Sarah
Depois de sair do banho não consigo parar de pensar na conversa com meu destinado, acho que o fato de estarmos ligados faz eu já me sentir apaixonada.
Escuto a porta do quarto abrir, cadê a educação dos filhos da puta que não batem na porta.
Olho para o lado e vejo minha mãe segurando um vestido, não queria estar olhando para cara dela agora.
—sai, depois de casar espero não mais olhar na sua cara nem na do papai.— falo e vejo lágrimas se formarem em seus olhos, sinceramente, não me importo, ela não se importava com as minhas lágrimas quando eu não queria fazer algo.
Larah —tudo que eu fiz foi por você, só quero que tenha o melhor.— sinto raiva se formar dentro de mim.
—você não sabe o que é o melhor para mim, você só decide minha vida como se eu fosse um brinquedo. Eu te odeio, espero sinceramente que sofra, que veja o papai te trair e de trocar por outra. Se soubesse o que era realmente bom não casava com o papai....— antes que eu termine de falar ela me dá um tapa.
Larah —como pode falar assim comigo?! Eu quase morri para ter você, para dar tudo que precisava.— a voz dela mostra sofrimento e raiva.
—eu não pedi para nascer, se você quis arriscar sua vida por mim problema seu!— falo brava.
Larah —se minha primeira filha tivesse nascido viva tenho certeza que não seria tão ingrata!— minha mãe sai do quarto brava e em lágrimas, o vestido que ela trouxe está no chão.
Fecho a porta do quarto e tiro meu colar do pescoço, preciso conversar e não quero ir ao baile conhecer um futuro pretendente. Caio na cama brava e vejo a sombra do meu destinado se formar no cômodo.
(Dantalion —por que está brava?) A voz dele me faz esquecer um pouco meus problemas
—meus pais, eles decidiram que preciso me casar com um arcanjo, eles sempre decidem minha vida sem me perguntar, eu cansei disso.— falo abraçando meu travesseiro.
(Dantalion —foram eles que fizeram esse colar e mandaram você viver fugindo?)
—sim, acho que estavam com medo que quando eu completasse quinze anos você viesse me levar para o inferno.— falo olhando a janela.
(Dantalion —eu iria ir aí falar com eles, decidir o melhor para você, na verdade o lugar mais seguro para você ficar. Tem 18 anos não é? Já não tem idade para decidir se casa ou não?) As coisas mudam quando seu pai é o rei.
—na verdade não tenho escolha, por que os demônios querem atacar os vampiros?— pergunto curiosa.
(Dantalion —não sei se tem maturidade para essa conversa, garota.) Tinha esquecido que ele ainda não sabe meu nome.
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