Por Amor ou por Vingança romance Capítulo 6

Ethan

Depois de ter desabafado com a Mariana sobre a minha história com a Beatriz, eu me senti um pouco incomodado em continuar ao seu lado, senti que precisava de algum tempo sozinho, longe da sua presença.

Ainda assim, fiz toda questão de deixá-la em frente a sua casa, assim eu poderia saber onde ela morava e após uma breve despedida, eu parti, mas não pretendia ir para a minha casa, como ela pode ter imaginado que eu faria.

Mariana pareceu ficar intrigada pelo que ela considerou uma mudança de planos, e que realmente foi, pois eu pretendia passar aquele dia em sua companhia e, quem sabe, fazer aquilo que eu estava desejando desde que coloquei meus olhos em sua beleza deslumbrante, que era estar dentro dela, me saciando em seu corpo.

Mas eu não poderia fazer aquilo hoje, depois de ter contado para ela sobre a minha história com a Beatriz e, sentindo o meu coração pesado, com uma dor já minha antiga conhecida, eu me dirigi até o cemitério.

Ao chegar ao túmulo da Beatriz e ver a sua foto, onde ela estava exibindo um sorriso radiante e cheio de vida, e que contrastava completamente com a realidade dos fatos, o aperto aumentou, me fazendo lembrar da garota esfuziante que ela sempre foi.

— Da mesma forma que foi tirada a oportunidade de que você fosse feliz, eu também não vou deixar que ele seja feliz, Bea. — falo para a lápide de pedra inanimada. — Murilo Fernandes não pode ficar por aí irradiando felicidade, enquanto eu ainda sinto a sua falta.

Mesmo após longos e angustiantes anos longe da única mulher que já amei, eu continuava a pensar nela todos os dias e fazia toda a questão de visitar o seu túmulo, ao menos uma vez por semana, para desabafar um pouco, contar para a Bea o que eu estava fazendo para dificultar a vida do Murilo.

Eu saí do cemitério com aquele desejo ainda mais forte em mim, pois jamais poderia esquecer tudo o que aconteceu e, enquanto dirigia vagarosamente para a minha casa nos Jardins, pensava sobre a nossa história e na sucessão de acontecimentos que culminou com a tragédia que me tirou a Beatriz.

Quando, alguns anos atrás, a minha namorada faleceu em um acidente de carro, eu fiquei arrasado, pois tinha grandes planos para nós, mas ao tomar conhecimento de como as coisas aconteceram, eu jurei para mim mesmo que aquilo não ficaria impune, de uma forma ou de outra, aquele cara que provocou o descontrole emocional da minha garota iria pagar.

Eu namorava com a Bea desde que éramos apenas dois adolescentes, nossas famílias eram amigas e nós dois crescemos juntos. Eu a amava e sabia que ela me amava também e nós pretendemos nos casar logo que ela concluísse a faculdade de administração.

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