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Proibida Para o CEO romance Capítulo 127

“Mia Bennett”

Depois que Theo sussurra em meu ouvido que precisamos conversar, tento manter a calma, mas é impossível ignorar a tensão que toma conta de mim.

Após o jantar e algumas conversas aleatórias, finalmente todos começam a se levantar do sofá.

Acompanho meu pai e Lauren até a porta, tentando não parecer ansiosa demais para que eles saiam. Mas, é claro, Ethan também nos segue.

— Tem certeza de que não quer mais vinho? — pergunto quando meu pai beija minha testa.

— Não, precisamos descansar — ele sorri.

— Apartamento oficialmente inaugurado — Lauren brinca, me abraçando. — Adorei o jantar.

— Até amanhã, filha.

Enquanto meu pai se vira para sair, Ethan me lança um olhar que deixa claro que nos veremos daqui a pouco.

Assim que fecho a porta, volto para a sala. Vitória continua na cozinha, cantarolando enquanto lava a louça, e Theo continua sentado no sofá.

— Theo, o que você queria conversar comigo? — pergunto, me sentando.

— Sobre o que aconteceu na varanda… sobre você e Ethan.

— Não sei do que você está falando — desvio o olhar, forçando uma expressão neutra.

— Já te disse que não sou bobo — ele suspira. — E depois da conversa com ele, tenho certeza de que é ele o cara por quem você está apaixonada.

— O que você quer, Theo? — pergunto, sentindo minha voz trêmula.

— Mia, não quero que fique nervosa. Só preciso saber se… ele está te forçando de alguma maneira.

— O quê? Claro que não! — exclamo, balançando a cabeça rapidamente.

— Tem certeza? Porque se for isso, Mia, nós precisamos contar para o James. Não importa se eles são amigos há anos, seu pai precisa saber.

— Theo, para com isso. Ninguém está me forçando a nada.

— Então me explica. Por que alguém como você se envolveria com alguém como ele?

— Alguém como eu? — franzo a testa.

— Você é doce, ingênua… — ele balança a cabeça. — E, conhecendo Ethan como conheço, não seria difícil para ele te conquistar só para te transformar em mais uma da lista dele.

— O que exatamente você acha que eu sou? — pergunto, sentindo meu rosto queimar de raiva. — Uma idiota que cai em qualquer cantada?

— Não! — Ele segura minhas mãos. — Me desculpa, não foi isso que eu quis dizer. Eu só… — suspira. — Não quero que você se machuque. Você já passou por tanta coisa, Mia. Não quero ver você sofrendo de novo.

Solto um suspiro, tentando me acalmar.

— Entendo sua preocupação — digo após alguns segundos. — Mas você não me conhece tão bem quanto pensa, Theo. E, pelo jeito, também não conhece o Ethan.

— Conheço o suficiente para saber como ele age com as mulheres.

— Não — balanço a cabeça. — Você conhece o que ele deixa as pessoas verem.

— E você acha que conhece mais que isso?

A pergunta paira entre nós. Mordo o lábio, escolhendo minhas palavras com cuidado.

Mas, como explicar para ele que conheci uma versão completamente diferente da imagem que todos têm de Ethan? Isso é impossível.

— Acho que ninguém conhece ninguém completamente — digo por fim. — Nem mesmo você me conhece tanto assim para acreditar que sou tão ingênua.

— Vocês brigaram?

— Não — ela se senta no sofá. — E talvez esse seja o problema. A gente nem briga mais, Mia.

— Vocês deviam conversar.

— Para quê? — ela ri sem humor. — Para ele inventar outra desculpa, como tem feito há quase um mês? Estou cansada de…

Vitória não termina a frase, mas não é necessário. Puxo minha amiga para um abraço, sentindo seu corpo tremer enquanto ela finalmente deixa as lágrimas caírem.

— Preciso terminar isso logo — diz, se afastando para limpar o rosto. — Melhor parar antes que eu me machuque.

— Seja qual for sua decisão, estou aqui para te apoiar.

— Obrigada — ela força um sorriso. — Acho que estou precisando da minha melhor amiga.

— Que tal assistirmos um filme? — sugiro. — Tenho certeza de que tem alguma comédia romântica idiota que a gente possa odiar juntas.

— Não vai atrapalhar a visita noturna do CEO gostosão? — ela pergunta, conseguindo arrancar uma risada de mim.

— Para de ser boba, garota!

— Tudo bem — ela se levanta, limpando o resto das lágrimas. — Mas só se você prometer que não vai me expulsar quando ele chegar.

Solto uma risada e balanço a cabeça, mas por dentro, minha mente continua inquieta.

Theo tem suas suspeitas. Vitória está desmoronando. E eu?

Eu vivo entre segredos, mentiras e a incerteza de até quando poderei sustentar tudo isso.

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