Sequestrada Por Um Demônio romance Capítulo 67

Sarah

Só ouço o som do sinal de invasão do castelo antes de ouvir uma explosão grande, sinto meu coração a acelerar no mesmo momento. Lion não está aqui, foi lutar e mostrar para os outros demônios porque ele é o rei.

Droga... se atacaram o castelo pretendem me matar assim matando o Lion também.

Subo as escadas correndo até o último andar já que foi na parte de baixo a explosão.

Bel tinha que viajar logo hoje! Estou completamente ferrada, pior ainda é saber que se eu morrer Lion também falece.

Abro minhas asas ao escutar passos se aproximando, olho para baixo e vejo que não são os soldados do castelo.

Pulo da sacada e vôo, não demora muito para eu reparar que tem demônios atrás de mim voando.

Acho que ainda é cedo para aceitar a morte então preciso continuar, pelo Lion, falando nesse chifrudo, ele deveria estar aqui.

Sinto uma dor enorme em minhas asas, só vejo uma parte delas cair cheia de sangue, eles me acertaram com alguma coisa.

Só me vejo cair enquanto grito de dor...

Abro meus olhos e percebo que estou no chão, meu corpo inteiro dói e minha testa está sangrando muito, não consigo ver muito por causa do sangue que cai em meus olhos.

Demônio —então é verdade todos os boatos, a rainha é uma inútil, sem ver seus poderes de controle não funcionam e por estar muito machucada não consegue se teletransportar.— a voz desse homem me irrita, mesmo sem conseguir ver não consigo deixar de sentir ódio.

—você vai se arrepender disso.— falo tentando me manter firme, mas dou um grito de dor quando sinto ele puxar minha asa machucada, ele corta ela fora, sinto minhas costas ficarem úmidas do meu próprio sangue.

Não consigo fazer mais nada além de agonizar no chão como uma inútil, sem enxergar não sou nada, se eu pudesse parar o sangramento da minha testa.

Demônio —você é orgulhosa igual aos desgraçados da família real do inferno, ainda bem que uma parte dos demônios perceberam que não precisam de um rei.— dou mais um grito de dor quando ele pisa na minha barriga.

Sariel —fica longe dela!— sinto movimentações no chão, ouço como se alguém tivesse sido perfurado pois agora escuto som de sangue caindo no chão.

—solzinho você está bem?— pergunto ficando aflita.

Sariel —estou, está vindo mais, vamos.— sinto alguém tentando me ajudar a levantar, aceito e caminho segurando a mão dele, está difícil me manter acordada, consigo sentir meu sangue escorrer pelo meu corpo.

Escuto vários passos atrás da gente, eu queria tanto fazer algo....

—cade o Lion...?— pergunto quase no meu limite.

Sariel —ele foi emboscado, mas vai ficar bem, precisa se preocupar com você.— diz e sinto algo nos derrubar no chão.

Demônio —um elfo achando que pode contra nós? Só pode ser brincadeira.— diz em tom de deboche, escuto som de galhos perfurando carne, provavelmente Sariel matou esse demônio.

Sariel —mãe, continua correndo, está vindo mais, eu consigo me proteger, só corre.

Sei que se eu ficar só serei mais um fardo, mas ainda assim não quero.

Sariel —mãe, eu te perdoo por tudo que fez, fui idiota em sentir ciúmes de você querer mais filhos, sei que só queria mais uma criança para te fazer feliz. Tudo foi rápido demais para você... Casou, perdeu gêmeos, me adotou, adoeceu e dormiu por 7 anos, claro que ia ficar afetada e depressiva depois disso, mas por favor corre, nós dois vamos morrer se ficar, não posso me proteger e proteger você.— o pior é que é verdade.

Faço o que ele pediu chorando, sou tão inútil.

Continuo a correr sem parar até sentir água em meus pés, minha visão está embaçada e não sei nadar.

Demônio —sanguessuga, onde pensa que vai?— outro demônio não...

Corro em direção a água mesmo não sabendo nadar, quando estou entrando no rio caio na água com alguém me chutando na perna.

