Resumo de 75 – Capítulo essencial de Por Você por Autora Nalva Martins
O capítulo 75 é um dos momentos mais intensos da obra Por Você, escrita por Autora Nalva Martins. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Luís Renato
Não existe pior coisa na vida do que esperar! Esperar por notícias, esperar que tudo esteja bem, esperar que o amor da sua vida acorde de um sono profundo... Olhá-la em cima dessa cama e não poder fazer nada é o meu inferno. Me sinto inútil, fraco e isso me machuca cada vez que a olho adormecida em uma cama de hospital
— Hoje faz três dias, minha pequena. Preciso que você aqui comigo. Acorde, meu amor, por favor! — sussurro ao seu lado, enquanto seguro a sua mão, deixando alguns beijos na sua palma — Meu amor, abre esses olhos lindos pra mim — peço baixinho para a minha Ana. Para a minha felicidade, ela já não está mais com todos aqueles os fios em seu corpo e não precisa mais da ajuda de aparelhos para respirar e nem das máquinas para monitorá-la. Apenas o soro ainda estar em sua mão. Acaricio o seu rosto com suavidade e beijo a sua boca com cuidado. Deus, sinto tantas saudades de ouvir o som da sua voz, de ouvir o som do seu riso. Sinto sua falta, Ana! Alguém b**e na porta, me fazendo tirar o olhar de cima da minha mulher e o meu amigo passa por ela, com uma bolsa em seu ombro. Ele a põe em uma cadeira e seus olhos preocupados vão para a cama, onde a minha pequena dorme tranquila. Sem dizer nada, ele vem para perto da cama, a olha por alguns segundos e depois olha para mim.
— Como ela está hoje, meu amigo? — indaga, com um suspiro baixo.
— Na mesma — lamento. Ele assente, levando suas mãos aos bolsos.
— Ela vai conseguir, cara. A Ana é uma garota muito forte e decidida. E ela te ama, então tenha certeza de que essa baixinha não vai desistir de você. — Ele tentar pôr humor em sua voz, mas falha miseravelmente.
— Eu espero que sim — sibilo. — Sinto muito a sua falta — falo sem tirar os meus olhos de cima da minha garota. Sua aparência está bem melhor. As escoriações quase não existem mais, sua perna continua no gesso, mas fora isso, nem parece que sofreu um acidente grave.
— Eu trouxe umas roupas pra você, Luís. Você comeu alguma coisa? — pergunta e eu meneio a cabeça fazendo um não para ele.
— Não tenho fome, Marcos. Não consigo ingerir nada...
— Você precisa comer, Luís —interrompe-me. — Quando a Ana acordar, não vai gostar de te ver assim, cara. Você está parecendo um farrapo humano! Olha, a Marta mandou um café da manhã pra você. — Ele vai até a bolsa que trouxe consigo e tira de lá uma sacola com uma bandeja de isopor e uma garrafinha de suco. — Vai, sente-se ali na mesa e come alguma coisa, anda! —ordena com um tom baixo. Confesso que eu não conheço esse Marcos. Durante a minha vida toda, esse homem sempre foi alegre a debochado e agora olha isso! Estou vivo para ver esse cara com algum senso de responsabilidade. Pena que em um momento errado. Penso. Faço uma careta, demostrando o meu desagrado, mas ele não dá mole para mim. Me encara, deixando claro que só sai do hospital quando me vir comendo algo. Dou-me por vencido e me sento na tal cadeira perto da pequena mesa. Pego a garrafinha e abro a tampinha. Na sequência, tomo um pouco do suco e depois mordisco o sanduíche e só então ele se despede e vai para a empresa.
No decorrer dos dias, recebemos as visitas dos meus pais, das suas amigas da faculdade, da Mônica, Cassandra e seu amigo Cris — que nos ajudou com as informações sobre a cirurgia e em uma conversa amigável, acabei descobrindo que ele é pediatra aqui do hospital. O Marcos veio outras vezes para vê-la e para trazer-me as novidades da empresa.
