Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 166

Entretanto, dizer que ele não me compreendia, mesmo após saber a verdade, ele sabia claramente.

Sabia que eu realmente queria me divorciar dele, que não o queria mais.

A suposta chance que eu lhe dei era apenas para fazê-lo sofrer ainda mais.

Eu jamais poderia perdoá-lo.

Portanto.

Quando eu pensei que tinha conseguido manipulá-lo, ele foi quem me manipulou.

Ele me tratou como um inimigo, usando uma estratégia de "fuga da casca dourada", transferindo todas as ações de uma empresa vazia para mim, enquanto, na verdade, ele possuía uma nova empresa, poderosa e totalmente sob seu controle.

Se não nos divorciássemos, as duas empresas funcionariam como uma só, e a empresa que eu possuía continuaria próspera.

Mas, no momento em que nos divorciássemos, a empresa que eu possuía rapidamente iria à falência.

Eu não apenas ficaria sem nada, como também, como ele disse, teria dívidas que levariam várias vidas para serem pagas!

Eu olhei para César, observando-o dizer com sinceridade que ele não queria me prejudicar e que nunca me prejudicaria.

Ele apenas queria ficar comigo.

Instintivamente, eu quis dizer algo, mas as palavras pararam na ponta da minha língua.

Porque eu percebi.

Percebi por que perdi tão feio!

Por causa do meu subconsciente! Do meu instinto!

Embora eu tenha esquecido César, esquecido do amor que sentia por ele.

Meu instinto, inconscientemente, ainda confiava em César, acreditava que ele realmente me amava, que sabia que estava errado e que queria dar tudo para me reconquistar.

Confiava em seu caráter, em tudo nele.

Confiava que ele não iria me manipular.

Por isso, acreditei sem sombra de dúvida que ele me deu todo o patrimônio para me reconquistar.

Nunca pensei que ele faria isso para me prejudicar de alguma forma!

Mesmo agora, com a situação neste ponto.

Quando ele disse que não queria me prejudicar e que nunca me prejudicaria, eu ainda, instintivamente, acreditava que ele estava falando a verdade!

Dei alguns passos para trás, assustada com meu próprio instinto, meu subconsciente, e também com César.

Ele realmente sabia como fingir!

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