apps de relacionamentos, da mesma forma.

- Da pra confiar em um ser desses? pensei.

Eu fiquei estarrecida com tanta baixaria, sem contar na quantidade de safadezas no aplicativo de conversas dele.

Era um risco enorme pra mim, e fiquei me perguntando se valeria a pena correr esse risco.

Eu teria muito o que pensar.

Antes de eu devolver o celular pra ele, eu olhei as mensagens e vi que ele e a Karen haviam trocado mensagens, tanto antes dela ir conversar comigo, quanto depois.

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