Por Você romance Capítulo 140

Resumo de 26: Por Você

Resumo do capítulo 26 do livro Por Você de Autora Nalva Martins

Descubra os acontecimentos mais importantes de 26, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Por Você. Com a escrita envolvente de Autora Nalva Martins, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Mick

— Eu vou buscar a Jasmine! — Caralho! Eu só consigo pensar que aquilo lá não é uma brincadeira. Jonathan não tem malícia alguma. Ele nem sabe atirar. Sequer sabe onde a garota mora realmente. Merda, isso tem tudo pra dar errado!

— Ficou maluco? É muito perigoso! — protesto, mas ele insiste na loucura e eu sou forçado a lhe entregar as chaves que o levará para a morte.

— Eu não vou me perdoar se algo lhe acontecer, Cris! — sibilo derrotado olhando para o meu amigo sair voando na minha máquina e me corroendo de arrependimento. Sinto os seus braços envolver o meu corpo por trás e no mesmo instante a sua cabeça se apoia nas minhas costas. Respiro fundo e fecho os meus olhos. Deus sabe o quanto o seu calor é bem-vindo.

— Não fique preocupado. O meu avô jamais permitirá que algo ruim lhe aconteça. Nada vai acontecer, Mick. — Ela diz e não sei se para me confortar ou para se convencer disso. — Vamos voltar para dentro de casa antes que nos vejam aqui fora. — Ela segura a minha mão e contornamos a casa para entrar pelos fundos. Logo estamos subindo as escadas e paramos em frente ao seu quarto. Automaticamente estanco em frente a porta. Simplesmente não posso entrar nesse cômodo sozinho com ela. Cristal abre a porta e entra, mas quando percebe que fiquei do lado de fora, ela olha para trás.

— Não vai entrar? — balbucio sem saber o que dizer.

— É que... eu não acho uma boa...

— Qual é, Mick, não é a primeira vez que você entra no meu quarto — ralha fazendo graça. Coço a nuca incomodado.

— Não, não é. Mas eu nunca entrei aí sozinho, sempre tinha alguém. — Ela sorri e mexe os ombros com desdém.

— Você não vai entrar sozinho. — Forço um sorriso encabulado.

— Estou falando sério, Cristal — retruco.

— Eu também! — rebate me puxando bruscamente pelo braço e eu suspiro. — Como está a Rute?

— O quê? — Chego a gelar com essa pergunta.

— A Rute. Ela sofreu um acidente, certo? — Engulo em seco.

— Ah é! Ela está bem!

— Espeque que não tenha sido nada grave.

— Ah não, não foi.

— Ok! — Depois disso veio um silêncio insuportável.

A droga toda é que estou sozinho com a garota que eu amo e em seu quarto, e não posso fazer ou insinuar nada. Não depois do que eu fiz na noite passada. Porra, eu mal consigo olhar nos seus olhos. Merda, me sinto sujo! Sou a porra de um cafajeste isso sim! Cristal liga a TV e para assistir o noticiário, mas isso não afasta os tormentos de minha mente. Não foi a coisa mais incrível do mundo, foi só sexo. Um sexo quente e gosto, mas só sexo. Digo para mim mesmo e sou despertado pelo choro de Cris. Fito as imagens na TV. São muitas tragédias acontecendo e eu temo pelo meu amigo, e principalmente por Jasmine. Puxo a Cris para o meu colo e ela se agarra a minha camisa como se disso dependesse a sua vida.

— Vai ficar tudo bem, meu amor! — Me pego sussurrando enquanto beijo o topo da sua cabeça.

— Será que ela está bem, Mick? — A pergunta soa embargada e eu gostaria muito de dizer que sim, mas a verdade é que esse silêncio da Jasmine tira todas as minhas certezas. Já amanheceu lá fora, as luzes da cidade já se apagaram e não temos nenhuma notícia ainda. Em algum momento Cristal liga para o seu irmão. Ele dá a notícia de que Edgar Fassini vai ajudá-lo. Percebo que essa notícia a deixa mais aliviada e consequentemente me conforta. Minutos depois ela tenta mais duas ligações para Jasmine, mas nada acontece e volta a chorar. Outra vez eu a tomo nos meus braços. Deus sabe como eu queria que fosse outra ocasião, que esses abraços me apertassem por outros motivos, mas não é assim. E se quer saber, não tenho mais esse direito. Não depois do que fiz na noite passada.

***

Horas depois...

— Tudo bem! Obrigada, Lilian! — Ela encerra a ligação e olha para a filha. — Quem conseguiu? — Ana indaga e só então a Cris percebeu que falou demais. — Por Deus, Cristal, não me diz que o seu irmão desobedeceu ao seu api e foi até lá! — A garota dá de ombros.

— Está bem, eu não digo! — Ela ralha fazendo graça e a mãe revira os olhos. — Vamos para o hospital. Eu quero ver a minha amiga.

— Você sabe que não posso esconder isso dele, não é? — Ana rebate vindo atrás de nós. No estacionamento, Luís e Ana entram no carro, mas resolvo ir com Cris na moto de Jonathan. Correr pelo asfalto e receber um pouco de vento fará bem para ela.

***

Algumas horas...

As portas do elevador se abrem e logo caminhamos por um corredor largo e pouco movimentado até uma sala de espera como fora indicado. Logo na entrada encontramos Jonathan e Edgar, seu avô. Contudo o olhar sofrido e cansado do meu amigo me diz que nada vai bem. Cris apressa os seus passos para abraçar o seu irmão e ele chora como uma criança indefesa em seus braços. Contudo, ao se afastar me dou conta das suas roupas sujas de sangue e embora Luís tenha explodido quando soube da desobediência do filho, ele o abraçou forte e com comoção. Nunca pensei que passaríamos por algo assim, embora soubéssemos que o lugar onde Jas morava com sua vó era como uma granada sem pino. Após ouvir o relato do que de fato aconteceu e que nos deixou arrasados, recebemos a notícia que a nossa garota estava fora de risco de morte e Lilian explicou cada procedimento trazendo um pouco de calmaria. A família Alcântara recebeu uma puta rasteira da vida e todos estão totalmente sem chão. O tempo todo mantenho Cristal nos meus braços. Ela não está chorando mais, porém, não tem forças para mais nada.

— Vamos para casa, filha. — Luís avisa algum tempo depois.

— Mas, e o Jonathan?

— Ele nos encontra lá embaixo.

— Tá.

Assim que chagamos a portaria, Luís e Ana resolvem falar com Lilian em particular e proveito para leva-la para o lado de fora. Contudo, Jonathan se aproxima com cara de poucos amigos e porra, eu nunca o vi assim na vida. Ela está completamente entregue a uma dor imensurável. Seus olhos vermelhos e inchados me dizem que andou chorando outra vez e sério, eu nunca imaginei que Jasmine machucada fosse mexer tanto assim com ele. Mais uma vez sou obrigado a lhe entregar as chaves da moto e ele some das nossas vistas.

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