Sequestrada Por Um Demônio romance Capítulo 71

Sarah

Odeio ser chamada de Ivy, odeio a forma que Aron me trata.

Se ele acha que vou aceitar ser bichinho de estimação dele está enganado.

Uso teletransporte e paro em cima de uma montanha para ver melhor o lugar inteiro, não sei como sair daqui, talvez se eu ficar mais dócil, Aron me leve para fora daqui.

(...)

Obedecer as ordens dele está me deixando completamente brava e com vontade de matar alguém.

Aron —parece irritada sanguessuga.— fala e logo come sua comida.

—você não deveria estar no 7 nível do inferno agora?— pergunto contendo a vontade de mandar ele se foder.

Aron —sim, quando terminar meu almoço irei, vai vir comigo.— tento conter minha animação ao ouvir isso.

—sim senhor.— falo não mostrando um sorriso.

Aron —melhor não tentar fugir.— diz sem me olhar.

(...)

Nunca pensei que seguir o Aron para lá e para cá fosse tão cansativo, ele é forte, mas não para até terminar seus objetivos, pelo lado bom descobri como sair do décimo segundo nível do inferno.

Aron tem me mandado fazer os trabalhadores fáceis dele, estou cansada mas pelo menos saio um pouco.

(...)

Entro no quarto e caio na cama exausta, preciso relaxar, o dia foi tao intenso, caçar monstros enquanto Aron ficava me olhando e dizendo o que fazer me fez ficar ainda mais estressada

Acho que vou hibernar para minha energia voltar, mas a fome não deixa, queria beber sangue, mas estou cansada demais para caçar uma empregada.

Aron —hoje você foi ótima caçando, estou até pensando em te presentear.— diz sentando na cama.

—o que vai me dar?— pergunto ainda olhando teto.

Aron —meu sangue, mas é claro que não vai querer, é muito orgulhosa para aceitar.— me levanto no mesmo momento e pulo em cima dele.

Estou olhando para seu rosto a me encarar, olho fixamente para seu pescoço, lambo sua pele antes de morder, fico a saborear antes de beber, consigo ouvir os batimentos normais do Aron, tomo gole por gole até me sentir um pouco satisfeita.

—seu sangue é gostoso.— falo sem perceber, lambo a ferida que fiz em seu pescoço enquanto olho em seus olhos carmesim.

Aron —não ache que vou deixar você beber de novo sanguessuga, só fiquei com pena da sua facilidade inútil.— diz me empurrando na cama.

—se ia me tratar assim não deixava.— falo limpando minha boca.

Aron —você não come direito, amanhã irei para o décimo terceiro nível, é importante e você precisa estar forte já que virá comigo.— sinto um calafrio, é o lugar mais perigoso do inferno.

—eu não sou um demônio, vou acabar morrendo antes de chegar lá.— falo insegura.

Eu aprendi a lutar, mas não sou um demônio, não vou achar que posso fazer o impossível.

Aron —eu cresci lá, sobrevivi mesmo sendo um bebê, você vai estar comigo, vai conseguir.— diz saindo do quarto.

Eu não entendo, uma hora parece ser uma pessoa normal, na outra é um cretino, grosso e idiota.

Pelo menos estou alimentada, me sinto sonolenta, sangue de demônio me dá sono. Pego uma coberta e me cubro ao sentir frio, abraço um travesseiro pois me sinto sozinha demais.

Desligo minha mente e hiberno até o amanhecer.

(...)

Acordo quente, estou suando muito, mas não por estar calor e sim por causa do sonho estranho que tive.

Eu nunca tive um sonho erótico na vida, por que tive um agora?!

Vou para o inferno se continua nesse ritmo... Apesar que já estou nele.

Deve ser culpa do sangue do Aron, só pode ser isso.

(...)

Pego minha arma especial e me preparo para sair com Aron, espero não morrer agora.

(...)

Estamos no lugar mais perigoso do inferno, os monstros daqui são completamente horrendos e assustadores. Aron mandou ficar atrás dele e estou obedecendo, pois não quero morrer.

Pelo que ele falou estamos aqui procurando lobos infernais, ele precisa do coração para negociar com um demônio, eu só quero voltar para casa logo, esse lugar me causa arrepios.

Aron —estamos perto, fique em silêncio e mantenha a guarda alta.— faço um sim com a cabeça.

(...)

Aron matou todos os lobos e já conseguiu o coração do alfa, mas precisamos ter certeza que matamos todos pois lobos procuram vingança depois.

Fico a olhar a caverna ao fundo, escuto um som estranho e sigo ele, quando chego lá dentro vejo um filhotinho em um ninho de pele de animais, é um lobinho de inferno fofo, tem quatro olhos, mas é lindo é peludo.

Aron —o que pensa que está fazendo?— pergunta me encarando.

—eu quero esse daqui.— falo e ele continua me olhando.

Aron —ele vai ser problema seu.— fico feliz ao ver ele saindo da caverna.

Quase pulo de alegria, nunca tive um animal de estimação antes, estou tão animada, espero que seja dócil e não queira me matar quando crescer.

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