Remida pelo Rei Alfa romance Capítulo 2

Eu me encontrava na Suíte Alfa, realizando minha habitual faxina diária, quando, de repente, senti braços ao meu redor. Espavorida, levei as duas mãos ao peito, virando-me para encarar o atrevido que me tocava.

"E aí", cumprimentou-me Alex, e eu lancei-lhe um olhar de nojo, deixando claro o quanto o desprezava.

"Com licença", resmunguei, recolhendo os materiais de limpeza e tentando sair do quarto. Entretanto, ele não se importou, e me envolveu novamente com suas patas imundas.

"Me solta, p*rra!"

Ele era um verdadeiro canalha, completamente indiferente ao fato de Lisa poder aparecer a qualquer momento.

"Como você tá? Sinto muito por terem te atacado", disse ele, seu olhar vagando pelo meu corpo. Puxei minha camisa para baixo. Como eu ainda não podia me transformar, minha recuperação era notavelmente lenta.

Sem fazer questão de respondê-lo, ri e me afastei.

"Você é casado. Não toque em mim, nem fale comigo de novo", rechacei. Quando abri a porta, deparei-me com Lisa, que fungou o ar e me encarou com desdém, antes de se posicionar ao lado de seu marido, que simplesmente deu-lhe as costas e dirigiu-se ao seu escritório.

"Você é mesmo uma p*ta, hein?!", berrou Lisa, me estapeando repetidas vezes. Eu nem mesmo sabia se estava sentindo dor naquele instante, tamanha era a minha familiaridade com isso. Tentei resistir à vontade de revidar, mas ela me empurrou contra a parede.

"Como ousa vir aqui seduzir meu companheiro?!", continuou a garota. Para alguém que se considerava bonita, ela era incrivelmente insegura, especialmente quando se tratava de mim. Levantei meu joelho e atingi-a, forçando-a a me soltar, e ela se encurvou, segurando o abdome.

"Sua v*dia! Eu sou sua Luna!"

"Não é, não", rebati, dando de ombros. Lisa sabia muito bem que seu companheiro havia vindo me procurar, mas era arrogante demais para aceitar. Inclinei-me e peguei-a pelos cabelos. "Diga ao v*gabundo do seu marido pra ficar longe de mim."

Ela tentou me golpear novamente, mas desviei de seus socos. Nesse momento, a porta se abriu, e Alex entrou mais uma vez. Ele interveio e afastou sua esposa de mim, segurando-lhe o rosto.

"Pare com isso. Você tá passando vergonha", grunhiu ele, apontando para a multidão que se formava no corredor.

Então, ele me olhou nos olhos e ordenou: "Saia".

"Era isso mesmo que eu tava tentando fazer, idiota", murmurei, indo limpar o pátio.

Enquanto eu varria, minha loba, Kira, me alertou que estávamos sendo observadas. Ergui a cabeça e olhei para o último andar do casarão, e lá estava Alex, observando-me atentamente. Encarei-o com um olhar cheio de rancor, sentindo um arrepio percorrer minha pele quando sua nova companheira apareceu atrás dele, acariciando seu peito nu. Rapidamente, desviei o olhar e continuei meu trabalho.

Depois de passar o dia dando duro, eu ansiava por voltar para casa e ver meu irmãozinho. No entanto, a recém-casada Sra. Raener não me deu essa chance. Em vez disso, ela me designou mais tarefas; desta vez, na cozinha.

Um frenesi havia tomado conta de todos ali, pois precisavam cuidar dos preparativos para o banquete da noite, com a chegada iminente do Rei. Chef Lee uma mulher de meia-idade, baixa e com uma atitude amarga, pôs as mãos na cabeça ao me ver.

"Não pode ser! Não acredito que mandaram essa encrenqueira pra cá de novo!", bravejou ela. Como era possível notar, ela não gostava muito de mim... Na verdade, ninguém na matilha gostava. O silêncio da equipe foi quebrado por um estrondo retumbante.

"De novo! De novo ela! Por quê?!", vociferou a chef, me fazendo tapar os ouvidos. Ela não apenas possuía um jeito rude, mas também era uma verdadeira fera quando se tratava de fazer barulho. Mordi meu lábio, aguardando uma reação de alguém, já que ela não havia direcionado a pergunta diretamente a mim.

"Nossa futura Luna mandou ela vir ajudar..." Enfim, alguém respondeu, e a mulher rabugenta praguejou, me fitando da cabeça aos pés.

"Então, vá descascar umas batatas e não cause problemas, senão, eu te queimo no óleo fervente!", ameaçou a Sra. Lee. Sem piscar, estreitei meus olhos e avancei, determinada, em sua direção. Em seguida, ergui os braços e soltei um rugido profundo, e ela pulou de susto.

Fiquei satisfeita ao ver sua expressão de medo, e um sorriso travesso brincou em meus lábios. Estendi a mão por trás dela, agarrando uma faca, e a balancei diante de seus olhos, fazendo-a tremer de medo.

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