Remida pelo Rei Alfa romance Capítulo 3

Os dois homens abriram espaço para uma terceira pessoa que se aproximava - aquele que havia gritado. Então, uma visão impressionante de masculinidade se desvelou diante dos meus olhos - era um homem que facilmente alcançava os dois metros de altura, com cabelos negros como a noite, olhos escuros que pareciam refletir as estrelas, e maçãs do rosto esculpidas com perfeição. Seu olhar ardente se fixou em mim, e me vi enredada pelos braços de Alex, quase perdendo o equilíbrio. O desconhecido deu três passos largos em minha direção e ergueu a mão para acariciar minha face, num toque que fez minha pele arrepiar-se.

"Minha...", resmoneou ele. Minhas mãos tremiam, e meu coração parecia martelar no peito ao passo ele me olhava como se eu fosse um tesouro; no entanto, eu sabia que não era. Em Deep Lake, me lembravam, todos os dias, de que eu não valia nada. Porém, naquele momento, o olhar penetrante daquele homem bonito me fez sentir que, talvez, eu fosse, sim, importante, embora eu não pudesse explicar essa sensação. Era uma sensação desconcertante, mas, de alguma forma, não era desagradável. Fiquei paralisada, presa no lugar, incapaz de reagir, com meus olhos grudados nos dele.

"Quê?! Essa garota não pode ser sua companheira. Ela é uma ninguém!", berrou Belly, com sua vozinha insuportável, e o homem se virou para ela num instante. Logo, a patricinha recuou, com gotas de suor escorrendo pela testa, até tropeçar e cair de bunda no chão.

"Que m*rda é essa? Por que seu filho tá assediando minha companheira, Raener?", questionou o desconhecido. Seu tom não era alto, mas carregava uma autoridade intensa, que arrepiou meu corpo e petrificou Alfa Raener.

"C-Companheira...?", balbuciou ele, tentando processar o que estava acontecendo. Se eu não estivesse tão aterrorizada, teria rido da situação. Alex também parecia à beira de entrar em pânico, e o pavor era evidente em seu rosto.

"Sim." O estranho estendeu a mão em minha direção, mas eu sacudi a cabeça. Um profundo medo se apoderou de mim, e minha única reação foi correr.

"Peguem ela", retumbou, ao fundo, o comando apático do homem. Corri, com todas as minhas forças, em direção ao jardim, onde subi na primeira árvore alta que encontrei, esperando que seus subordinados não me alcançassem. Contudo, eles pararam bem debaixo de mim.

"Que menina rápida, hein? Será que ela sabe voar?", comentou um deles, procurando por entre os arbustos.

Créc... créc! Fechei os olhos com força quando o galho em que eu me apoiava quebrou, derrubando-me diretamente nos braços de um dos homens. Ele me olhou com uma expressão confusa e, em seguida, me soltou, deixando-me cair no chão, o que provavelmente resultou em um machucado.

"Thomas!", protestou seu colega, e eu soltei um gemido de dor ao sentir uma pontada no braço.

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