Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 195

Ao saber que eu havia pulado do penhasco, a mente de César ficou completamente vazia.

Ele havia me prometido com tanta certeza que seu plano era infalível, que não haveria nenhum problema.

Porém.

Seu plano não só falhou, como ainda me levou a pular do penhasco.

Ele...

A mente dele estava zunindo e ele não conseguia pensar em nada, apenas sentia que tudo estava perdido!

Tudo estava acabado!

Eu provavelmente nunca mais o perdoaria!

Nosso relacionamento já estava tão quebrado.

E agora isso...

Mas isso não era o mais importante.

O importante era que ele sabia que eu sempre temi o frio, e num dia tão gelado, eu havia pulado em águas tão frias, e se eu não conseguisse sobreviver a isso?

Ele então se lembrou da última vez em que quase me afoguei na piscina.

Sem pensar duas vezes, ele também se jogou!

Queria encontrar-me da forma mais rápida e direta possível.

A montanha não era tão alta.

Subir parecia alto, mas era uma descida, e o terreno abaixo era mais elevado do que o vale, com águas profundas. Além de temer que eu não suportasse o frio.

César não se preocupou com mais nada.

Ele acreditava que, de uma altura assim, se não se preocupasse com afogamento, a pessoa sobreviveria.

Porém, ao pular, ele percebeu que as coisas não eram tão simples quanto imaginava.

De tal altura, uma pessoa poderia sobreviver.

Mas viveria com muita dor!

Ao saltar de uma altura tão fora do comum para a água, o impacto foi tão forte que ele se sentiu como se tivesse batido em uma parede!

Ele ficou atordoado pelo choque.

Ele não ousava imaginar como eu, mais frágil do que ele, teria lidado com isso.

De repente, ele se lembrou do penhasco que os sequestradores o forçaram a escolher entre duas opções, que parecia ainda mais alto...

Isso o deixou ainda mais angustiado.

Ele realmente havia sido negligente, desatento em relação a mim.

Essa negligência, essa falta de cuidado, o fez esquecer o básico, apenas calculando a altura, acreditando que cair na água de uma altura assim não mataria, e que eu sabia nadar.

Ele sabia que, embora eu fosse forte, eu era extremamente sensível à dor, e tinha um medo terrível dela.

Mesmo um pequeno corte me fazia quase chorar.

Quanto mais...

Ter metade dos ossos do corpo quebrados!

Lembrou-se de eu dizer que, como as cicatrizes em meu braço, meu corpo estava cheio delas.

Ele chorou de dor.

Eu sou uma pessoa que teme tanto a dor!

Como eu suportei tanta dor?

E ainda passei por isso sozinha no hospital.

Ele não ousava imaginar.

Realmente não ousava imaginar.

Não ousava imaginar o que eu havia suportado.

E ele finalmente se lembrou de como eu odiava ir ao hospital.

Para salvá-lo, mesmo após um aborto no mar tão severo, eu havia ficado no hospital por apenas meio dia.