Mariana
Quando saí de casa decidida a ir até a empresa do Ethan e dizer algumas boas e merecidas verdades na cara daquele cretino arrogante, eu não poderia imaginar que mais uma vez iria surpreendê-lo em péssima companhia, e mais uma vez eu estava constatando com os meus próprios olhos o quando ele é grande mau caráter.
Ainda assim, a expressão de verdadeiro horror no rosto do Ethan poderia ser considerada por alguns como hilária, mas não por mim, que estava totalmente possessa de raiva, diante de tamanha falta de escrúpulos de sua parte.
— Eu não sei sobre o que você está falando, Mariana — ele disse, dando a volta na mesa e caminhando em minha direção — Diga-me, o que aconteceu?
Ethan pareceu verdadeiramente confuso, mas eu não iria cair naquela farsa, e a sua tentativa ridícula de se passar por um inocente diante da situação.
— Não se faça de idiota, Ethan! — gritei descontrolada — Nem tampouco tente me fazer passar por uma. Você jogou toda a história do leilão á imprensa, seu maldito!
Ethan pareceu verdadeiramente surpreso com a informação, mas antes que eu pudesse dizer tudo o que pretendia, Bruna passou por nós, caminhando em direção a porta.
— A conversa está bastante agradável, mas eu preciso ir — ela disse de maneira cínica.
Encarei a cobra venenosa me sentindo enojada pela simples presença dela naquela sala, mas a sua saída para mim era totalmente irrelevante para mim, afinal, já era de conhecimento público aquela história.
Antes que Bruna pudesse abrir a porta, Ethan já estava segurando-a firme, de modo que ela não desse mais nenhum passo mais.
— Você não vai a lugar algum, Bruna — ele disse, com raiva aparente, levando-a de volta ate a cadeira — Ao invés disso, você vai ficar sentadinha aqui, até que eu diga o contrário.
Bruna tentou se livrar das mãos de Ethan, quando ele a conduziu de maneira insistente até a cadeira onde ela estava sentada quando eu entrei.
— Você não tem o direito de me dizer o que eu devo ou não fazer, Ethan Constantino! — protestou Bruna.
Apesar do protesto veemente, ela sentou-se, o encarando com raiva e eu diria que um pouco de temor também.
Ethan não parecia nenhum pouco preocupado com as palavras de sua ex - Arg! Pensar naquilo me causava náuseas - como se duvidasse que ela iria contrariá-lo, e de pé ao lado dela, voltou a sua atenção para mim novamente.
Eu não tinha conseguido entender nada do que estava acontecendo, mas algo me dizia que aquele estranho diálogo tinha relação com a minha chegada.
— Você pode até sair desta sala, Bruna — Ethan disse em um tom claramente ameaçador — Mas não pense que sairá desta situação.
Eu observei a cena me sentindo ainda mais incrédula, ainda parada no centro da sala, encarando a cena com repulsa e sem poder acreditar que enquanto Ethan ferrav@ com a vida da Virgínia e a minha, a sua maior preocupação era para que a cobra da Bruna não saísse da sala.
Enquanto eu tinha vindo até aquele escritório com o único objetivo de dizer tudo aquilo que estava preso em minha garganta, e prestes a perder o meu réu primário, tamanho era o meu desejo de pular no pescoço daquelas duas criaturas malignas.
— Você me ouviu, Ethan!? — gritei, realmente indignada — Seu cretino, mau caráter e covarde! Você não poderia ter feito o que fez.
Ethan voltou a sua atenção em minha direção, parecendo confuso e eu diria que também trazia mágoa em sua expressão, mas eu não me deixei enganar.
— Eu não fiz nada do que você está me acusando, Mariana — ele negou as minhas acusações — Não levei nada até a imprensa, acredita em mim.
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