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Proibida Para o CEO romance Capítulo 208

“Alguns meses depois… Mia Bennett.”

O outono chegou bem mais rápido do que eu gostaria.

Quatro meses desde o meu aniversário. Quatro meses de preparação para Harvard. Quatro meses de pequenas e grandes mudanças.

Minha recuperação física foi declarada completa há pouco mais de dois meses, quando o Dr. Ramirez finalmente assinou minha alta médica definitiva.

— Extraordinário! — ele disse, avaliando a cicatriz fina nas minhas costas. — Raramente vejo uma recuperação tão completa em casos como o seu.

Mas a verdadeira recuperação aconteceu antes, nos pequenos momentos.

Na primeira vez que corri no parque sem sentir falta de ar.

Na primeira noite que dormi sem acordar em pânico, com o coração disparado pelos pesadelos com Miranda.

Na primeira vez que passei um dia inteiro sem lembrar do sequestro.

Minha cicatriz continua aqui, claro. Uma linha rosada e irregular de alguns centímetros abaixo do meu ombro esquerdo, marcando o lugar onde o projétil entrou.

Ethan a beija todas as noites, num ritual silencioso que começou espontaneamente, mas que se tornou nossa lembrança compartilhada. Estamos aqui. Sobrevivemos. Continuamos.

Agora, parada no meio do meu apartamento, cercada por caixas etiquetadas e malas semiabertas, tento processar a realidade: amanhã estarei em Boston. Em Harvard.

O sonho que adiei quando minha mãe faleceu. O sonho que quase perdi quando minha própria vida esteve por um fio.

— Tem certeza de que não esqueceu nada? — A voz de Ethan me traz de volta.

Quando me viro, o encontro encostado no batente da porta do corredor, me observando com aquele olhar que sempre faz meu coração acelerar.

— Acho que, se esqueci, você provavelmente já incluiu em uma daquelas caixas que enviou na semana passada — respondo, sorrindo.

Ele dá de ombros, sem negar.

Nas últimas semanas, Ethan transformou a organização da minha mudança em uma operação quase militar, garantindo que tudo estivesse perfeito.

— Tenho mais uma coisa para você — ele diz, aproximando-se com um pequeno envelope na mão.

— Outra? — arqueio as sobrancelhas. — Com o apartamento que você insistiu em alugar para mim em Cambridge, estou começando a me sentir mal por não ter preparado nada para você.

Ele sorri e me entrega o envelope branco e simples.

— Esse é mais simples, mas não menos importante.

Dentro, encontro um pequeno cartão com números e uma série de instruções detalhadas.

— O código de segurança do seu apartamento e do prédio — ele explica. — E alguns lembretes importantes sobre o sistema. Sei que tudo isso consta no contrato, mas achei que um guia simplificado seria útil.

Olho para o cartão e sorrio diante do nível de detalhe. Tão Ethan, pensar em cada pequena coisa.

— Você realmente pensou em tudo, não é? — guardo o cartão cuidadosamente na bolsa.

— Tentei — admite. — Quero que você tenha tudo o que precisa lá. E… — ele hesita por um momento. — Espero que não se importe, mas tomei a liberdade de enviar algumas coisas minhas junto às suas. Só o essencial para os fins de semana.

208. Já Superamos Coisas Piores 1

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