Sarah
Ficar resolvendo e ouvindo os problemas tem sido chato, eles acham que tudo que eu decido está errado, pois todos são egoístas e não se importam se um nível do inferno se foder para outro ter riqueza.
Pego Sariel no colo e fico ninando ele que já está crescendo um pouco, os dentes estão em crescimento e ele não para de chorar.
Kailan —deixa eu tentar distrair esse elfo mimado.— vejo ele pegar o violino.
Logo uma bela melodia ecoa pelo castelo, eu não queria pensar isso não, mas....
Se a Kira não querer ele eu quero, que homem perfeito, ver ele com seus olhos azuis e cabelo desbotado para o branco....
Kailan —parece que ele gostou da música.— diz pegando meu solzinho, só agora percebi que meu filho parou de chorar.
—crianças gostam de você pelo que posso ver, na verdade todos, é irresistível.— aí caralho... por que a sinceridade ataca nesses momentos?
Kailan —obrigada rainha, você também é.— diz com um sorriso que faz meu rosto esquentar.
Eu não posso continuar gostando do destinado da minha prima, isso é muito errado e não posso fazer o papel de talarica.
Tenho que colocar na minha cabeça que sou uma mulher de família, mas está difícil...
Kailan —sabe o que posso dar para Kira? Ontem ela se feriu, quero comprar algo para ela, não consigo vê-la machucada, quero ver o sorriso dela pelo menos uma vez, pois nunca a vi sorrindo.— E a primeira vez que o vejo sério e inseguro.
—é só ela que quer agradar?— pergunto forçando um sorriso, enquanto Kai brinca com Sariel.
Kailan —o irmão dela parece não gostar de mim, mesmo que eu tenho salvado a vida dela— provavelmente Klaus teve uma má impressão.
—em que situação você se encontrou com ele?— pergunto para entender.
Kailan —Kira foi atacada por lobos, vou resumir, ele teve a primeira impressão de que eu estuprei e machuquei ela, mas na verdade eu salvei a vida dela, mesmo a Kira falando o que aconteceu ele.....
—ok...
Está ferrado para tentar fazer o irmão da destinada gostar dele, considero Klaus meu tio e sei o quão protetor ele é com a irmã casula, a deixa sair, mas não gosta de ver ela com homens. É compreensível pois ela deve ter acabado de fazer 18 anos e para lobos a maioridade é 21.
—Compra um buquê de flores brancas ou azuis.— falo e ele fica sem entender.
Kailan —para Kira?— pergunta colocando Sariel para dormir no berço na sala.
—não exatamente, flores azuis dão o significado que quer algo suave com ela, isso vai mostrar para Klaus que não quer passar da linha com a irmã dele.— falo cobrindo meu filho pois o frio está bem intenso no Inferno, ontem estava quente, o clima é estranho.
Kailan —e as brancas?
—significa que você quer paz com ele e com a família dela, mas vai continuar com ela mesmo que eles não aceitem, acho que essas são boas caso queira sequestrar minha prima.— falo e ele engasga.
Kailan —de onde você tirou que vou sequestrar ela?— pergunta incrédulo.
—eu vi os livros e relatórios do inferno, vocês demônios sequestram suas destinadas e nunca mais deixam elas voltarem para casa.— falo meio indignada, pois Lion falava essas coisas no início, agora entendo o porquê.
Kailan —eu não quero que Kira sofra, ver ela sentindo dor me machucou, ver ela infeliz deve ser bem pior. Vou invadir o quarto dela sem ninguém saber mesmo— diz se preparando para sair.
—leva morangos com chocolate, ou só morangos mesmo, ela ama, acho que também vai amar deitar no seu abdômen.— vejo que ele da um sorriso meio bobo na último parte.
Kailan —obrigado pelo concelho.— diz desaparecendo da minha frente.
(...)
Enquanto caminho pelo labirinto do jardim acabo tento um pressentimento ruim, respiro fundo e presto mais atenção nos meus instintos, consigo ouvir a respiração de alguém na virada logo a frente.
Consigo sentir se alguém quer me machucar ou não e essa presença quer, meus poderes são quase inútils, mas as vezes podem prestar.
Vou pela virada para pegar essa pessoa de surpresa, pego minha adaga na cintura e quando estou indo sinto meu sangue ferver de ódio.
É Vânia. Por causa dela eu perdi meus bebês, eu poderia ter uma família feliz agora, pelo que parece Lion aceitaria o fato de ser filho de sangue dele.
—Pare de respirar.— falo usando meu poder de controle.
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