“Mia Bennett”
Após toda aquela tensão na sala de Ethan, incluindo o teste ridículo em que ele fingiu que ia me beijar apenas para provar que essa aproximação não daria certo, saí de lá pensando em desistir.
No entanto, algo dentro de mim exige que eu não dê o braço a torcer e faça o que ele quer. E daí que Ethan quer me ver longe daqui? Se ele quer fingir que nada aconteceu, também consigo fazer o mesmo.
Pode ser que haja um dedo de masoquismo nisso, pois, apesar do incômodo de sua indiferença, uma parte de mim está ansiosa para vê-lo se cansar e me aceitar aqui.
— Hoje ele está estressado... — Gabriel sussurra, balançando a cabeça quando Ethan volta para sua sala.
Forço um sorriso, voltando minha atenção para minha mesa. Se Gabriel soubesse o motivo do estresse de Ethan, certamente se surpreenderia. Mas isso é um segredo que guardarei comigo.
Finalmente, as horas passam sem maiores emoções. Ethan finalmente me deixou quieta, ocupado demais com seu próprio trabalho para me incomodar.
No final do expediente, junto minhas coisas e desço para o andar de James. Mesmo que eu queira manter minha independência, não faço ideia de como chegar em casa sozinha. Ao entrar na sala, ele abre um sorriso.
— Estava apenas esperando por você — ele avisa, se levantando para pegar o paletó. — Consegui adiantar todos os meus compromissos para irmos embora juntos.
— Muito obrigada. Prometo que vou aprender o endereço para não…
— Mia — ele me interrompe enquanto pega o celular de cima da mesa —, não precisa se preocupar com isso. Ivan estará à sua disposição mesmo quando eu precisar sair mais tarde daqui.
Assinto, desistindo de argumentar. Ainda não expliquei os motivos que me impedem de ser novamente dependente de alguém. Insistir na minha independência, aparentemente sem motivos para isso, apenas me fará parecer uma pessoa ingrata, certo?
— Pensei em te levar para jantar antes de irmos para casa. Gosta de sushi? — James pergunta assim que saímos da sala. Faço uma careta involuntária antes de me lembrar de ser educada.
— Não é minha comida favorita, mas posso tentar — respondo, sem jeito. James ri baixo, balançando a cabeça.
— Vou interpretar isso como um “não, obrigada”. Que tal comida italiana?
— Muito melhor — respondo, enquanto entramos no elevador. — Massas são minha fraqueza.
— Combinado. Conheço um lugar que você vai adorar.
Seguimos para o carro e, no caminho, a conversa é leve, com James tentando me fazer sentir mais confortável. Ele pergunta sobre o que estou achando da Nexus, mas evita tocar em assuntos pessoais, o que me deixa aliviada.
No restaurante, o ambiente calmo e a música suave ajudam a dissipar a tensão acumulada do dia. James insiste em me apresentar os pratos mais famosos do cardápio, garantindo: “Você não vai se arrepender.”
— Como foi seu primeiro dia? — ele pergunta, após pedirmos os pratos.
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