Arthur
Quando a gerente da minha boate entrou em meu escritório no segundo andar para me avisar que tinha alguém insistindo muito para falar comigo, ela não precisou me dizer quem era essa pessoa. Eu já conseguia imaginar perfeitamente de quem se tratava.
Após pedir que a Lucy liberasse a entrada dessa pessoa, sem ao menos perguntar quem era, a mulher que vi passar pela porta da minha sala era exatamente quem eu já imaginava que fosse, e constatei que eu estava certo em minha suposição.
Mesmo antecipando a visitante inconveniente, eu precisei respirar fundo e me armar de toda a paciência existente em mim, para não gritar com ela por estar fazendo exatamente o que pedi que ela não fizesse, me perseguindo. Pior ainda, vindo ao meu local de trabalho, sem ser convidada e muito menos bem-vinda.
— O que você está fazendo aqui, Bruna? — perguntei de maneira grosseira e sem preâmbulos — Eu deixei bastante explícito que você não deveria me procurar.
Eu iria deixar claro, mais uma vez, que eu não cairia no papo daquela piranha, como ela conseguiu fazer com dois homens influentes no meio empresarial e que por uma grande coincidência, eram também meus sócios, Ethan e Murilo. Eu não seria um bobo, como eles foram. Não mesmo!
— Nossa! Como você é grosseiro, hein — ela falou com seu jeito falsamente descontraído — Eu venho até aqui porque passei todo o dia pensando em você, e você me trata dessa forma, bebê?
Apesar da fingida reclamação, Bruna caminhou até onde eu estava, sentado por trás da minha mesa, se aproximando de mim o suficiente para sentar-se em meu colo sem que eu pudesse esperar, me pegando completamente de surpresa com o seu atrevimento e total falta de bom senso.
Eu a encarei sem conseguir acreditar no grande descaramento da sua atitude audaciosa, afinal, eu não estava interessado nela e tinha deixado isso bastante claro quando saí de seu apartamento hoje de manhã, além de detestar quando ela me chamava de “bebê”.
— Pensei em repetir a noite passada… — ela disse de maneira insinuante — O que acha?
Apesar de ser uma cobra criada, eu precisava reconhecer que era uma linda cobra, ainda mais quando ela tinha usado todo o seu arsenal de conquista em mim, na noite anterior, quando me proporcionou uma noite de sexo indescritível.
Agora, em sua visita a minha sala, ela também deve ter investido pesado em suas armas, pois estava usando um vestido vermelho muito sexy e extremamente instigante, tanto pelo cumprimento minúsculo da peça, quanto por não deixar nenhuma de suas curvas para a imaginação.
A mulher tem um corpo perfeito e feito para o pecado, pois talentosa na cama ela provou que é até demais!
Ainda assim, eu precisava deixar claro que seria apenas sexo e nada além disso. Não por causa de Giselle, essa eu quero a máxima distância entre nós.
— Você sabe que entre nós será apenas isso? — apontei para nós dois — Apenas sexo.
— Não desejo nada além disso, Arthur — Bruna respondeu rápido demais.
— Não quero que ninguém saiba sobre qualquer envolvimento entre a gente — eu insisti — Ninguém pode saber, está entendendo!?
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