Tudo bem que a sua proposta foi um tanto estranha, mas precisava ao menos tentar.
— Pode parecer maluquice, mas nós dois precisamos deste lugar — ela continua. — Passo praticamente o dia inteiro fora de casa, você nem perceberá que estou aqui.
Richard pega um prato com waffles que acabou de preparar e serve à mesa, em seguida se senta. Ele a observa comer, após isso, diz.
— Não estou preocupado com isso, mas você nem me conhece e mesmo assim quer morar na mesma casa que eu. Não passa por sua cabeça que posso ser algum maníaco?
— Na verdade, passa sim — responde rapidamente. — Eu não gostei do jeito que me olhou quando eu estava no banho, mas vou relevar por ter deixado a porta aberta, entretanto, se eu fosse você, ficaria bem longe de mim. Não sei se você sabe, mas o meu pai é delegado da polícia federal e minha mãe é advogada.
Richard não deixa de rir com o comentário que acaba de escutar. A atitude dele faz com que as bochechas de Alice fiquem vermelhas.
— O que foi, por acaso disse algo engraçado? — pergunta ofendida.
— Acha mesmo que, se eu quisesse fazer alguma coisa com você, seus pais poderiam me impedir? Você mesma disse que eles estão em outro estado, enquanto isso, você está aqui dentro deste apartamento comigo, como uma ovelhinha indefesa. O que faria se eu fosse para cima de você agora mesmo? — Desta vez, o tom de voz de Richard sai ameaçador e os seus olhos azuis acabam ficando negros como a noite. Alice estremece toda, sentindo-se na defensiva.
— Você não faria isso, faria? — ela pergunta com voz trêmula.
Richard termina de desabotoar a camisa e deixa seu peito à mostra, se levanta da cadeira onde está sentado e se aproxima de Alice, que já está com o coração acelerado. A aura hipnotizante dele é tão forte que ela não consegue mover nem um músculo sequer de seu corpo. Ele encosta a boca na orelha dela. Aquela atitude fez a respiração da moça ficar ofegante.
— Só se você querer — ele sussurra em seu ouvido.
Aquela frase foi o suficiente para que o coração de Alice quase saísse pela boca. Ela toma coragem e vira o rosto, olhando nos olhos de Richard, que continua próximo. Seus olhos se encontram. A sensação é estranha e completamente nova, porque apesar de saber que poderia estar em perigo, ela não queria se afastar.
— Eu… eu — Alice gagueja.
Então, Richard sai de perto dela e começa a gargalhar. Alice percebe que ele estava brincando com ela.
— Seu filho da mãe — sussurra, se ajeitando na cadeira.
— Vai conseguir resistir às minhas provocações enquanto ficar nesta casa? — ele provoca, sentando-se novamente.
— Acha mesmo que eu me prestaria a cair numa provocação barata dessas? — Alice responde, ainda nervosa com o que aconteceu.
— Se for assim, pode ficar, eu também fico praticamente o dia todo fora de casa, então creio que isso não será um problema.
Richard se levanta, coloca a xícara que sujou na lava-louças e sai dali, mas antes, olha para trás e faz um questionamento que está em sua cabeça.
— Você tem quantos anos? — Ele pergunta.
— Tenho vinte e um — ela responde. — Por que quer saber? — Pergunta curiosa.
— É que você tem cara de ser bem novinha e eu não quero violar nenhuma lei — ao responder, ele lança uma piscadela de olho bem descarada para Alice e sai dali.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!