Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 350

As pupilas de Luiza tremiam ligeiramente.

Clara sorria como uma flor.

- No começo, eu estava com ciúmes de você, agora não sinto mais nada. Afinal, no fim, você não passa de um saco de sangue e, quando Nanda acordar, você não terá mais valor algum.

- Não tente provocar problemas entre mim e o Miguel; eu não acredito em uma palavra do que você diz. - Disse Luiza friamente, descrente das palavras de Clara.

Clara retrucou:

- É mesmo? Então você se lembra de quando o Miguel começou a ser bom com você? Foi depois do casamento, no dia em que você se machucou e foi hospitalizada. Ele descobriu seu tipo sanguíneo e, então, começou a ser bom com você?

As palavras de Clara fizeram Luiza se recordar involuntariamente do passado.

Nos primeiros seis meses após o casamento, Miguel realmente se mostrava indiferente a ela e quase não ficava em casa.

Certa vez, enquanto ajudava a acender as luzes na casa ancestral, ela caiu de um lugar alto, ficando inconsciente.

Miguel a levou para o hospital e, quando ela acordou, o viu examinando o relatório de seu sangue e perguntando se sentia algum desconforto.

Foi a partir desse momento que a atitude de Miguel para com ela mudou.

Pensando nisso, o rosto de Luiza ficou inexplicavelmente pálido.

Clara perguntou novamente:

- Depois do casamento, ele frequentemente expressava o desejo de que você engravidasse? Porque, assim que você engravidasse, o sangue do cordão umbilical do seu filho também poderia ser usado para salvar a Nanda. Para salvá-la, ele frequentemente se deitava com você, desejando que você engravidasse logo...

- Não fale mais! - Interrompeu Luiza, com o rosto muito pálido.

Clara percebeu que Luiza devia estar sofrendo, com uma expressão exatamente como quando soube pela primeira vez.

Ela disse, sorrindo:

- Se você não acredita em mim, pode ir agora mesmo ao topo do prédio e ver se lá não há uma mulher por quem Miguel, se envolvendo na medicina, formou uma equipe médica a qualquer custo, tudo para acordá-la...

Luiza não quis ouvir mais e se virou, deixando o lugar rapidamente.

Ao sair do hospital, ela ainda estava meio atordoada, caminhando sem rumo pelas ruas, sem saber para onde ir.

À noite, Luiza estava deitada na cama, incapaz de dormir.