Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1213

— Sim! — Respondeu Eduardo, antes de perguntar. — Sr. Miguel, o que o senhor gostaria de jantar?

Miguel se virou, pensou por um instante e perguntou:

— A Luiza não veio me procurar?

— Não. — Eduardo balançou a cabeça.

Miguel olhou o relógio. Já passava das sete.

O celular estava em completo silêncio, sem nenhuma mensagem. Ele perguntou:

— Ela pediu para alguém me trazer o jantar?

— Também não. — Eduardo respondeu com honestidade.

O bom humor de Miguel foi desaparecendo aos poucos, até ser substituído por um leve aborrecimento.

Percebendo isso, Eduardo saiu discretamente e ligou para Luiza.

Luiza estava em casa, acompanhando Felipinho enquanto ele desenhava. Ao atender a ligação de Eduardo, ela disse:

— Felipinho, continue desenhando. A mamãe vai atender o tio Eduardo rapidinho.

Ela largou o pincel e atendeu:

— Alô, Eduardo.

— Sra. Souza, a senhora não vai ver o Sr. Miguel hoje à noite? — Perguntou Eduardo.

— Não, estou em casa com o Felipinho. Por quê?

Eduardo respondeu:

— Porque o Sr. Miguel está um pouco chateado. A senhora não veio ao hospital nem mandou o jantar para ele.

Luiza ficou surpresa. Ela não havia dito que levaria jantar para Miguel. Por que ele estava pensando nisso?

Meio sem jeito, ela respondeu ao Eduardo:

— Vou ligar para ele.

Assim que terminou a ligação, Felipinho olhou para ela:

— Mamãe, o que foi?

— Seu pai está um pouco chateado porque eu não fui vê-lo à noite. — Luiza respondeu casualmente.

Felipinho riu:

— O papai é tão infantil assim?

— Ele sempre foi. — Luiza disse, dando um sorriso enquanto procurava o número de Miguel na agenda do celular.

Felipinho se aproximou, curioso, e sugeriu:

— Por que você não vai visitá-lo, mamãe?

Luiza apertou os lábios, caminhou até a porta e bateu.

— Entre. — A voz era ríspida, obviamente denotando irritação.

Luiza quase riu, mas girou a maçaneta e ficou parada na entrada, segurando a marmita.

Miguel estava recostado na cama, trabalhando. Pensando que era Eduardo, ele nem levantou a cabeça.

Mas, depois de alguns segundos, ao perceber que quem estava na porta não fazia nenhum movimento, ele ergueu os olhos, ligeiramente irritado, e ficou surpreso ao ver Luiza.

— Por que essa cara de mau humor? Não gostou de me ver? — Luiza perguntou com um sorriso.

Miguel franziu as sobrancelhas, os olhos ficando mais penetrantes. Ele a encarou por um instante e perguntou, num tom suave, mas acusatório:

— O que você estava fazendo em casa?

Haviam se passado sete ou oito horas e nenhuma mensagem, nenhum cumprimento, nenhuma atualização.

Quando alguém começava a namorar, qualquer sinal de negligência poderia gerar um sentimento inexplicável de insatisfação. Era difícil controlar a frustração e evitar se sentir injustiçado.

— Estava desenhando com o Felipinho. — Luiza respondeu honestamente.

Miguel franziu ainda mais a testa.

— Estava tão ocupada desenhando que não teve nem um segundo para olhar o celular?

O tom de acusação era evidente.