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Proibida Para o CEO romance Capítulo 19

Viro o rosto em direção à voz, sentindo meu coração acelerar de um jeito que me irrita. Ethan está parado perto de mim, com um olhar sério demais para o meu gosto.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto, odiando o quanto minha voz sai fraca.

— Eu poderia perguntar o mesmo — ele responde, inclinando a cabeça para o lado. — Vim respirar longe da agitação e te encontro aqui, tentando fugir.

— Não estou fugindo — rebato, apertando os dedos na taça quase vazia. — Só queria um pouco de ar fresco.

— Ar fresco e champanhe? — Ethan levanta uma sobrancelha, olhando a taça em minha mão. — Interessante combinação.

— Qual é o problema? — murmuro. — Não sabia que beber uma taça era contra as regras.

— Considerando que posso procurar o responsável por deixar você pegar essa taça, diria que é um problema — ele responde, num tom calmo, mas carregado de provocação. — Se não me engano, as leis americanas deixam bem claro: menores de 21 anos não podem beber, Srta. Bennett.

— Engraçado isso vir de alguém que ofereceu um drink e depois… — As palavras escapam antes que eu possa me conter, mas paro de falar imediatamente. Não quero outra discussão desnecessária. — Esquece.

— Termine — ele diz, quase como uma ordem.

— Não tem o que terminar — murmuro, engolindo em seco.

— Tem, sim. Quando você resolve responder, mesmo que seja para me irritar, é bem mais interessante do que a versão entediante.

— Talvez porque, quando respondo, você descobre que não tem o controle de tudo — murmuro, odiando o efeito que ele parece ter sobre mim. — Acho que essa conversa já foi longe demais. Por que não entra e me deixa aqui sozinha?

Ethan não responde de imediato. Apenas me observa, como se tentasse ler o que está por trás das minhas palavras. Esse hábito dele de analisar cada detalhe me irrita mais do que deveria.

— Afinal, por que você está escondida aqui, bebendo sozinha? — Ele pergunta, diminuindo a distância até parar em pé na minha frente, fazendo com que eu me sinta ainda menor. — Se não está confortável com o ambiente, deveria falar com…

— Por que você se importa? — interrompo, impaciente. — Isso não é um problema seu.

— Porque, mesmo não sendo problema meu, também sou o anfitrião e prefiro não ter que lidar com as consequências depois.

— Consequências — repito, soltando uma risada amarga. — Você fala como se fossem exclusivamente suas. Mas, se quer saber, Sr. Hayes, até a minha presença aqui é consequência de algo. Na verdade, acho que consequências definem quem sou.

— O que você quer dizer com isso? — ele pergunta, franzindo as sobrancelhas.

— Não importa — respondo rápido, arrependida de ter falado mais do que devia. Devia ter ficado quieta. Talvez assim ele tivesse ido embora.

— Você deveria entrar, Mia — Ethan continua. — Uma jovem sozinha, num canto escuro, com uma taça de champanhe e visivelmente abalada, atrai atenção. E nem sempre a atenção certa.

— A atenção certa ou errada não faz diferença para mim. Porque, no fim, sempre sou eu quem estraga tudo — murmuro, dando de ombros. Uma dúvida surge, e não consigo segurar a pergunta: — Afinal, por que você está sendo tão… gentil?

— Não se acostume com isso — ele responde, esboçando um mínimo sorriso. — Talvez seja apenas a bebida fazendo efeito.

— Então está explicado — murmuro, levantando o rosto para encará-lo. — É por isso que você está aqui. Tão perto do seu maior problema.

— O maior problema, não — ele corrige, me olhando intensamente. — Mas o que mais parece me atrair.

Minha respiração falha com as palavras, enquanto o olhar dele permanece fixo no meu, e, por mais que eu tente, não consigo desviar. Ethan levanta a mão, afastando meu cabelo para trás da orelha antes de deslizá-la pela minha bochecha.

Não sei se sou eu quem se inclina ou ele, mas, de repente, a respiração dele toca minha pele. Todo meu corpo grita que isso não deveria me afastar, mas não consigo.

No mesmo momento em que seus lábios tocam os meus, uma voz distante e bem conhecida corta o momento:

— Mia? Ethan?

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