Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 218

"Ele queria me arrastar para fora do hospital, mesmo eu estando gravemente ferida, para pedir desculpas à sua querida irmãzinha, só porque eu a fiz pegar um resfriado."

"Mesmo eu tendo chamado a polícia, mesmo com meu prontuário médico, minhas feridas claramente à sua frente, ele não acreditava, achava que eu estava fingindo, e ainda ameaçou o hospital que me salvou, querendo responsabilizá-los por falsificação de prontuário."

"Depois que recebi alta, ainda com o corpo cheio de feridas, placas e pinos de metal, tão fraca que mal conseguia andar sem ficar ofegante, ele insistiu que eu doasse sangue para sua irmãzinha."

"Alguns dias atrás, sua irmãzinha foi sequestrada, e os sequestradores exigiram que ele me trocasse por ela, e ele não hesitou em oferecer minha vida pela dela."

"Quase morri naquela floresta remota."

"Quero perguntar ao meritíssimo juiz e a todos os jurados, esse tipo de amor, é realmente amor?"

"Mesmo que seja amor verdadeiro, só porque ele me ama, eu devo continuar neste casamento até o dia em que ele me mate?"

"Será que eu preciso morrer para me libertar deste casamento?"

Pergunto em lágrimas e desespero.

As expressões do juiz e dos jurados, que já tinham mudado ao ver as fotos das minhas feridas, ficaram ainda mais indescritíveis.

Nesse momento, puxei a gola da camisa e levantei a manga, mostrando ao juiz e aos jurados minhas cicatrizes. "Meu corpo está cheio de cicatrizes como estas."

"Ainda hoje, todas as noites, sinto tanta dor que não consigo dormir bem."

"É só porque ele me ama, porque tudo o que ele fez foi por me entender mal, que devo perdoá-lo e continuar neste casamento?"

Juiz, "..."

Jurados, "..."

Um casamento assim, um marido assim, nem a parte interessada consegue suportar, nem mesmo os estranhos que veem conseguem assistir a isso.

De repente, todos olharam para César.

Ao vê-lo tão abatido e sinceramente arrependido, pensaram que talvez houvesse algum mal-entendido que causou o desvio no casamento.

Mas não imaginavam que ele fosse um homem tão desprezível!

Não.

Isso nem pode ser descrito como desprezível, é simplesmente desumano!

Falar de amor verdadeiro, que não pode viver sem a esposa.

Ele não sabia.

Não ousava imaginar, nem sequer pensar.

Ele estava lá, prestes a desabar.

Naquele instante, ele desejou a morte.

Mesmo se morresse, não deveria...

Não deveria.

Sua respiração ficou cada vez mais difícil, cada vez mais difícil...

Até que.

Com um baque surdo.

Ele caiu desmaiado.