Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. romance Capítulo 39

Resumo de Capítulo 37: Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo.

Resumo de Capítulo 37 – Uma virada em Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. de Yana Shadow

Capítulo 37 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo., escrito por Yana Shadow. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Faltavam duas semanas para o parto, Nicole organizou os últimos detalhes na decoração do quarto de Jullie. O branco dava amplitude e o tom rosa bem claro no mosquiteiro e no protetor de berço traziam vivacidade ao quarto infantil. Ela colocou o urso de pelúcia amarelo na poltrona de amamentação e ajeitou a almofada.

― Tudo pronto para você, filha! ― falou ao olhar para a barriga. ― Se bem que ainda tenho que comprar mais fraldas e uma roupa para a sua saída do hospital.

Nicole ajeitou a almofada no berço e recuou ao ver Joanna parada na porta.

― Que susto, tia! ― Encostou a mão no peito. ― Não sabia que estava aí.

Joanna entrou no quarto em passos lentos. Fez um muxoxo enquanto observava o espaço amplo.

― O que achou, tia?

― Ficou bom! ― murmurou.

Em certo momento, Nicole apoiou a mão nas costas e se ajeitou na poltrona branca logo depois que sentiu uma leve cólica. Nas últimas semanas, Jenny explicou que aquelas leves dores eram normais, já que a bebê estava encaixada e nos próximos dias as contrações ficariam mais fortes.

― Quanto tempo você acredita que esse conto de fadas vai durar? ― Joanna fitou a sobrinha. ― Será que realmente existe esse "Felizes para sempre"? ― Fez sinal de aspas com os dedos.

Nicole interrompeu os pensamentos para responder à tia.

― Não entendi aonde a senhora quer chegar!

― Sua mãe confiava tanto no seu pai e olha no que deu.

Nicole ergueu o olhar, se remexeu na poltrona ao sentir uma pontada.

― Joanna, pare de perturbar a minha esposa! ― disse a voz rouca do homem parado à porta. ― Você só continua nesta casa porque a Nicky me convenceu que você ajudaria a cuidar dos nossos filhos durante o resguardo.

Alexander apressou-se até a mulher que ajeitava o moletom rosa com a estampa de ursinho de pelúcia na barriga. Colocou-se de joelhos perto dela.

― Você está bem, meu anjo? ― Perscrutou Nicole.

― Sim, foi só um mal-estar! ― Os lábios se esticaram em uma linha fina. ― Jullie está muito ansiosa, mas eu já falei que ela tem de esperar mais um pouco. ― