O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 romance Capítulo 15

Resumo de Capítulo 14: O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1

Resumo de Capítulo 14 – O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 por Hellen Heveny

Em Capítulo 14, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1, escrito por Hellen Heveny , os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1.

O dia do baile finalmente havia chegado e todas as moças estavam eufóricas, cada uma por seu motivo particular. Brista olhava-se no espelho e passava as mãos na bela saia do vestido azul que usava, ele era extremamente elegante ela sabia que, provavelmente, havia custado uma fortuna.

Tinha um belo corpete que contava com bordados dourados que desciam até sua cintura, sobre os bordados, pequeninas pérolas que traziam o brilho necessário e o luxo que ela gostaria de exibir, a saia, em sua maioria, era completamente azul e lisa, porém, em seu centro, ligada a fita dourada que marcava a cintura, havia um tecido de tom perolado, com bordas decoradas a fios de ouro e pérolas que desciam até o fim da saia, destacando-se entre o mar de azul.

Usava também belas jóias, um colar com grandes pedras igualmente azuis, brincos que se destacavam entre os fios loiros que estavam soltos e um enfeite que segurava algumas mechas de seus cabelos para manter os fios longe de seu rosto.

A loira estava mais que satisfeita com o resultado final e tinha certeza que seria uma das moças mais belas da festa, senão a mais bela, e um grande sorriso brincava em seus lábios avermelhados.

— Brista, querida? Já está pronta? — Judith perguntou, assim que adentrou o quarto, olhando para a jovem com um grande sorriso. — Está belissíma, minha filha! Sem dúvidas a criatura mais bonita que já vi!

— Obrigada, mamãe — ela respondeu, se virando para a senhora e suspirando. — Acha que hoje ele…

— Claro que irá! Não haverá nesse baile moça mais bela que você e o Duque Lucian certamente irá notá-la e a ninguém mais! — Judith encorajou a filha com um abraço e, após soltá-la, ambas saíram do quarto, afinal, a carruagem já estava as esperando e Chelsea estava ansiosa, seria seu segundo baile na coorte e se sentia eufórica.

Enquanto as duas mulheres já entravam em sua elegante carruagem, ao longe, em seu próprio quarto, Charlotte olhava para seu reflexo com insegurança. Havia seguido o conselho de Annie, mesmo sem saber se era a coisa certa a se fazer.

Sem dúvida alguma, nunca havia usado algo tão luxuoso e sequer queria pensar no valor daquela peça. O vestido era uma mescla de dourado e verde esmeralda, sua saia, de um tecido brilhante e delicado, enquanto o corpete, completamente dourado, ostentava um bordado em espirais que ela jamais havia visto, parecia saído diretamente de um de seus livros de contos de fadas, era divino.

Sua cintura estava bem ajustada ao corpete e não conseguia entender como Lucian havia conseguido suas medidas com tanta precisão. As mangas eram curtas e deixavam seus braços amostra, mas as luvas, igualmente verdes, cobriam sua pele até os cotovelos, estava extremamente elegante, ele havia escolhido a cor perfeita e combinava com seus olhos. O Duque preocupou-se com cada detalhe, em seu pescoço, Charlotte ostentava um belo colar de esmeraldas e em sua orelhas, brincos da mesma pedra balançavam levemente ao passo que ela se movia, até os sapatos foram presentes dele e ela não sabia se foi escolhido pessoalmente ou se ele havia mandado que os criados comprassem tudo.

Seus cabelos estavam perfeitamente presos num belo penteado que deixava alguns poucos fios caindo por seu pescoço, como algo despretensioso. A ausência dos fios sobre os ombros deixava o decote sedutor e a pele clara à mostra, bem como as joias que a tornavam ainda mais bela, Charlotte estava apaixonada por seu próprio reflexo, como o Narciso, havia anos que não se sentia tão bela assim.

Ao lado dela, Annie, Dália, Mariá e Justine a encaravam com os olhos brilhantes e sorrisos enormes. Estavam felizes e orgulhosas por, finalmente, verem sua senhora saindo do casulo de isolamento no qual havia se colocado e voando como uma bela borboleta, mesmo que ainda acanhada.

— Está belíssima, Charlotte — Annie falou, tocando o ombro da ruiva e apertando levemente, como um sinal de conforto. — Aproveite sua noite e volte com boas notícias.

— Espero que ela volte acompanhada, isso sim — falou Justine, com um risinho coberto por malícia, recebendo olhares bravos das outras três. — Que foi? Todas estão pensando isso, eu só falei.

O riso divertido de Charlotte ecoou pelo quarto e ela balançou levemente a cabeça, olhando para as amigas e caminhando até elas, as abraçando em conjunto com carinho. A senhorita Capman agradecia todos os dias pelas moças que tinha ao seu lado, sabia que jamais estaria tão bem naquele momento se não fossem suas amigas para apoiá-la em seus momentos mais sombrios.

— Prometo contar tudo assim que chegar, me esperem com um bom chá — falou ela, com um grande sorriso, após soltá-las. — Me desejem sorte!

Dito isto, a jovem pegou a capa que a protegeria do frio no caminho e, após colocá-la sobre os ombros, seguiu para as escadas, descendo cuidadosamente os degraus até chegar ao lado de fora, onde a carruagem já a esperava. Entrou no veículo, recebendo acenos animados de suas amigas e, após se acomodar e fechar a porta, começou a jornada em direção ao primeiro baile que ia em quase dois anos.

E torcia para que fosse uma noite inesquecível.

Enquanto ela percorria o caminho que a levaria a festa, já no salão de bailes, Lucian encarava a escadaria por onde os convidados entravam assim que anunciados. Naquele momento, um homem jovem descia as escadas, seus olhos acinzentados pareciam completamente insatisfeitos em estar presentes no local, enquanto a jovenzinha ao seu lado parecia deslumbrada com o baile.

Não se deu ao trabalho de observar o rapaz com atenção, a única coisa que notou foi a grande cicatriz que tomava a lateral de todo seu rosto com um símbolo que lhe parecia familiar, mas que não conseguia reconhecer com totalidade por conta da pele elevada e um tanto quanto inchada do local, era uma cicatriz grotesca.

Apesar da curiosidade, logo desviou os olhos para quem chegava depois dele. Judith, Brista, Chelsea, Marcel e o senhor George Capmam desciam a grande escadaria. Não deixou de reparar no cumprimento animado da senhora Capman para o estranho portador da cicatriz, nem a forma como seu marido a puxou de volta para perto de si quando a viu falando com ele, parecendo bastante irritado. Viu também, enquanto caminhava até a família, a forma ameaçadora como Marcel encarou o homem, que o fez encolher os ombros levemente, deixando a postura altiva e arrogante com a qual havia entrado de lado, afastando-se dali junto a sua companheira.

— Senhor Duque! — George foi o primeiro a notá-lo, estendendo a mão para Lucian num cumprimento gentil. — Está feliz? O baile certamente contará com presenças importantes, soube que o príncipe estará presente!

— Estou muito satisfeito, tenho certeza que será um ótimo evento — ele respondeu, com um sorriso gentil, voltando-se para as moças. — Senhoritas, estão belíssimas!

— Obrigada, senhor! — Brista foi a primeira a agradecer, curvando levemente o corpo. — Se me permite dizer, estás muito bonito também, um colírio para os olhos de todas as damas, com certeza.

A fala da loira fez Lucian rir, enquanto estendia a mão para ela, que aceitou prontamente o gesto, sentindo o coração palpitar com o sucesso, seria ela a primeira dança do Duque naquela noite? Aquilo lhe daria muita vantagem na corrida que se daria entre as moças para conseguir um pouco de sua atenção.

— Me concede sua primeira dança? — perguntou ele, gentilmente.

O Duque sabia das pretensões de Brista e, por mais que não tivesse intenção alguma de desposá-la, dançar com ela não era um pedido de casamento, era um baile, pretendia se divertir, principalmente por não saber se a jovem que realmente tinha seu coração apareceria.

— Será um prazer — confirmou Brista, sorrindo e caminhando ao lado dele em direção ao local onde os demais convidados dançavam.

A música em questão era medianamente lenta, Brista animou-se ao saber que poderia ter uma troca de olhares mais íntima com Lucian naquele momento e, com muita garra, seguiu em direção a fila das moças, pronta para garantir seu espaço naquele momento.

Lucian seguiu em direção a linha dos cavaleiros e, quando a música se iniciou, todos começaram a executar a dança típica com perfeição, aproximavam-se das damas, curvaram-se diante delas e depois fizeram uma meia volta ao redor das jovens, com a mão direita erguida. Depois disso, era a vez das moças se moverem, inclinando o corpo inicialmente e erguendo a mão, virando-se para os cavaleiros e os acompanhando numa dança que envolvia olhares e uma aproximação leve, mas na qual as mãos não se tocavam.

Inicialmente, Lucian estava realmente concentrado na dança. Os olhares e sorrisos de Brista eram encantadores, ela era, sem dúvida alguma, a moça mais desejada do baile e ele sabia que qualquer homem desejaria estar bem ali, em seu lugar. Porém, quando ouviu o nome ressoar pelo salão, seus olhos a procuraram imediatamente, mesmo que não parasse de dançar.

Charlotte estava belíssima, tão perfeita que o fez suspirar e sorrir genuinamente. A chegada de Charlotte não passou despercebida por ninguém.

Afastou Charlotte de si e a girou, observando a saia verde esvoaçar enquanto ela fechava os olhos, então, a viu partir, já que era costume que trocassem os parceiros em dados momentos da dança. Em seu lugar uma outra dama chegou, mas seus olhos sequer se voltaram para ela, continuaram presos em Charlotte que, naquele momento, abria os olhos e se via nos braços do estranho homem de olhos tempestuosos.

Naquele instante, Charlotte Capman encontrou os olhos nebulosos tão conhecidos por ela, que transformaram toda a magia daquela dança em algo sombrio e assustador. Sentiu o coração acelerar, mas dessa vez de medo, ao passo que a mão grande e forte apertava sua cintura com certa posse.

Willian a encarava com um misto de sentimentos, raiva, ciúmes, desejo. Para ele, não importava o que havia assinado naquele dia, há quatro meses atrás, Charlotte ainda era sua mulher e, mesmo que ele já estivesse casado mais uma vez, vê-la nos braços do Duque foi o suficiente para fazê-lo ficar possesso. Em outros tempos, certamente ele a castigaria, mas agora aquilo estava fora de seu poder, ao menos por enquanto.

— Quase me esqueci de como era bela, Charlotte — falou ele, num sussurro, fazendo-a parar imediatamente.

Ao longe, Marcel tentava passar por entre as pessoas. Assim que viu o que estava prestes a acontecer, tentou evitar a aproximação de Willian, mas era tarde. Não culpava Lucian, afinal, ele não fazia ideia, mas culpava a si mesmo por não avisá-lo.

No entanto, não precisou intervir, o Duque fez o trabalho.

Ao notar Charlotte parada em meio ao salão e os olhos de todos voltados para ela, como se uma luz se acendesse em sua mente, ele percebeu o que estava acontecendo. Soltou a jovem que estava em seus braços que, por coincidência, era nova esposa de Willian, e caminhou a passos largos até o homem, que ainda mantinha Charlotte presa a si, mesmo que ela claramente não quisesse estar li.

— Com licença, senhor — falou ele, passando o braço esquerdo pelos ombros de Charlotte, puxando-a delicadamente para si.

Apesar de contrariado, William a soltou, não podia causar uma grande confusão ali, afinal, sabia que estava sendo observado. Encarou o Duque com ódio e, após apertar os dedos contra a cintura de Charlotte, a soltou, ainda encarando o homem, que se colocava de forma protetora na frente da ruiva.

A ruiva sentiu um grande alívio quando seu corpo foi afastado do monstro que outrora foi seu marido e, quando suas costas tocaram o peito forte de Lucian, ela se sentiu segura. Ao contrário do que acontecia quando ela era casada, agora, havia quem a salvasse, ele a havia tirado dos braços do seu antigo algoz.

Lucian encarava William com igual ódio, enquanto imaginava o que ele havia feito para ganhar aquela cicatriz que, após olhar melhor, lembrou o que significava. Uniu as sobrancelhas enquanto escondia Charlotte atrás de si, que agradecia silenciosamente pela postura protetora do Duque, impedindo que William a olhasse ou mantivesse qualquer contato visual com ela.

— Que indelicadeza, Duque, a dança ainda não havia acabado — o loiro provocou, empertigando a postura e estufando o peito, mostrando-se altivo, mesmo que Lucian fosse muito maior e mais forte que ele. — Algum problema?

— Existem muitos problemas, mas creio que eles não precisam ser discutidos aqui — respondeu o Duque, ainda o encarando.

O homem se aproximou um pouco mais, sussurrando com ar ameaçador enquanto entrelaçava seus dedos aos de Charlotte, que apertava com força seu braço:

— Não se aproxime dela novamente, creio que já lhe deram uma lição, mas eu não vou hesitar em relembrá-lo que precisa se manter bem longe dela se voltar a tocá-la e garanto que não serei piedoso como Marcel foi.

Então, ainda sob o olhar irritado e odioso de Willian, que foi humilhado mais uma vez, agora na presença de todos, Lucian se virou para Charlotte, segurando-a pela mão e caminhando em direção a saída que os levaria ao jardim.

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