Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 269

Teófilo observava atentamente Patrícia, nos últimos dias, ela não havia agido de forma particularmente notável.

No máximo, passou muito tempo no hospital, cuidando de João, cuja saúde se deteriorava a cada dia.

Era compreensível que Patrícia quisesse demonstrar seu carinho pelo pai.

Nos últimos dias, ela não saiu de casa, nem mesmo Luciana a visitou.

Ela usava um vestido de renda bege, a brisa suave acariciava seu rosto, enquanto as cerejeiras dançavam ao seu redor, tornando-a incrivelmente bonita.

Longe dele, ela havia se tornado tão serena.

Patrícia olhou discretamente para ele à distância, acenou levemente com a cabeça em cumprimento e partiu sem olhar para trás.

Teófilo estava com o coração apertado, pois já havia tomado uma decisão. Já havia feito promessas a ela, mas ele repetidamente quebrava suas próprias regras por causa de Patrícia.

Vendo que ela estava prestes a sair, ele deu alguns passos à frente e segurou seu pulso.

Patrícia o olhou com indiferença e o advertiu:

- Presidente Teófilo.

Teófilo ainda estava de terno, mas a gravata estava um pouco torta, e seu cabelo, que costumava ser impecável, caía desalinhado. Ele não parecia o mesmo de antes.

Ele estava prestes a noivar, e em circunstâncias normais, ele deveria estar radiante, mas por que ele transmitia uma sensação de melancolia?

Teófilo engoliu em seco:

- Eu estou apenas um pouco inquieto.

Ele sabia que não deveria ter ido procurar Patrícia, mas a sensação de inquietação o assombrava há vários dias.

- Algum problema? - Patrícia piscou os olhos e o observou calmamente.

O céu estava escurecendo e as luzes da rua acima se acenderam silenciosamente.

Sua imponente figura estava envolta na luz, ele não tinha mais a calma e a autossuficiência de antes:

- Você está escondendo algo de mim?

- Teófilo, não me procure mais. Eu, seja na vida ou na morte, não tenho mais nada a ver com você.

Dito isso, Patrícia correu na direção oposta.

As cerejeiras pareciam ter despejado uma chuva sobre ela, engolindo-a lentamente.

Teófilo pensou em correr atrás dela, mas de repente percebeu que ele havia perdido até mesmo o direito de persegui-la.

Mesmo que ele a alcançasse, o que ele poderia dizer? Ou melhor, o que ele poderia mudar?

Ele cobriu seu peito, onde seu coração estava batendo descontroladamente, por que ainda se sentia tão inquieto?

Patrícia entrou apressadamente no elevador, pressionou o botão do andar desejado e começou a respirar pesadamente, por que tinha que chegar naquele ponto?

Quando a porta do elevador se abriu, ela viu alguém parado na entrada.

Patrícia deu apenas uma olhada antes de se virar e entrar novamente no elevador.

- Paty, por favor, não vá.