Por Amor ou por Vingança Ponto de encontro

Mariana
Quando chegou o momento de começar a organizar as coisas para fechar a loja e ir embora, eu tinha certeza de que não encontraria nenhum dos dois homens à minha espera e por esse motivo saí tranquilamente da minha sala.
Constatei que eu estava redondamente enganada.
— Não posso acreditar que ainda estão aqui! — Eu estava realmente indignada — Vocês não tem nada melhor para fazer, do que perturbar a minha tão adorada tranquilidade?
Ethan e Arthur ainda estavam encostados ao balcão, aparentemente conversando, ou discutindo, ou seja lá o que eles ainda estavam fazendo ali, e eu fiquei verdadeiramente irritada por tamanha insistência.
— Estou esperando você para irmos embora — Ethan diz, parecendo bastante convencido de que eu iria realmente para casa com ele.
— E eu gostaria de conversar com você por alguns minutos — Arthur diz por outro lado.
Eu mereço? Faço a pergunta e mesmo respondo para mim em pensamento: Não mesmo! Porém, antes que eu possa dizer mais alguma coisa, vejo uma mulher passar pela porta de entrada e demoro a acreditar naquilo que os meus olhos estão vendo.
— Não é uma cliente — digo para o Matheus, quando ele faz menção de ir atender a recém chegada.
Os dois homens parecem ficar curiosos e se voltam na mesma direção em que ainda estou olhando, e todos nós acompanhamos a mulher até que ela pára ao lado deles.
— Vejam só quem eu encontrei em uma loja de roupas — Bruna diz, olhando de um para o outro — Os dois sócios e amigos inseparáveis, Arthur Rodrigues e Ethan Constantino…
A criatura tem uma cara de pau realmente extraordinária e eu não acredito ainda na sua audácia de entrar em minha loja, claramente para confrontar os dois homens que eu nem mesmo queria que estivessem ali.
— E por acaso a minha loja é ponto de encontro, agora? — eu pergunto de maneira retórica — Não mesmo! Ou compram alguma coisa ou então sintam-se à vontade para ir embora.
Todos me olham com cara de incredulidade, e eu não entendo por que, oras.
Cansei daquela ceninha sem graça, bem no horário que eu iria fechar a loja e finalmente ir para casa, ter o meu tão merecido descanso, depois de uma noite não tão boa e um dia puxado de trabalho.
— Eu preciso falar com você, Ethan — a mulher ainda insiste, sem levar em conta as minhas palavras — Vamos até o seu apartamento?
Eu tento manter uma fachada de neutralidade, mas por dentro sinto algo realmente incômodo, e o meu coração bate um pouco mais acelerado. Deve ser raiva daquele povo horrível.
aguardo com expectativa pela resposta do Ethan, sem conseguir acreditar que ele seria capaz de ir embora com aquela mulher mesquinha e fútil, que foi capaz de empurrar a Lavínia da escada, apenas alguns dias
Ethan olha para a Bruna, depois para o Arthur e, de maneira surpreendente, ele segura em meu pulso, dando a volta no balcão de maneira tão rápida, que eu nem mesmo tive tempo para qualquer reação.
— Não tenho nada para falar com você, Bruna. Mas eu posso pedir ao meu advogada para entrar em contato com você, caso insista em me procurar — Ethan diz, me puxando para a porta há poucos metros — Vamos ao seu escritório, preciso falar com você, Mariana
Eu não consigo falar nada antes de estarmos dentro do pequeno escritório, pois a atitude do Ethan foi algo completamente imprevisível.
— Você está completamente malu…
Não completo a frase, os lábios do Ethan estão esmagando os meus em um beijo terrivelmente gostoso.
Vamos para a sua casa — ele diz, as nossas bocas ainda coladas uma à outra e nossas respirações rápidas — Ou você prefere que eu primeiro faça alguma chantagem para
[email protected]! Cretin0! — eu digo, tentando me soltar dos seus braços, mas ele consegue me manter junto ao seu corpo, com um
Que cara mais insuportável!
Tudo bem, então — ele diz, seu sorriso cínico novamente presente — Você sempre escolhe o jeito mais difícil, é
diz, balançando a cabeça de um lado para o outro, em um gesto negativo e depois me solta, dando alguns passos em direção à porta. Sinto um estranho frio no estômago, ao acreditar que ele está indo embora assim, do nada, sem insistir realmente e tenho vontade de me bater, por ser tão suscetível aquele homem.
invés de abrir a porta e ir embora, como eu acreditei que faria, Ethan gira a chave, trancando-a e me deixando curiosa com mais uma de suas
O que pensa que está fazendo? — Eu reclamo, é
aquilo que quero — ele diz, e eu o encaro sem entender