Alice se desespera com a presença daquele estranho no apartamento.
— Para de gritar! — O homem pede, preocupado, que os vizinhos ouçam.
— Para de olhar para o meu corpo e sai daqui, seu tarado!
— Eu que devo te mandar sair daqui — ele responde, virando as costas, sentindo-se constrangido. — Como conseguiu entrar no meu apartamento?
— O quê? — Ela corre para pegar uma toalha e cobrir o corpo, mas acaba cortando o pé em um caco de vidro. — Ai! — geme, sentindo a dor aguda.
— Você está bem? — Ele pergunta, tentando se virar novamente, mas é repreendido por ela.
— Não olha para cá, está me ouvindo? Este apartamento é meu! — Responde Alice, com a voz firme.
— Está louca? — Ele a questiona, confuso. — Moro aqui há mais de três meses e nunca te vi por aqui.
— Três meses? Mas este é o apartamento dos meus pais — diz ela, cobrindo o corpo e tentando estancar o sangue do pé com um pedaço de papel higiênico. — Por acaso, você o invadiu?
— Aluguei esta casa do senhor George Taylor — o homem revela, tentando manter a calma.
— George Taylor é o meu pai — confessa, surpresa.
Os dois percebem que tudo não passa de um mal-entendido. Alice pede que ele a espere na sala enquanto veste uma roupa para conversarem. Rapidamente, ela vai até o quarto e escolhe um baby-doll que havia separado para usar após o banho. Ao voltar para a sala, encontra novamente o estranho que está morando ali.
— Meu pai não me comunicou que havia alugado o apartamento — diz ela, sentando-se no sofá vazio.
Mesmo tentando ser discreto, o homem não consegue evitar olhar para a roupa que Alice usa.
— Então há um mal-entendido aqui que precisa ser resolvido — diz ele, desviando os olhos do corpo de Alice e fixando-os nos olhos dela. — Sou Richard Carter — estende a mão para cumprimentá-la.
Richard Carter aparenta ter no máximo 28 anos, é alto e de pele clara. Seu cabelo é preto e um pouco comprido, e sua barba parece estar por fazer.
— Sou Alice Taylor — mesmo desconfiada, ela não rejeita a mão do homem e o cumprimenta.
— Seu pai me alugou este apartamento por alguns meses — Richard explica.
— Eu não estava ciente disso — responde. — Por isso vim para cá.
— Por acaso está de passagem?
— Não, eu vim para ficar — responde determinada.
— Que tal discutirmos isso tomando um café? — sugere Richard. — Estava dormindo e acordei com seus gritos histéricos — confessa.
— Não estava gritando, estava cantando — responde, ofendida.
— Não foi o que pareceu, já que minha cabeça começou a doer instantaneamente — comenta irônico.
— Não vamos falar sobre isso, tudo bem? — pede, envergonhada.
— Então vamos tomar um café? — Richard se levanta e mais uma vez olha para as pernas de Alice, que estão descobertas.
— Vou trocar de roupa primeiro — declara, incomodada com o olhar de Richard.
— Tem certeza? Essa roupa está ótima em você — ele comenta com um leve sorriso malicioso.
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