Ovelha em Roupas de Lobo (Laika) romance Capítulo 4

LAIKA

A Madame finalmente me tirou de trabalhar para o Alfa Karim. Não me designaram a outro guerreiro, ao invés disso, me pediram para servir no bar onde os homens se reuniam e bebiam para afogar as mágoas. As pessoas no bar eram mais gentis do que a Madame Theresa e a filha dela, e eu preferia ficar o dia todo no bar do que voltar para a tenda do meu guardião. Mas foi infeliz para mim, pois a Madame Lena, a dona do bar, fechava à noite, e eu não tinha outra opção a não ser voltar para o meu inferno.

Eu estava feliz por não ver mais o Alfa Karim, pelo menos, eu não o encontrava cara a cara, embora ele estivesse por todo lado. Já se passavam alguns dias desde que tinha sido retirada e a Erika havia assumido o meu trabalho, mas quando via o Alfa Karim, ele não parecia ter notado que eu tinha ido. Outro dia, até o vi conversando com a Erika. Ele não sorriu para ela, mas pelo menos estava falando com ela, e isso já era um começo. Ele nem sequer se importava comigo. Sabendo como a Erika é obcecada pelo Alfa, ela facilmente cederia se ele pedisse para abrir as pernas. Pensar nisso me causou uma dor aguda no peito, mas tentei ignorar.

Eu não era adequada para ele, e era mais seguro não assumir nada. Eu também ficava me perguntando se o Alfa Karim ainda estava bravo comigo por ter o rejeitado. Ele se lembrava da minha rejeição toda vez que me via?

— Laika! — A voz da senhora Lena cortou meus pensamentos e me arrastou de volta à realidade.

Virei para ela e senti o cheiro familiar de uma fragrância. Os pelos na nuca se arrepiaram porque eu sabia que o Alfa estava ali. O que ele estava fazendo ali? Será que ele sabia que eu trabalhava ali agora? Ele costumava vir ali? Enquanto marchava em direção à senhora Lena, recusando olhar para as mesas, percebi que o bar estava mais barulhento do que o habitual. Ouvi vozes poderosas que rugiam em gargalhadas. Era só o Alfa e seu bando que teriam coragem de rir livremente, pois dominavam a matilha.

— Sim, Madame Lena.

— Aqui. — Ela me entregou uma bandeja cheia de canecas de cerveja. — Sirva o Alfa e seu bando com isso e tenha cuidado.

Meu coração afundou no meu abdômen, escorregou pelas minhas coxas e caiu no chão. Meus planos de evitar o Alfa a todo custo até que ele encontrasse uma companheira escolhida falharam miseravelmente. Por que eu tinha que ser a única que a Madame Lena via para executara aquela tarefa?

— Uh...

— Há algo mais? — A senhora Lena perguntou, parecendo nervosa, e eu sabia que ela não me ouviria, mesmo se eu expressasse meu desconforto. Balancei a cabeça. — Agora, saia da minha vista e sirva os homens.

— Sim, senhora. — Peguei a bandeja de cerveja e caminhei até a mesa onde ele estava sentado com seu bando. Eles estavam conversando, e ele parecia tão imerso na discussão, olhando apenas para o homem que estava falando.

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