Sarah
Já me decidi, irei sair sozinha, não me importo com o que meus pais acham, eles nunca me deram direito de escolha, não serei mais a bonequinha deles.
Preparo minha mochila com tudo de necessário e penso em um plano para sair sem Ayla e Liam perceberem.
(...)
Ayla saiu para pegar mais sangue e Liam está escrevendo um livro, adoro ele, parece um príncipe de tão calmo e compreensivo, espero ter um marido assim no futuro.
Quando estou prestes a abrir minhas asas brancas e fugir ouso a voz dele.
Liam —espera, Sarah.— diz vindo em minha direção, sei que deveria aproveitar que ele está longe e fugir mais não consigo, odeio o fato de ser uma boa menina.
—vai me impedir de ir embora?— pergunto já meio deprimida.
Liam —não, você tem direito de fazer o que quer, pois um pássaro deve voar livremente. Não odeie seus pais, eles só querem de proteger de um futuro ruim, claro que não concordo com a falta de informação que eles deram a você sobre certos assuntos...— fico sem entender a última parte.
—ok... Eu nunca te disse, mas amo seus poemas e livros, são impressionantes, comecei a amar leitura por sua causa.— falo abrindo um sorriso.
Liam —seu sorriso é celestial, como o de um anjo, pena que....— todos sempre ficam com pena de mim ao descobrir que tenho um destinado demônio, mas nunca me contam o porquê.
—eu só vou passar no castelo do vovô e voltar para cá, prometo.— falo animada e ele me dá um cafuné.
Liam —se cuida e nunca tire o colar entendeu? Ele te protege.— confirmo com a cabeça.
O colar em meu pescoço foi me dado quando completei 15 anos para impedir que demônios consigam se aproximar ou me achar.
—Certo, até logo.— abro minhas asas e começo a voar, amo o sentimento de liberdade.
(...)
Estou voando a horas, mas ainda não cheguei a cidade do Darlan, me pergunto se estou na direção certa.
Vejo um castelo um pouco longe, reconheço de quando era criança, é do tio Danilo, irmão do papai, ele é líder do concelho dos vampiros, ele que mantém tudo em ordem.
Acho que não seria uma má ideia passar lá, quero muito ver meu irmão Dylan, na verdade ele é meu tio também, mas o considero um irmão.
Vôo até lá e aproveito o vento frio, tinha esquecido como a noite e as estrelas eram tão lindas.
Pouso no terraço e desço as escadas procurando meu tio, provavelmente está na sala de reunião, vou até lá, mas antes de entrar escuto uma conversa, parece estar negociando com alguém, é melhor não atrapalhar.
***** —o contrato entre nossas raças acabou, já se passaram cem anos, é melhor acharem um jeito de renovar se não entrarão na nossa lista de alimentação e extermínio.— é a voz de um homem.
Danilo —o que querem para renovar o contrato, Astaroth? Nunca concordei em dar almas inocentes para vocês, mas pela paz... — é meu tio falando, não estou entendendo muito.
Astaroth —meu pai não quer mais almas inocentes, na verdade ele não está pensando nisso no momento, mas tem algo que pode fazer para o contrato de paz entre nossas espécies ser novamente feito.
Danilo —o que?— meu tio parece interessado, esse assunto parece muito importante.
Astaroth —meu irmão mais velho, o herdeiro do trono está precisando de algo, se conseguir pontos positivos com ele na coroação a rei tenho certeza que o mesmo não pensara duas vezes em fazer o contrato de paz.— parece ser algo positivo.
Danilo —e do que seu irmão precisa?
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