Tento ordenar para parar, mas ele me afoga na hora, tento subir a superficial mas não consigo, fico a lutar o máximo que posso, consigo subir a superfície por poucos segundos mas logo ele volta a me afogar.

Se eu morrer assim Lion morre também, se eu aceitar e abrir a boca por vontade próprio ele vive, não aguento mais lutar, não posso levar Lion comigo.

Só abro minha boca deixando a água entrar, toda dor e sofrimento vão embora na hora, sinto tudo a escurecer....

Dantalion

Paro de correr ao sentir uma dor enorme no peito como se meu coração fosse parar, meu braço parece estar pegando fogo não de um jeito bom.

Fico sem reação ao notar que a marca da destinação desapareceu...

Não.... A Sarah não pode ter morrido.

(...)

Vejo Sariel inconsciente sentado em uma árvore completamente machucado, Sarah não está aqui então.... Não pode ser verdade, aquela vampira teimosa não ia desistir assim.

Quando Bel chegou mandei ele cuidar do meu filho machucado e fui procurar a Sarah, preciso acha-la, nem que seja o corpo dela.

(...)

Procurei por horas mas nada dela, os últimos rastros foi perto de um riacho, vou mandar meus guardas procurarem pela extensão do rio, mas já não sei se desejo encontrar algo.

(...)

Estou sentado no meu quarto olhando o nada, como vou contar aos pais dela, como vou contar para o Sariel que ainda não acordou.

Minha esposa está morta, estou livre da destinação, mas me sinto tão horrível e vazio igual quando a Amália morreu.

Sariel

Não pode ser verdade, ela não pode estar morta, eu não tive oportunidade de pedir desculpas direito.

Só pode ser um engano, Lion se enganou, ele não encontrou o corpo dela para ter certeza disso.

Sarah

Abro meus olhos com muita dor no corpo, estou sendo carregada por alguém, olho para cima e o vejo.

—Lion..

Moreno —não me chame assim nunca mais entendeu, se não te mato.— a voz dele é fria como gelo.

—você é o....— antes que eu termine ele me joga no chão.

Aron —sabe quem eu sou, vampira. Se ousar dizer algo que me relacione ao rei te mato na mesmo hora, entendeu?! Agora me agradeça por conectar sua alma ao seu corpo e salvar sua vida inútil, além de ter que fazer os primeiros socorros em você.— ele me beijou?

Olho direito para o moreno a minha frente, parece bastante com o Lion, o cabelo é grande ondulado. Vejo Aron a se abaixar um pouco e me tacar no ombro sem nenhum cuidado como se eu fosse uma mercadoria igual ao chifrudo do pai quando me conheceu.

—para onde está me levando, o castelo é para o outro lado.

Aron —vamos deixar algo claro, Sarah Angeli Vincell morreu, todos acham isso, inclusive sua destinação foi quebrada. Você agora é minha.— diz friamente enquanto caminha comigo em suas costas.

—o que está querendo dizer com isso!? Me solta! Eu sou sua madrasta, me respeita!— falo me debatendo em seus ombros.

Aron —se não parar irei de queimar viva, não ache que estou blefando sua vampirinha idiota!— paro com um certo medo, ele não é o Lion, não posso tratar como se estivesse brincando com coisa séria.

—o que quis dizer com sou sua?!— pergunto desistindo de sair dos ombros dele, ele é muito forte.

Aron —eu salvei sua vida, agora você é minha, Evelyn.

—meu nome não é Evelyn, chifrudo idiota!— Acabo falando sem pensar.

Aron —trata seu marido assim? Tenho pena dele, deve ser um livramento se livrar de você. Se não quiser que eu te mate agora seu nome é Evelyn, apelido Evy. Nada de Sarah, você morreu e todos pensam isso. Se decida se quer morrer como Sarah ou viver como Evy me servindo.— como ele ousa!

—só quero que saiba que Lion não sabia de você, ele não quer ser pai, mas nunca iria ignorar um erro, iria assumir ele.— falo e sinto minha perna queimar com o toque dele.

Aron —se abrir a boca para falar mais alguma coisa queimo sua língua.— fico calada no mesmo momento.

Acho que preciso aceitar, espero que o Lion esteja bem.

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