Remida pelo Rei Alfa romance Capítulo 4

O Rei Alfa circundou-me, e eu arrepiei-me ao sentir seu nariz contra minha pele. Ele fungou e inalou meu aroma, como se fosse o perfume mais cativante que já tivesse experimentado. Então, com um toque suave, ergueu minha cabeça, e pude ver uma centelha de espanto em seus olhos. Era evidente que algo o surpreendera, mas ele manteve a compostura.

"Qual é o seu nome?" Sua voz soou calma.

"D-Daisy... D-Daisy Wooden", gaguejei. Meu coração continuava a bater forte; tão alto que eu jurava que todos à nossa volta eram capazes de escutar.

"Você é extremamente linda, sabia? Muito linda mesmo...", disse ele, e eu acabei corando. Nunca me considerei tão bonita quanto ele insinuava. Sentia-me apenas uma garota comum, magra e sem as curvas que outras mulheres tinham.

Seus dedos acariciaram minha bochecha. "Por que você ainda não se transformou?"

"N-Não sei, senhor..." Minha voz parecia estranha aos meus próprios ouvidos. Grande parte dos meus colegas já havia passado pela primeira transformação ao atingirem os dezoito anos, mas eu não.

"Hum... Quantos anos você tem, Daisy?" Meu coração palpitava de forma errática, mas, de alguma maneira, eu adorava a forma como ele pronunciava meu nome.

"Vinte...", murmurei baixinho, mas ele conseguiu ouvir.

"Você tá com medo de mim?", indagou ele, e eu não respondi. Quem não sentiria medo diante da presença dominante desse homem? Ele carregava uma reputação assustadora, e tudo o que eu já ouvira sobre ele me deixava abismada. O Rei suspirou, voltando ao seu lugar, e me convidou para acompanhá-lo à mesa. Hesitei por um momento, e ele parou e rosnou, deixando todos tensos. Não querendo irritá-lo, o segui obedientemente, mas, para minha surpresa, ele me puxou para o seu colo, depositando um beijo em meu ombro.

Os presentes ficaram atônitos e, quando abaixei a cabeça, o monarca repreendeu-me friamente: "É rude ficar olhando pra baixo perto de tanta gente. Encare seus súditos de frente, minha Rainha".

Por primeiro, foquei em meu Alfa e meu Beta, que me olhavam com desinteresse. Já Alex parecia fulo da vida, apertando uma faca com tanta força que seus dedos estavam brancos, e as irmãs Sampson tremiam de medo. Aquilo me fez vibrar por dentro. Se eu fosse a companheira do Rei Alfa, ninguém ousaria me desrespeitar de novo, muito menos esses idiotas inúteis. Sem delongas, o Rei fez um sinal, e o banquete recomeçou. Em questão de segundos, o silêncio sepulcral deu lugar a conversas.

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