Resumo do capítulo Em maus lençois de Por Amor ou por Vingança
Neste capítulo de destaque do romance Romance Por Amor ou por Vingança, Taize Dantas apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Ethan
Ouvir a verdade sobre a Beatriz foi algo que me deixou extremamente… decepcionado. Por mais que eu tivesse consciência de que a nossa relação nunca foi perfeita e que a própria Beatriz também não era, ainda assim, eu não esperava que tivesse sido feito de bobo o tempo todo, até mesmo pelo cara que eu sempre considerei como o meu melhor amigo.
— Eu sei o que você está pensando, Ethan — Joshua disse com objetividade ficando de pé ao meu lado — Mas eu quero deixar claro, independentemente do que você possa pensar sobre mim, que eu sempre amei a minha irmã, com todos os seus defeitos, e por amor, fiz tudo o que ela queria que eu fizesse. Agora eu sei que errei muito, mas o tempo não volta, para que eu possa consertá-los, mas ainda assim, quero pedir desculpas, meu amigo.
Olhei para a mão estendida do Joshua, um sinal de paz, desejando dizer tantas coisas, gritar que ele foi um cretino mentiroso e que traiu a minha confiança, mas ao mesmo tempo, as lembranças de Joshua ao lado da irmã, sempre a apoiando e fazendo todos os seus gostos, assim como os seus pais também faziam, e eu fazendo o mesmo que eles, me fez constatar que eu era tão culpado quanto eles.
Fiquei de pé, olhando para os dois homens na sala, tentando controlar a avalanche de sentimentos contraditórios que estavam tomando conta de mim, indeciso entre mandar os dois para o inferno e ir embora, ou tentar ser a pessoa racional que comprovadamente eu não estava sendo nos últimos anos, sentar e conversar sobre o motivo que tinha me levado até o escritório de Murilo.
A racionalidade venceu.
— Vamos deixar isso para trás, Joshua — falei, estendendo a minha mão e apertando a do meu amigo com firmeza — Quero apenas pensar no futuro a partir de agora.
Demos um abraço de amigos, seguidos de alguns tapinhas amigáveis nas costas, selando assim a paz entre nós.
— E que belo futuro, hein, meu amigo! — Joshua teve a ousadia de dizer.
O encarei com raiva, todos os bons sentimentos esquecidos de imediato, ao ouvir a forma como ele estava falando, com certeza se referindo a Mariana.
— O que quer dizer com isso!?
— Calma, Ethan! — Joshua pede, levantando as mãos para o alto com diversão — Estou apenas tentando descontrair um pouco o ambiente.
Eu não senti muita sinceridade em suas palavras e continuei o analisando com atenção, tentando ter certeza de que ele realmente não estava de olho na minha garota.
— O Joshua está falando a verdade, Constantino — Murilo intervém, sorrindo diante da cena — O nosso amigo está apaixonado e não é pela Mari, acredite.
Quase soltei um suspiro de alívio com as palavras ditas pelo Murilo e sorri, agora mais relaxado, e a raiva anterior sendo substituída pela curiosidade.
— Apaixonado? — perguntei, voltando a me sentar — Isto é uma grande novidade para mim. Nunca o vi apaixonar-se por ninguém.
— Ainda não tinha conhecido a Artémis — brincou Joshua, nos fazendo rir — Sei que ela é a mulher da minha vida.
Artémis? Esse nome não era estranho, e fiquei tentando lembrar onde tinha ouvido sobre ele, até que me recordei da irmã do Aquiles, ou seja, a prima do Murilo, que estava com ele na noite em que nos encontramos no hospital, e logo fiz a ligação entre os fatos.
— Ah! Entendi tudo já — falei, estalando os dedos, como uma referência ao próprio estalo da minha memória — Fico feliz por você, Joshua.
Agora sim, o clima estava bem mais ameno, após todas as revelações feitas sobre Beatriz, mas ainda existe algo bastante importante e urgente a se tratar, e nós não poderíamos perder tempo, afinal, a Bruna estava à solta, esperando apenas uma oportunidade para se dar bem em cima da Mariana e da Virgínia.
— Eu sempre soube que você só entra para ganhar — eu estava sendo irônico, mas Bruna parece ter levado a sério as minhas palavras.
— Claro que sim.
— Sente-se — indiquei a cadeira à minha frente.
Antes que eu pudesse continuar com o plano, o telefone sobre a mesa tocou e atendi bastante contrariado.
— Não vou atender ninguém, Liz.
Falei de maneira brusca, pois eu já tinha avisado sobre isso, antes que a Bruna entrasse. Mas a resposta da minha secretária foi abafada pelo barulho da porta da minha sala sendo escancarada de maneira raivosa, o que me fez deixar até mesmo que o telefone caísse de minhas mãos pelo susto.
— Você vai me atender sim! — Mariana gritou, o dedo em riste e o rosto transtornado pela raiva — Seu cretino! Como você pôde!?
Eu me senti completamente perdido com a entrada tempestuosa da Mariana, ainda mais quando estava bastante claro que ela estava me acusando de algo, que eu não tinha a menor ideia sobre o que ela estava falando.
Mas a situação ficou ainda pior, quando Mariana percebeu a presença de outra pessoa na sala, e claro, o fato desta pessoa ser justamente a Bruna me causou um terrível sentimento de impotência. Eu estava em maus lençóis.
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