Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 126

Luiza estava aterrorizada, as lágrimas de medo se misturando em seus olhos.

Recuava suavemente.

Ele avançava, passo a passo.

O coração de Luiza batia forte, ecoando na quietude da meia-noite.

Incapaz de encará-lo, se virou para fugir em direção ao closet, mas foi bruscamente puxada por Miguel, caindo ao lado no sofá.

O sofá, macio, amorteceu sua queda, evitando que se machucasse, mas ela ficou irritada, se sentando e o repreendendo:

- Miguel, o que você está fazendo?

- Estou defendendo você, e ainda assim protege ele? - O rosto de Miguel estava sombrio ao extremo.

Luiza temia aquele olhar, temendo que ele pudesse se tornar violento, tentou correr para trás do sofá.

Mas Miguel a agarrou.

Puxando ela de volta, fitou ela nos olhos, como se quisesse devorá-la.

Lágrimas enchiam os olhos de Luiza, e ela gritou:

- Você é louco!

- Sou louco? - Ele apertava seu queixo, fitando ela com olhos sombrios. - Esta noite, fui armado pela Bruna e intervi para te defender, quebrando a Bruna por você, trouxe você de volta para cuidar de seus ferimentos, e nem agradecida você foi. Em vez disso, protege o Fabiano tão ferozmente. Sabe o que ele veio me dizer? É assim que o protege?

Ela, com o queixo sendo apertado, chorava ainda mais:

- Não estava o protegendo, só temia que você, no calor do momento, pudesse matá-lo.

Miguel pausou, a raiva em seus olhos parecendo se dissipar um pouco.

- Então, por que trancou a porta?

- Diante daquela sua expressão ao subir, quem não teria medo? - Luiza mostrava uma expressão triste.

Não estava protegendo Fabiano, apenas temia que Miguel, sendo tão bom para ela à noite, acabasse matando alguém.

Miguel fixou o olhar nela, o aprofundando.

- Não vai se explicar?

- Se eu explicar, você vai ouvir? - As lágrimas nos cantos dos olhos de Luiza se tornaram mais abundantes, e a ponta de seu nariz estava vermelha, numa expressão de extrema tristeza.

O gemido abafado de Luiza passou pelo telefone até os ouvidos de Fabiano.

Ele estremeceu.

Miguel já havia jogado o celular de lado, envolvendo Luiza com seu longo braço em um abraço.

A tela do celular ainda mostrava a chamada em andamento.

Fez isso de propósito, para que Fabiano entendesse o tipo de relação que ele tinha com Luiza.

Segurou ela em seu colo, deslizando os dedos sob a saia dela.

Luiza, aterrorizada, arregalou os olhos, imobilizada por Miguel, sentada em seu colo sem poder escapar.

Forçada a aceitar seu beijo ardente.

Os sons transmitidos pelo telefone eram infinitamente sugestivos aos ouvidos de Fabiano.

As veias no dorso da mão de Fabiano saltaram; ele gritou, enfurecido:

- Miguel! Você não tem permissão para maltratá-la.