Sequestrada Por Um Demônio romance Capítulo 68

Sarah

Abro meus olhos e percebo que estou em uma sala completamente branca, parece uma sala hospitalar eu acho.

Não tenho mais asas e o que tinha sobrado delas parece que foi tirado.

Minhas costas doem, estou com fome e não faço ideia de onde estou, acho que as coisas não podem piorar mais que isso.

Aron —levanta daí sua inútil, ficou uma semana hibernando só por perder a asa.— diz me olhando com desprezo.

—o que você quer te mim?— pergunto sentindo muita dor ao me levantar.

Aron —roubar algo importante do meu progenitor.— por que é tão difícil falar pai?

—quero saber o que vai fazer comigo.

Aron —infernizar sua vida, agora levanta, vai treinar hoje, é uma inútil e precisa parar de ser tão imprestável, você já estaria morta se não fosse pelos outros.

—minha costas....

Aron —eu não me importo com a sua dor, levanta daí se não quer que eu te puxe a força.— diz me olhando de um jeito que me faz tremer de medo.

Mesmo com muita dor nas costas levanto, sigo ele pelos corredores e paramos dentro de um banheiro enorme.

—por que....

Aron —esta vendo aquele pode de creme? É um matizador velho, quero que passe no cabelo, Ivy.

—eu não vou fazer isso com o meu cabelo!— falo e vejo ele pegar uma tesoura.

Aron —se não fizer isso irei cortar seu cabelo bem curto, entendeu?!— acho que é melhor matizar, pelo menos a tinta sai.

Vou até o pode de creme, abro ele e sinto um cheiro doce, a tinta é velho sangue, não queria pintar, mas....

Começo a passar no meu cabelo em frente ao espelho enquanto Aron fica a me olhar.

Aron —boa vampira, continue assim.— diz como se eu fosse um animal sendo domesticado.

Depois de passar e me olhar no espelho fico cheia de raiva, pego uma tesoura em cima da bancada e arremesso na direção dele que segura antes que pegasse em seu rosto.

Aron —sanguessuga, vai se arrepender disso.— diz vindo na minha direção, tento correr mas ele segura meu braço fortemente e me taca no chão.

Com a tesoura na mão começa a cortar meu cabelo sem parar enquanto luto para ele parar.

Aron —se continuar vou acabar cortando seu rosto.— paro cansada disso, ele sai de perto de mim e quando me olho no espelho vejo meu cabelo todo picotado na altura do pescoço, pior é ele estar vermelho.

—o que eu te fiz?!— pergunto com ódio.

Aron —você existe, agora lave o cabelo e concerte o corte.— diz se virando para sair.

—eu não conheço você, não sei o que passou, mas eu não sou a sua mãe, por que me tratar dessa forma...?

Aron —eu nem comecei a tratar você como a rata imprestável que é, se acha isso ruim se prepara.— diz saindo.

(...)

Meu cabelo está horrível, eu tô horrível depois de toda tortura que ele chama de treino, meu corpo está todo machucado.

Tento procurar sangue no castelo mas não acho em lugar nenhum, vou morrer de fome...

Aron —o que está fazendo? Tentando fugir?— pergunta me olhando para mim ao longe.

—como se fugir daqui andando fosse possível, eu vi os monstros enormes lá fora.— falo e ele me olha como se tivesse achado graça.

Aron —fraca.

—vai me deixar morrer de fome?— pergunto e ele sorri.

Aron —tenho vários empregados demônios, tente se alimentar sozinha, está por sua conta e risco.— eu quero que esse demônio desgraçado morra.

O Lion tem que me achar, não pode desistir sem ter a máxima certeza que estou morta.

(...)

Estou completamente machucada depois dos meus poderes de controle terem falhado quando estava tentando beber o sangue de uma empregada. Parece que servos não tem nenhum direito aqui.

Caio na cama exausta e machucada, Aron fica o dia inteiro lutando contra monstros que se aproximam do castelo, da para ver pois os monstros são enormes.

As empregadas parecem que não tem nada para fazer, ficam olhando ele o dia inteiro lutando e treinando como umas pervertidas.

Aron —conseguiu se alimentar?— pergunta depois de entrar no quarto.

—não, daqui a dias semanas morro de fome, não se preocupe.— falo olhando o teto.

Aron —vai mesmo, melhor continuar tentando melhorar, inútil.

Dantalion

Não encontrei o corpo da Sarah, mas o fato da destinação ter desaparecido só indica que ela está morta, ter que falar com a família dela foi a parte mais difícil já que eles colocaram a culpa em mim por não ter a protegido.

Eu me culpo, deveria ter ficado com ela, mas não tinha como saber que iam atacar naquele dia.

Sariel —pai, para de beber.— diz olhando minha garrafa de whisky.

—eu não fico bêbado facilmente...

Sariel —beber não vai trazer a mamãe de volta a vida! Só se recomponha, ela não gostaria disso, vocês iam acabar se divorciando, pare de beber por favor.— só paro mesmo não estando nem um pouco bêbado.

—tudo bem.— Ele já é adulto, mas ainda assim é meu filho, minha família.

(...)

Kailan —como você deixou sua esposa morrer?! Nem conseguiu achar o corpo dela!— ficar levando sermão não vai me ajudar em nada.

—acha que eu queria isso?! Queria estar com minha esposa agora!

Kali —chega! Parem de discutir, o que aconteceu não pode ser mudado.— minha irmã está recuperando aos poucos a visão, o que é bom de certa forma.

Megan —aceitar e seguir em frente, pelo menos vai arrumar uma esposa que.....

Sariel —calada!

Megan —não, quando mais cedo aceitarem melhor.— diz saindo da sala brava.

Kira —é difícil de acreditar que minha prima está morta, ela sempre foi tão teimosa em aceitar as coisas...

Bel —tem como parar com esse clima depressivo, pensem pelo lado positivo, ela está no céu pois no inferno a alma dela não chegou.— tento ignorar pois minha paciência acabou.

Lilith —acho melhor todos passarem pelo luto sozinhos, se não alguém vai acabar morto.— com isso concordo.

Kali —eu ia dizer algo, mas acho melhor deixar para outro momento.— diz meio estranha.

—fala logo!— falo bravo.

Kali —vou casar....

—com quem?!

Kali —vou casar com a Isa e o Ivan.— vejo todos engasgar com a bebida.

—por hoje chega, ninguém venha me infernizar!

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