Resumo de Programação de Sábado – Uma virada em Por Amor ou por Vingança de Taize Dantas
Programação de Sábado mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Por Amor ou por Vingança, escrito por Taize Dantas. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Mariana
Encarei o Ethan, aguardando pelo momento em que ele diria que estava indo embora, mas ele não dizia nada, apenas ficou lá, me encarando de volta, um sorriso ridículo naquela cara cretina dele.
Sendo assim, eu mesma precisei tomar a iniciativa de mandar ele embora, afinal, eu quero voltar a assistir a minha novela, que eu tinha pausado no momento principal, quando o idiota tocou a campainha.
— Você já pode ir embora, Ethan — eu digo, sem me preocupar em ser educada.
Mas, pensando bem, o primeiro mau educado na história toda foi ele, que chegou na minha porta sem avisar que viria, ou melhor, sem perguntar antes se eu aceitava a sua visita.
Diante da minha pergunta, Ethan apenas se instala de maneira mais confortável na poltrona da minha sala, ainda com o seu sorrisinho besta no rosto.
— Eu não pretendo ir para lugar algum essa noite — ele diz, me deixando em choque — Pode fechar a boca, querida, que eu vou ficar aqui, te fazendo companhia.
— Você só pode estar brincando!
Não posso acreditar que Ethan pretende ficar na minha casa, em pleno sábado à noite, quando tinham tantas outras opções mais interessantes para ele fazer.
Ethan só poderia ter como objetivo me perturbar, tirar a minha tranquilidade!
— Eu estou falando muito sério, querida — ele confirma aquilo que eu ainda não tinha conseguido absorver realmente — O que você está assistindo?
Nesse momento, Ethan olha para a TV e ao perceber em qual cena o vídeo estava pausado, ele solta uma sonora gargalhada.
— A novela da Lavínia? É isso mesmo que você estava vendo?
Ethan é um homem muito bonito, mas o seu sorriso sempre trazia uma ponta de cinismo, o que tirava um pouco a sua beleza e me deixava chateada com ele.
Mas naquele momento, sorrindo de maneira tão espontânea e verdadeira, ele ficou ainda mais bonito, literalmente um pedaço de mau caminho, no mais estrito sentido da expressão.
Eu fechei ainda mais a minha cara, e estava realmente chateada com a intromissão daquele odiota bisbilhoteiro, gostoso, é verdade, mas um idiota ainda assim.
— Eu não te devo satisfação alguma sobre o que eu vejo na minha TV, seu intrometido — eu digo, verdadeiramente irritada.
— Tudo bem, não precisa ficar tão chateada — ele diz, mas ainda trás o sorriso bobo em seu rosto.
Ethan fica de pé e chego a sentir algo parecido com decepção, ao imaginar que ele mudou de ideia sobre ficar na minha casa e pretende ir embora.
Mas ele caminha até o sofá onde eu estou, e para a minha surpresa, mais uma, na verdade, Ethan se senta ao meu lado, e deita o corpo de encontro ao encosto, as mãos por trás da cabeça.
— A poltrona é muito pequena pra mim — ele explica — Vou ficar aqui com você.
Eu não esperava por companhia naquela noite, menos ainda que fosse ser Ethan Constantino, e isso me deixa sem reação, pois é totalmente inesperado.
— Estou pronto, pode liberar o vídeo — ele diz — Não é a melhor programação, mas é o que você está vendo — completa, como se aquilo explicasse alguma coisa.
Eu, mesmo me sentindo completamente contrariada com o visitante indesejado, apertei o play no controle remoto e liberei as imagens.
Por mais que eu não desejasse gostar da companhia de Ethan, afinal, ele estava me chantageando, e dificultando a vida do Murilo, eu admiti, ao menos para mim mesma, que ele não é um homem realmente desagradável para mim, muito pelo contrário.
Ficamos vendo a TV, mas eu não estava conseguindo me concentrar no que estava passando na tela, essa é a verdade.
Estar lado a lado com Ethan, no conforto da minha sala de estar, vendo TV, é algo que considero íntimo demais e que está conseguindo me afetar de maneira preocupante.
— Terminou — Ethan aponta o óbvio, fingindo estar triste com o fato — O que vamos ver agora?
— Por que você não vai lá na casa da Salete, comer a pipoca tradicional que ela faz? — eu não obtive sucesso na neutralidade.
Dessa vez, a risada do idiota é ainda mais sonora e ele quase não consegue parar de rir, me deixando ainda mais irritada que antes.
Eu finjo ignorá-lo, enquanto olho para as imagens na tela sem realmente prestar atenção ao que está acontecendo, enquanto ele me encara, ainda sorrindo.
— Não posso ir onde a Salete está, ela viajou para Belo Horizonte e me deixou sozinho em casa — Ethan diz de repente, e eu chego a estremecer de ódio ao ouvir aquilo.
— A Salete mora com você!? — pergunto, horrorizada com todas as possibilidades que passam por minha cabeça naquele instante.
Ele confirma, apenas com um aceno afirmativo de cabeça e eu praticar pulo do sofá, colocando uma distância segura entre nós, pois a minha vontade é de bater naquele idiota.
— Como você pode morar com essa Salete, e ainda ficar infernizando a minha vida, Ethan? Uma mulher não é suficiente para você?
As minhas mãos estão na cintura e eu estou realmente possessa com a falta de caráter daquele homem.
Eu jamais aceitaria qualquer aproximação com ele, nem mesmo a base de chantagem, se eu soubesse que já existe alguém em sua vida.
Ethan também fica de pé, se aproximando e parando muito próximo de mim, para a sua integridade física.
Sua mão vem até o meu rosto, mas eu a afasto de maneira rápida, mas Ethan sorri com a minha atitude.
Sem que eu possa esperar, ele está com seu corpo colado ao meu, suas mãos segurando os meus braços as minhas costas, enquanto a sua boca está próxima demais da minha, me deixando sem condições de raciocinar direito.
— Salete é a minha governanta e tem sessenta anos, Mariana — ele explica, e não está mais sorrindo.
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