O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 romance Capítulo 16

Charlotte caminhava sem sequer ter noção de para onde ia, estava desnorteada. Seus olhos não se focavam em nada e seu coração ainda estava acelerado, bem como sua respiração, que fazia seu peito subir e descer numa velocidade preocupante para Lucian.

O Duque seguiu a puxando com delicadeza até que chegaram ao jardim, ele caminhou até o pequeno labirinto vivo, com paredes feitas de arbustos, e adentrou o local, fazendo duas curvas para a esquerda e uma para a direita, tentando manter-se longe dos olhares curiosos. Então, segurando suas duas mãos, apertando-as delicadamente, falou.

— Charlotte, olhe para mim — mas não obteve resposta. — Charlotte… Precisa se acalmar, por favor!

Ele não sabia o que fazer, a mulher a sua frente estava a ponto de sofrer um colapso nervoso e ele não tinha a menor ideia de como ajudá-la. Então, fazendo a única coisa que acreditava que poderia ajudar, ele a abraçou. Puxou-a para si e a apertou em seus braços, segurando-a com carinho, beijando seus cabelos e sussurrando palavras de conforto.

Estava possesso, tudo o que queria fazer era voltar para o salão e expulsar Willian de lá à socos, mas não podia e nem queria deixá-la sozinha, não naquele momento. Parecia um diamante despedaçado, quebrado por alguém que não teve cuidado com a preciosidade que tinha nas mãos. Por mais que estivesse curioso para saber o que de fato havia acontecido, não perguntaria, a deixaria contar quando se sentisse pronta para isso, até lá, Lucian Gloucester estava decidido a mostrar a Charlotte Capman o que era amor de verdade.

Seu cheiro, seu calor, os braços fortes ao seu redor e a voz macia e doce, que afirmava que tudo ficaria bem, trouxeram Charlotte de volta a realidade, tirando-a do pesadelo que seria estar nos braços de Willian novamente. Então, a ruiva escondeu o rosto no peito largo e forte dele e chorou, por longos minutos. Mostrou-se frágil, cansada, envergonhada, sentia-se humilhada mais uma vez na frente de todos, indigna.

Então, quando percebeu que ela estava mais calma, Lucian ergueu seu rosto, segurando-o com suas duas mãos, trazendo-o mais para perto e a olhando com intensidade, fixando seu olhar nos orbes verdes e marejados.

— Não deve nada a ninguém, nenhuma daquelas pessoas sabe quem é você, senhorita Capman — falou ele, acariciando suas bochechas e secando suas lagrimas. — É uma mulher forte, belíssima, por dentro e por fora, é a criatura mais pura e doce que já conheci!

Então, corajosamente, aproximou seu rosto um pouco mais, tocando seus lábios na boca macia e molhada pelas lágrimas, a beijando com carinho e delicadeza, como se estivesse tocando um cristal frágil.

De início, Charlotte não soube o que fazer, sentiu seu coração se aquecer com as palavras, sentiu-se segura nos braços dele e, quando foi beijada, sentiu algo se acender em seu âmago, algo que nunca havia sentido por nenhum outro homem, nem por Willian. Então correspondeu ao beijo, retribuindo-o de forma intensa, voraz, sedenta, sequer se importando com o decoro.

Lucian estava surpreso com tamanha intensidade, mas não demorou a retribuir, soltou seu rosto e desceu as mãos para a cintura fina, apertando-a com certa força e subindo à destra pelo corpete devagar, tocando lentamente o tecido firme, enquanto tentava conter seus próprios impulsos.

Charlotte deu alguns passos para trás, enquanto seus dedos afundavam-se nos cabelos macios dele, então, quando notou, já estava presa entre a parede de arbustos e o corpo de Lucian, sem que seus lábios se afastassem dos dele. A boca dele era quente, doce, perfeita para ela, sua língua tocou a dele e, como peças que se encaixavam, encontraram o ritmo perfeito, intenso, quase selvagem, sedento e saudoso, como duas almas que há muito se procuravam e, por fim, haviam se encontrado num selar de lábios que os levava a um caminho sem volta.

Só se afastaram quando o ar se fez extremamente necessário, porém, ele não se limitou a beijar somente seus lábios.

