O Supremo. romance Capítulo 5

Andréia

Faz algumas horas que estou nesse avião junto com meus pais, eu resolvi mudar os planos um pouco já que de qualquer forma terei que ir pra casa de Ana que já está lá me esperando não posso enrolar e a alcatéia é pequena, nos encontraríamos mais cedo ou mais tarde, chegando lá vou dizer a verdade pra eles quem sabe assim evitamos várias caças atrás de mim sem necessidade e possivelmente minha captura e tortura.

Graças a Deus chegamos aviões de dão arrepios, saímos do avião e fui buscar as malas enquanto meus pais foram pedir o taxi fora do aeroporto, com a ajuda do motorista um senhor muito gentil que reparei em seu olhar o quanto ele tinha pena de mim, coloquei as malas no porta malas e seguimos caminho a ‘’nossa’’ nova casa onde começarei meu plano já antes de entrar.

Passou alguns minutos e chegamos a nova casa que era de dois andares na cor branca e parecia ser grande pelo menos por fora, na porta eu já estava nervosa, mas ia fazer mesmo assim, como só trouxemos as malas dos meus pais só carreava comigo uma mochila com algumas roupas já que o resto já estava na casa de Ana, ela veio para a alcatéia mais cedo, quando o motorista saiu eu agradeci acenando e me virei para eles.

- Bom, já quero começar falando que vou ser sincera, eu não vou morar com vocês, então estou indo nessa. – Disse eu pensando que seria tão fácil assim e na minha cabeça realmente era, mas eu fiquei esperando eles falarem que nunca precisaram de mim pra nada mesmo ou mesmo por gritos, porém sou surpreendida.

Mãe – E onde você vai morar? Com os ratos? Com a sua irmã? Ela tem a vida dela pra viver e você vai querer atrapalha sendo um encosto na vida dela também como está sendo na nossa? Agora pare de falar besteiras e entre com nossas coisas agora sua inútil para não desperdiçar mais nosso tempo. – Disse me encarando, me encolho um pouco pelo seu olhar.

- Não importa onde eu vá apenas não irei conviver mais com vocês, só queria me despedir afinal vocês querendo ou não me criaram, mas agora que eu reparei ter sido uma péssima idéia e eu não suporto mais viver com vocês. – Digo me afastando dos dois.

Pai – Não teste a minha paciência Andréia, eu estou te avisando, aproveite que estou de bom humor. – Diz se aproximando de mim lentamente me ameaçando e me dando um certo medo pelo seu tom de voz.

- Coisa rara hoje em dia é você me avisar de algo antes de fazer, se eu fosse morar com vocês eu teria trago minhas coisas não acham? E acordem eu já não sou mais escrava de vocês e estou indo embora sim não interessa para onde porquê quanto mais longe eu estiver mais segura eu vou estar. - Digo com raiva, não serei humilhada mais.

Mãe – Você não vai a lugar nenhum, o Supremo irá vir aqui hoje e você vai deixar tudo pronto pra sua chegada assim como o almoço e você não tem muito tempo se eu fosse você sua ingrata eu começaria logo. – Me ameaça olhando as horas em seu relógio de pulso e me puxando pra dentro de casa com força.

Pai – Não demore a dar uma lição nela, pois o Supremo pode chegar a qualquer hora. – Diz olhando pra minha mãe.

Minha mãe me arrasta pelo chão da casa até um quarto que suponho que seria o meu já que só tem produto de limpeza, já podem imaginar que fica bem escondido esse lugar, ela me joga no chão com muita força apesar de saber me defender nunca encostaria um dedo na mulher que me deu à luz e querendo ou não ela me deu um teto. Ela começou a me bater distribuindo socos e tapas pelo meu rosto e corpo me chutando na barriga, na perna e na cabeça.

Já me vi em várias situações parecidas como essa durante toda a minha vida, onde sempre acabava sendo agredida, machucada e até atropelada, comecei a tossir bolas de sangue e perder as minhas forças graças a intensidade e voracidade das pancadas, foi onde eu não consegui enxergar mais nada, antes de desmaiar pude ouvir minha loba ficar agitada e fazer um pedido suplicante em meus pensamentos.

Mel – Andréia por favor, me escuta, não desmaia agora, estou sentido que algo pode acontecer de bom, tente se manter acordada, se desmaiar agora vai demorar pra gente acordar.

- Então me ajude a manter a consciência Mel, porque meu corpo já não aguenta mais. - Digo baixinho chorando.

Mel - Eu posso tentar. - Ela está sem forças também sem se alimentar por alguns dias.

– Me perdoe Mel, mas acho que não vou conseguir ficar acordada se ela continuar a me bater.

Mel – Pelo menos tente o máximo possível... – Saio dos meus pensamentos não conseguindo mais ouvir a Mel me concentrando em um barulho estridente vindo do andar de baixo.

Antes de levar mais um chute na cabeça que com certeza ia retirar de mim a pouca consciência que eu estava tentando manter, minha mãe para de repente e uso um pouco das minhas forças que restaram para abrir um pouco meus olhos e vejo ela olhando para a porta atrás de si onde pude ver um homem bem alto que percebi não ser o meu pai, o olhei mas só via tudo embaçado virando meu rosto em sua direção deixei mais duas lágrimas caírem indo de encontro ao chão onde agora eu me encontrava deitada toda suja de sangue e em seguida só enxerguei escuridão, me esforcei a manter a consciência, porém estava tão exausta que me permiti descansar a mente e meu corpo pelo menos por um breve tempo.

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