Sarah
Pego uma mamadeira e encho de leite para dar ao Lou, acho que o lobo infernal que peguei tem cara de Lou.
É um filhotinho lindo, ele está quietinho mas chora bastante quando fica sozinho.
Me sento no sofá e dou mamadeira para ele que só fica a tomar enquanto me olha, é um animalzinho tão fofo, nem parece que a espécie dele é enorme e assustadora.
Aron —você sabe que ele vai ficar com dois metros de altura né? Vai parecer uma formiga perto dele.— ignoro enquanto alimento Lou.
—vai ficar bem grande e forte né Lou?— pergunto animada e ele uiva.
Aron —você não deveria ficar tão perto dele, quando mais emocionalmente ficar ligada a ele mais esse monstrinho vai achar que é mãe dele, quando a desilusão acontecer a raiva dele vai ser bem grande já que essas coisas são bem inteligentes quando crescem.
—então serei a mãe dele.— falo abraçando Lou que parece um ursinho de pelúcia.
Aron —por que está tão apegada a uma coisa que pode te matar depois?— diz me olhando, parece estar tentando entender.
—até mesmo filhos podem matar os pais, não a muita diferença, além disso, preciso me apegar a alguma coisa para não querer me matar.— falo penteando os pêlos do meu filhote.
Aron —isso foi uma indireta?— pergunta me olhando com a sobrancelha levantada.
—se você se definiu com o que eu falei problema seu...
Sinto falta de alguma ligação emocional, de calor humano, de sentir. A única coisa boa que consigo ver em estar aqui é que esse chifrudo não consegue ler minha mente ao contrário do pai.
Aron —sua cobra, eu deveria cortar sua língua por isso.— ignoro e volto a dar mamadeira para o lobinho.
Lou —Au! Auuu!— ele está latindo para o Aron, parece que notou o tom de voz hostil. Na verdade não sei se é um uivo ou um latido.
Aron —faz essa coisa calar a boca se não taco para outros monstros infernais comerem.
—esta tudo bem Lou, o chifrudo não vai machucar você.— falo dando cafuné nele que para de rosnar.
Aron —ele é um animal, pare de dar carinho e amor a essa coisa, tem trabalhos a fazer e se me chamar de.....
—eu já entendi, cortar minha língua.— falo me levantando para fazer meus afazeres.
(...)
(...)
(...)
Meu Lou está ficando enorme, já está quase no tamanho do meu peito. Ele aprende rápido e já obedece.
Aron —Ivy, presta atenção!— volto a realidade.
—o que foi?— pergunto pois não ouvi nada.
Aron —o décimo terceiro nível vai pertencer a mim a partir de agora.— diz com um meio sorriso.
—por que você quer o lugar onde foi abandonado?— pergunto sem entender enquanto coloco um pedaço de carne enorme para Lou comer.
Aron —eu cresci lá, gosto do lugar apesar de lutar para sobreviver desde criança.— diz olhando o mapa do lugar.
—como um bebê recém nascido sobrevive em um lugar sozinho?!— pergunto sem entender, essa história tem que ter uma explicação.
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