Ethan franze a testa ao ouvir minhas palavras, inclinando levemente a cabeça. Seus olhos intensos me analisam por alguns segundos antes de um sorriso malicioso surgir em seus lábios.
— Está me dizendo que fui o responsável por desvirtuar a mocinha certinha de Portland? — pergunta, sarcástico.
— Digo isso porque, antes de você, eu nunca tinha feito algo tão… louco. — Reviro os olhos, mas não consigo evitar sorrir.
— Como entrar no carro de um desconhecido e ainda aceitar tomar um drink com ele?
— Exatamente. Sempre quis saber a sensação de fazer algo errado, e aceitar um drink de um estranho parecia um bom começo — dou de ombros, sentindo minhas bochechas esquentarem com a lembrança.
— E subir para uma suíte com esse estranho foi a cereja do bolo? — provoca, com um sorriso que me faz corar. Não consigo evitar rir, balançando a cabeça.
— Na minha cabeça, era perfeito. Nunca mais nos veríamos, então… que mal havia em fazer uma loucura? — mordo o lábio, hesitando antes de continuar. — E você? Por que o Sr. Controlado decidiu convidar essa estranha para um drink mesmo sabendo que não era sua acompanhante?
— Você me intrigou — admite. — Pela primeira vez, alguém não sabia quem eu era, não tinha segundas intenções. Era só… você.
— Não era só uma estranha atraente que poderia substituir sua acompanhante? — provoco, arqueando uma sobrancelha. — Não passou isso pela sua cabeça nem uma vezinha?
Ethan levanta sua taça à boca, dando um longo gole enquanto me observa, como se escolhesse as palavras certas.
— Honestamente? Talvez tenha passado — admite, com um sorriso que beira o arrogante. — Mas só até te ver ali, completamente alheia ao que eu representava para tantas outras pessoas. E, por algum motivo, isso me fez querer ser apenas… eu, naquela noite — completa, pegando minha mão sobre a mesa. — Você foi minha primeira decisão impulsiva em anos. E a melhor delas.
— Engraçado como o destino brinca com as pessoas — murmuro, entrelaçando nossos dedos. — Duas pessoas que nem imaginavam o quanto suas vidas se cruzariam. E agora aqui estamos nós, brincando de “Sr. e Sra. Hayes”.
— Aqui estamos nós — ele repete num tom baixo. — E mesmo sabendo que deveria ter me afastado, não consigo imaginar não ter você em minha vida.
Suas palavras fazem meu coração acelerar. É assustador como, em tão pouco tempo, Ethan se tornou tão importante para mim. Como sua presença se tornou necessária, como seus toques se tornaram viciantes.
— Talvez o destino tenha nos colocado no mesmo lugar — continua, traçando círculos na minha pele —, mas o que veio depois… foi escolha.
— Escolha? — pergunto, quase num sussurro.
— Sim. Escolhi não te deixar sair da minha vida. E você… — ele pausa, me encarando intensamente. — Escolheu ficar. Agora quero te provar que essa foi a melhor escolha.
— Espero que consiga, Sr. Hayes. — Tento provocar, mas é impossível esconder o sorriso.
— Sempre consigo, Sra. Hayes. — Ele beija minha mão, um gesto tão inesperado que sinto um arrepio percorrer meu corpo.
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