Por Você romance Capítulo 109

Ana Júlia

O tempo passou muito rápido, e eu sinto que não consegui aproveitar tudo. Muita coisa boa aconteceu em nossas vidas desde então. Os nossos bebês cresceram, eu me formei em arquitetura, mais hotéis foram inaugurados. Olho para a fachada da escola infantil Mont Serrat. Uma escola grande, onde Luís estudou quando criança e passou aqui as melhores fases da sua vida, até o dia de ir para a faculdade. Jonathan e Cristal já estão com dois anos, e é o segundo dia de aula deles aqui na escola. Eles vão fazer o primeiro maternal. Juro que achei que iriam chorar no primeiro dia deles, mas para a minha surpresa, estão super empolgados.

— Mick? — Jonathan gritou para um coleguinha que estava descendo do carro, ao lado de sua mãe. Ele largou a minha mão e correu em direção ao mais novo amiguinho.

— Olá! Prazer, me chamo Lisa Serrano. Eu sou a mãe do Mike. — A loira alta e bem elegante disse assim que se aproximou. Sorri segurando a sua mão estendida para mim.

— Prazer, eu sou Ana Júlia! E essa espivetadinha aqui é a Cristal — digo.

— E eu sou o Jonan — Meu pequeno diz com sua voz infantil, todo empolgado.

— E eu sou o Maqui — O garotinho loiro e de olhos claros falou. É tão fofo eles falando assim, do jeitinho próprio e todo errado. Queria que eles não crescem nunca. Caminhamos juntos pela longa passarela, que nos leva a entrada da escola. As crianças vão na nossa frente, animadas e saltitando, enquanto conversam. Elas estão usando um uniforme azul e branco. Cristal puxa a sua mochila de rodinhas da Minnie, e Jonathan puxa a sua do Mickey. Quando alcançamos a sala de aula toda colorida e enfeitada com uma variedade de desenhos na parede. Me agacho para ficar na altura deles, beijando os meus pontinhos lindos e os deixo em sala de aula.

— Eles são lindos, Ana! — Lisa diz, me fazendo tirar os olhos dos meus filhos, que já se enturmaram com os outros coleguinhas.

— O Mick também é uma gracinha — digo para ela e depois de soprar alguns beijos para eles, caminhamos para a saída.

— O que vai fazer esse final de semana? — Ela pergunta de repente, assim que colocamos os pés do lado de fora. Dou de ombros.

— Nada demais.

— Bom, eu costumo fazer um chá beneficente uma vez por mês e o próximo será nesse final de semana. Apenas algumas mulheres da alta sociedade, que se reunirão para ajudar as crianças do orfanato São Luís. — Arqueio as sobrancelhas, demostrando o meu interesse no assunto.

— Que atitude linda, Lisa! O que devo levar? — indago animada.

— O seu talão de cheques, Ana. Me desculpe ser direta assim, mas eles realmente precisam de muita ajuda.

— Eu acho perfeito, meninão! Já confirmei com o buffet os pratos e a decoração e já verifiquei a lista de convidados também. Todos confirmaram presença — digo. — Mas eu realmente contava que a sua irmã viesse — comento. Ele aponta para a mesinha de centro, que já tem uma deliciosa refeição servida e de mãos dadas, vamos para o nosso cantinho. — Hum, yakisoba? — comento sentindo a minha boca encher-se d’água só de sentir o aroma gostoso do prato.

— Achei que gostaria de mudar um pouco. —Nos acomodamos no chão e encostados no sofá de couro, conversamos enquanto almoçamos. Acho que tem coisas que nunca vão mudar e essa é uma delas.

— Eu adorei a ideia!

— Estamos esquecendo de alguma coisa? — indaga, levando uma porção da comida à boca.

— Acho que está tudo certo. Qualquer coisa, a Cassandra me fala. Ela está me ajudando com os preparativos — digo e depois disso no concentramos em conversar amenidades.

— OK, o que vai fazer agora? — indaga, afastando seu prato e descansando os talheres sobre o mesmo, deixando-o na mesinha de centro.

— Agora, nada, por quê?