Enquanto Charlotte tentava controlar sua respiração, ofegante e com as bochechas avermelhadas, Lucian escorregava os lábios por sua bochecha, descendo pela pele exposta do pescoço, beijando-a lentamente, um beijo quente e molhado. Não se deteve ali, principalmente quando viu a pele dela se arrepiar, sua boca continuou descendo, deixando uma trilha de beijos que chegou ao ombro direito, onde ele deixou uma leve mordida que a fez arfar.

Ele estava tomado por sentimentos que não queria conter. Seu coração estava acelerado, aquecido pela paixão, pelo desejo, pelo amor. Seu corpo vibrava num misto de paixão e luxuria, uma excitação incontrolável que fazia seu membro ficar rígido em sua calça, deixando visível algo que ele já sabia desde a primeira vez que a viu, Lucian ansiava por charlotte, cada centímetro do seu corpo pertencia a ela, cada molécula do seu ser a desejava e a mulher em seus braços sequer tinha ciência do poder que tinha sobre ele.

— Duque… — Charlotte tentou, em vão, resistir a infinidade de sensações que tomavam seu corpo, sensações novas, prazerosas. — Alguém pode..

Lucian abriu os olhos, encarando a ruiva que, neste momento, estava com os olhos fechados e a boca entreaberta, sua respiração pesada a fazia arfar vez ou outra enquanto seus dedos se fechavam contra os fios escuros, os puxando levemente sempre que sentia uma onda de excitação nova percorrer seu corpo, como choques elétricos.

Vê-la assim o impediu de ouvir a voz da razão.

Ainda a olhando, Lucian moveu os lábios em direção ao colo de Charlotte, pondo a língua para fora e tocando a parte exposta do seio direito,deixando uma pequena marca ali após sugar levemente a região, sentindo sua ereção pulsar enquanto sua mão direita puxava, com delicadeza, o corset para baixo, expondo um pouco mais, fazendo-o ver o bico rosado e entumecido, o qual sugou sem a menor cerimônia, ouvindo um gemido surpreso e excitado escapar dos lábios de Charlotte.

Enquanto ele embebedava-se em seu perfume e no sabor de sua pele, desejando arrancar todas aquelas camadas de tecido e tê-la somente para si ali mesmo, Charlotte sentia todo seu mundo girar. Nunca havia sentido nada assim com Willian, seu ex-marido nunca a havia tocado daquela forma, nunca havia de fato explorado tão deliciosamente seu corpo, ou a beijado com tamanha devoção. Willian nunca a fez gemer, ou levou aquele calor que se acumulava entre suas pernas e se espalhava por todo seu corpo.

O que estava acontecendo? Ela não sabia, mas tinha certeza que queria mais, que precisava sentir mais.

A essa altura, boa parte dos seus seios estavam para fora do vestido, de forma um pouco desajeitada, enquanto Lucian os cobria com sua boca sem o menor pudor, pressionando seu próprio corpo contra o dela, sedento por seu próprio prazer e por proporcionar a ela tudo o que a ruiva o fazia sentir e ainda mais. Enchia seus lábios com um enquanto sua mão acariciava o outro, apertando-o com certa força, fazendo-a gemer baixinho e contorcer-se de prazer ali, em seus braços.

A queria, tanto que seu corpo chegava a doer, tanto que poderia tê-la ali mesmo, entre os arbustos, fazê-la gritar por seu nome enquanto dava a ela todo o prazer que poderia, enquanto a via se derramar sobre ele e sugava cada gota de prazer, era o que mais queria.

Mas não podia, não ali.

Não queria envolvê-la em mais escândalos e, por isso, afastando sua boca lentamente dela, prendendo devagar o bico do seu seio entre os dentes e lhe arrancando um gritinho baixo e abafado por uma de suas mãos, ele ergueu com certa força o corset, completamente contra sua vontade, voltando a beijar a pele dela, porém com mais intensidade, usando suas mãos para segurá-la com força e pressioná-la contra si mesmo, a fazendo sentir todo seu desejo que formava um volume firme em sua calça.

Então, quando chegou ao ouvido da moça, que se encontrava totalmente entregue a ele, sussurrou:

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