— Trouxe o seu notebook, Luís. Assim você se distrai enquanto estiver por aqui. — Ele diz, todo prestativo.
Pego o note de suas mãos e o deixo sobre a mesinha no canto.
— Obrigado meu amigo! Isso vai manter a minha mente ocupada — digo com um meio sorriso. Ele concorda e se senta em uma das cadeiras junto à mesinha. Eu o acompanho, me sentando de frente para ele.
— Também trouxe uns contratos novos para você dar uma olhadinha. Se você aprovar, faremos um contrato bilionário! — fala com seu tom profissional e com um entusiasmo, que me faz sorrir depois de dias.
— Confio em você, meu amigo. Não foi à toa que te convidei para ser o meu sócio! — digo lhe estendo os papéis de volta. Marcos arqueia as sobrancelhas.
— Sério? E eu achando que era por causa da minha cara bonita! — diz fazendo graça e alisando o seu rosto. Abro mais um sorriso. É bom saber que tenho amigos que se importam comigo, com ela. Não me sinto só em momento algum.
— Pelo que vejo, está tudo bem com ela, senhor Alcântara. Ana só precisa descansar para se recuperar.
— Bom, até eu, que não sou médico, sei disso. — Achei que não iam se tocar nunca! Penso irritado. O médico me olha de modo confuso. — Ela pediu água, eu posso dar um pouco pra ela? — indago.
— Sim, pode, sem problema. Vou mandar prepararem um lanche leve para ela. Como passou muitos dias sem comer nada, é bom que ela tome uma sopa de legumes. — Sorrio, satisfeito.
— Obrigado, doutor! — digo e ele sai com a sua equipe. Vou até o frigobar, pego um copo com água e um canudo e com muito prazer, levo-o até a minha garota e lhe dou um pouco de água. Ana bebe gole por gole, até se sentir saciada. Em seguida ela adormece e eu fico ali, paradinho e ainda sorrindo feito um bobo, sentado e velando o seu sono e só então me lembro que preciso avisar a todos. Mas não agora, agora ela precisa descansar.
***
— Luís? Luís me ajuda! — Abro os meus olhos pesados de sono e a vejo se debatendo em cima da cama e chamando o meu nome. Salto imediatamente para fora do pequeno sofá e a abraço. Fazendo carinho em seus cabelos e contendo o meu desespero, a beijo várias vezes no rosto.
— Está tudo bem, meu amor, eu estou aqui! — sussurro com calma e ela se agarra ao meu braço. Volto a beijá-la e se aos poucos começa a se acalmar.
— Deita aqui comigo, por favor! — pede baixinho e eu não penso duas vezes em atender o seu pedido. Simplesmente me livro dos meus sapatos, largando-os de qualquer jeito e vou para cima da cama, sentando-me ao seu lado, a puxo para mais perto do meu corpo e ela deita a sua cabeça em meu peito, voltando a dormir em seguida. A sensação de estar em casa outra vez me acoberta. Pela primeira vez em dias me sinto calmo, mais seguro e mais confiante. É isso que ela faz comigo quando estamos juntos. Se ela morresse, eu não existiria! Não demora e eu adormeço sentindo o seu calor e pela primeira vez depois que tudo aconteceu, consigo dormir de verdade. Durante o sono, volto a sonhar. Sonho com seu sorriso, com seu olhar brilhante, com nós dois nos amando e curtindo a vida juntos. O contrário das noites anteriores, em que por algum momento eu apenas cochilava e sonhava que estava sozinho e perdido em lugares sombrios e frios. Às vezes chorando, às vezes chamando por ela. Não tenho dúvidas alguma de que Ana é o meu porto seguro. O meu apanhador de sonhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por Você
Não tem final? Que pena!!!!!!!!!! Mais uma história que ficou com gostinho de quero mais, e com isso estou triste...
Onde estão os capítulos de 21 a 59??...