O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 475

NARRADORA

"Não, não, é o pai dela!" Respondeu a Soul, tentando resolver a situação antes que tudo saísse do controle.

Beof imediatamente percebeu a identidade do atacante, e seu lobo também reconheceu o cheiro.

Mas uma coisa era não lutar até a morte com o futuro sogro, outra bem diferente era simplesmente aceitar ser assassinado no jardim.

—Regente, escute, eu posso expli...! MALDIT4 SEJA!

Nem explicação, nem nada. O lycan sombrio se lançou sobre ele como uma locomotiva sem freios.

—Pai, não! —Amara gritou, levantando-se do chão, horrorizada ao ver seu pai transformado em lycan, lutando contra seu companheiro, que continuava levando golpes em sua forma humana.

Ela precisava intervir.

Seu pai não ouviria as explicações que Beof estava tentando dar, e ele não estava se transformando por respeito.

Se ergueu, determinada a se transformar e interceder.

—Não, não, deixa que eles resolvam as diferenças. É assim que os machos fazem. —Nyx e Victoria a seguraram.

Todos já estavam a par da situação, mas sabiam que algumas coisas precisavam ser resolvidas à moda antiga.

—Mas ele vai matá-lo! Meu pai não entende razão desse jeito! PAPAI, SE VOCÊ MATAR MEU COMPANHEIRO, EU NUNCA VOU TE PERDOAR! —Ela gritou, os olhos marejados de lágrimas.

As garras de Vorath vacilaram por um segundo no ar, antes de se virar para encará-la e soltar um rugido feroz.

"VOCÊ ME ENGANOU, AMARA! ESSE HOMEM TE FEZ MAL, ELE NÃO É PARA VOCÊ!"

E voltou ao ataque.

Beof rolou no chão, e onde ele estivera segundos antes, havia agora sulcos profundos no solo, rasgados pelas garras de Vorath.

Seus punhos se fecharam, colidindo com os da besta, que rugiu e avançou direto para sua garganta.

—Eu amo sua filha! Eu vim pedir a mão dela, vamos conversar como homens civilizados! - Beof gritou, agora realmente irritado.

Estava sangrando por toda parte. Ele teria que se transformar. Era forte, mas não mais do que a forma lycan de Elliot.

Com as presas quase se fechando em sua garganta, Beof desviou no último segundo e chutou com toda sua força as costelas de Vorath.

Sentiu o impacto esmagar o ar para fora dos pulmões da fera. Aproveitou a brecha para saltar para trás, mas Vorath não o deixaria escapar.

Suas garras se cravaram em seu braço, rasgando a carne.

Fechou o punho em torno dele e o ergueu no ar, com um rugido de fúria, para depois arremessá-lo contra a parede de pedra do castelo.

O vento zunia em seus ouvidos, o braço prestes a ser arrancado.

Beof sabia que teria que se transformar, ou morreria.

BAM!

Seu corpo enorme colidiu contra a parede fria e dura. Seus ossos e articulações estalaram perigosamente.

A parte inferior de sua cabeça bateu forte, abrindo um corte profundo.

O impacto o deixou tonto.

"Eu vou sair, m*****a seja! Não vou morrer agora que encontrei minha mulher!" Soul tentou de tudo para chegar até Vorath, mas aquele lobo teimoso não queria escutar nada.

Através do sangue escorrendo em seus olhos e da visão turva, Beof viu uma sombra volumosa se aproximando em velocidade mortal.

Seus olhos marejados olhavam para o pai com reprovação.

Por isso, preferiu enganá-lo e fazer tudo às escondidas. Elliot não queria nem ouvir falar de pretendentes em casa.

Lavinia já tinha 30 anos e continuava solteira!

Ela sabia muito bem que sua irmã já tivera amantes por aí, mas sua mãe sempre dava um jeito de escondê-los do pai.

Para Elliot, nenhum homem era bom o suficiente para suas filhas.

Era um ciumento tóxico patológico.

"Não, pai. Você me ouviu gritando por causa do feitiço do Laziel, que me assustou. Beof não me machucou. Ele nunca me machucaria..."

Ela explicou, tentando conter os soluços.

"Eu… eu só queria te proteger, Amara… Kath, esse homem nem ao menos foi vê-la antes! Ele a marcou sem se apresentar! Ele acha que minha filhote é órfã, por acaso?!"

Elliot recuou um pouco, mas ainda estava furioso.

—Lamento, Regentes. Eu sei que fiz errado ao tomá-la dessa forma. Mas ela é minha companheira. O instinto falou mais alto — A voz séria de Beof soou atrás de Katherine.

A Duquesa se virou para ele, suspirando.

—Isso não significa que eu não respeite Amara, ou seus pais. Eu a marquei e serei responsável por ela pelo resto da minha vida. Eu vou protegê-la.

— Eu sei bem o quão "persuasiva" minha filha pode ser. Acho que todos aqui temos nossa parcela de culpa. O melhor é resolver isso como adultos.

Katherine respondeu com firmeza, ouvindo os passos apressados de Amara e Lavinia se aproximando.