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Proibida Para o CEO romance Capítulo 34

Meu coração dispara ao ver o sangue escorrendo pela mão dele, mas sei que não é apenas por isso. Mesmo que dessa vez não fosse a minha intenção, eu deveria ter notado os sinais, percebido que estava testando seus limites sem nem perceber.

Antes que me dê conta, estou me aproximando, incapaz de ficar parada enquanto Alec tenta examinar o corte na mão dele.

— Pare de se comportar como uma criança e me deixa ver isso, Ethan — Alec reclama, tentando segurar o braço dele.

— Já disse que não precisa, porra — ele retruca, pegando um guardanapo de uma das mesas próximas. Pressiona contra a mão e me encara. — Foi apenas um corte, nada sério.

— O que aconteceu, Ethan? — James pergunta, se aproximando, com o olhar fixo no sangue que ainda goteja no chão. — Você está bem?

— A taça devia estar trincada, e eu não percebi — Ethan responde, desviando o olhar para James.

James e Alec continuam preocupados, dando recomendações, enquanto Ethan solta um suspiro pesado, revirando os olhos como se tudo não passasse de um inconveniente. Finalmente, ele cede aos apelos dos dois e os acompanha em direção à casa.

— O que exatamente aconteceu aqui? — Vitória pergunta, olhando para os pingos de sangue no chão.

— Eu… — mordo o lábio, hesitante. — Seria estranho se eu dissesse que pode ter sido minha culpa?

— Como assim, sua culpa? — Ela franze as sobrancelhas.

— Mais cedo, quando estava com Theo… No início, foi para provocá-lo — confesso, sem jeito. — Talvez ele tenha achado que eu estava fazendo isso de novo agora.

— Olha, eu não sei o que está acontecendo entre vocês, mas vou dizer uma coisa: se ele está quebrando taças e você está se sentindo culpada por algo que nem foi intencional, talvez seja hora de vocês dois pararem e… sei lá, resolverem isso.

— Você está certa. Precisamos resolver isso antes que vire um caos — murmuro, percebendo que os convidados finalmente voltaram às suas conversas aleatórias. — Tori, vou ver como ele está e tentar conversar com ele.

— Mia… — Ela segura meu braço, visivelmente preocupada. — Não sei se é uma boa ideia. James e Alec estão com ele.

— Eu também não sei — confesso. — Mas não vou conseguir ficar de braços cruzados enquanto ele acha que tudo foi proposital. É melhor que isso termine na taça, não acha?

— Tudo bem, mas tenta não piorar as coisas, ok? — Vitória solta um suspiro pesado e afrouxa o aperto no meu braço.

— Não vou — respondo, mesmo sabendo que essa é uma promessa que talvez eu não consiga cumprir.

Sigo em direção à casa, sentindo meu coração disparar. Não sei exatamente como, mas preciso esclarecer as coisas e parar de estragar tudo.

Ao entrar e não ver nenhum deles na sala, subo as escadas. Assim que viro o corredor, ouço vozes abafadas vindo do quarto de Ethan.

Entro no cômodo e, através da porta entreaberta do banheiro, vejo Ethan sentado no vaso sanitário, resmungando enquanto Alec examina sua mão machucada. James está de pé, observando, enquanto tanto ele quanto Alec reclamam da resistência de Ethan.

— Ai, porra! — ele resmunga. — Não precisa enfiar essa merda tão fundo.

— Para de ser dramático — Alec responde, de costas para a porta. — É só antisséptico.

Minutos depois, ouço passos e a porta do banheiro se abre. Espio pela fresta e vejo James e Alec saindo do quarto, ainda conversando. Como imaginei, Ethan fica.

Ele para em frente ao espelho, desabotoando os botões da camisa. Logo, o tecido desliza pelo corpo e cai no chão. É impossível não morder o lábio diante da visão de suas costas perfeitamente definidas.

Por que o pecado é tão… tentador?

Me remexo, tentando conter a inquietação. Então, o perfume dele invade o espaço, me lembrando que o único lugar onde ele pode pegar uma camisa nova é exatamente onde estou.

Droga!

Ethan se vira e, em poucos passos, a porta do armário se abre. Tudo acontece tão rápido que, antes que eu possa reagir, caio direto em cima dele.

— Mia? — Ele me encara, estreitando os olhos. — Que porra você está fazendo aqui?

— Tentando resolver isso de uma vez por todas — murmuro, sentindo minha respiração falhar. — Desejos passam quando são saciados, Ethan. Não vamos acabar com isso enquanto não cedermos… uma vez.

Em vez de responder, ele me empurra contra o armário, pressionando seu corpo contra o meu. Uma de suas mãos vai para o meu pescoço, enquanto a outra aperta minha cintura.

— Uma única vez, Mia — Ethan murmura, com a voz rouca. — Então, essa porra vai acabar, ouviu?

— Uma única vez — repito, ofegante.

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