Sarah
Abro meus olhos e percebo que estou em uma sala completamente branca, parece uma sala hospitalar eu acho.
Não tenho mais asas e o que tinha sobrado delas parece que foi tirado.
Minhas costas doem, estou com fome e não faço ideia de onde estou, acho que as coisas não podem piorar mais que isso.
Aron —levanta daí sua inútil, ficou uma semana hibernando só por perder a asa.— diz me olhando com desprezo.
—o que você quer te mim?— pergunto sentindo muita dor ao me levantar.
Aron —roubar algo importante do meu progenitor.— por que é tão difícil falar pai?
—quero saber o que vai fazer comigo.
Aron —infernizar sua vida, agora levanta, vai treinar hoje, é uma inútil e precisa parar de ser tão imprestável, você já estaria morta se não fosse pelos outros.
—minha costas....
Aron —eu não me importo com a sua dor, levanta daí se não quer que eu te puxe a força.— diz me olhando de um jeito que me faz tremer de medo.
Mesmo com muita dor nas costas levanto, sigo ele pelos corredores e paramos dentro de um banheiro enorme.
—por que....
Aron —esta vendo aquele pode de creme? É um matizador velho, quero que passe no cabelo, Ivy.
—eu não vou fazer isso com o meu cabelo!— falo e vejo ele pegar uma tesoura.
Aron —se não fizer isso irei cortar seu cabelo bem curto, entendeu?!— acho que é melhor matizar, pelo menos a tinta sai.
Vou até o pode de creme, abro ele e sinto um cheiro doce, a tinta é velho sangue, não queria pintar, mas....
Começo a passar no meu cabelo em frente ao espelho enquanto Aron fica a me olhar.
Aron —boa vampira, continue assim.— diz como se eu fosse um animal sendo domesticado.
Depois de passar e me olhar no espelho fico cheia de raiva, pego uma tesoura em cima da bancada e arremesso na direção dele que segura antes que pegasse em seu rosto.
Aron —sanguessuga, vai se arrepender disso.— diz vindo na minha direção, tento correr mas ele segura meu braço fortemente e me taca no chão.
Com a tesoura na mão começa a cortar meu cabelo sem parar enquanto luto para ele parar.
Aron —se continuar vou acabar cortando seu rosto.— paro cansada disso, ele sai de perto de mim e quando me olho no espelho vejo meu cabelo todo picotado na altura do pescoço, pior é ele estar vermelho.
—o que eu te fiz?!— pergunto com ódio.
Aron —você existe, agora lave o cabelo e concerte o corte.— diz se virando para sair.
—eu não conheço você, não sei o que passou, mas eu não sou a sua mãe, por que me tratar dessa forma...?
Aron —eu nem comecei a tratar você como a rata imprestável que é, se acha isso ruim se prepara.— diz saindo.
(...)
Meu cabelo está horrível, eu tô horrível depois de toda tortura que ele chama de treino, meu corpo está todo machucado.
Tento procurar sangue no castelo mas não acho em lugar nenhum, vou morrer de fome...
Aron —o que está fazendo? Tentando fugir?— pergunta me olhando para mim ao longe.
—como se fugir daqui andando fosse possível, eu vi os monstros enormes lá fora.— falo e ele me olha como se tivesse achado graça.
Aron —fraca.
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