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O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 111

VALERIA

Os soldados vampiros estavam sendo atacados, garras escuras surgiam traiçoeiramente do nada.

Por melhor que fosse a visão deles, era quase impossível prever os golpes. Os gritos se acumulavam, junto com o cheiro de sangue.

— Maldição, Valeria, corra! Corra para fora dessa porcaria ou eu mesmo vou jogar os seus amiguinhos pulguentos no primeiro espectro que aparecer! — rugiu o Rei Vampiro. E foi exatamente o que fiz, comecei a correr como uma louca.

Meu vestido voava ao vento, a escuridão se revolvia ao meu redor, éramos perseguidos, olhos vermelhos por todos os lados, gritos e puro terror.

No meio de tanta escuridão, vi uma luz brilhante, como a fenda de uma porta gigantesca entreaberta. Do outro lado, deveria estar a salvação.

Meus tornozelos foram agarrados, os saltos dos meus botins afundavam em uma substância pegajosa, e garras afiadas seguravam meus braços.

Precisei lutar várias vezes. Não acredito que ser uma Selenia me tornasse completamente imune ao perigo.

— Já estamos perto! Corram, corram! — gritei para meus amigos que me seguiam de perto.

Estendi a mão a menos de um metro daquela luz cegante, pronta para empurrar a maldit4 saída com toda a força. Mas o chão se quebrou sob meus pés, e fui engolida pelas águas negras e congeladas do lago.

Algo me puxava para as profundezas. Eu lutava, chutava, mas meus olhos permaneciam fixos e obcecados com a luz que brilhava na superfície. Tão perto, mas tão longe.

Estiquei minha mão, as bolhas escapavam da minha boca. Estava me afogando, e não era só eu; todos que chegaram até ali estavam na mesma situação.

Será que eu não era a escolhida? Toda essa história de Selenias, era apenas uma mentira?

Apertei o colar em meu peito. Eu me recusava a morrer.

Não podia, não podia.

Precisava proteger minha cachorra, precisava contar a Aldric que teríamos um bebê, que éramos uma família.

Meus olhos começaram a se fechar, meus pulmões ardiam em agonia, e meu coração quase parou.

“Humildade, empatia, gentileza, perseverança e uma alma piedosa.

Eu não te dei o poder de tocar as alturas apenas para chegar até mim pisando na cabeça de seus irmãos. Assim como todos eles, quando chegar ao final do caminho, você sentirá o medo real de ser mortal.”

Uma voz etérea e misteriosa ecoou de repente em minha mente.

— Celine, acorda! Quinn, por favor, estejam vivos, por favor! — Sacudi-os desesperadamente, ajoelhada ao lado deles. Eles estavam de mãos dadas, e, apesar de tudo, nunca se soltaram.

Quinn abriu os olhos de repente e respirou profundamente, enchendo os pulmões de ar. Ao mesmo tempo, tosses foram ouvidas atrás de mim.

— Celine… — Ele se inclinou para acordar a Alfa, que também reagiu repentinamente, respirando com dificuldade.

— Graças à Deusa, gente! — Abracei-os, quase chorando de alívio. Minha consciência não suportaria se algo lhes acontecesse nessa loucura.

Eles também me abraçaram, os três se recompondo. E, na verdade, nossas roupas não estavam molhadas, nem nossos corpos.

— Valeria, onde… onde estamos? — Celine me perguntou, olhando fixamente para frente, como em choque.

Virei minha cabeça na mesma direção e meus olhos se arregalaram de surpresa. Meu coração começou a bater freneticamente.

O chamado dos meus ancestrais, a conexão que me unia a todas as Selenias, puxava minha mente e minha alma.

— Aqui é a prisão de Umbros e o túmulo das Selenias. — Falei com um brilho nos olhos.

Aqui, teríamos que lutar e vencer, ou todos morreríamos, e o mal prevaleceria.

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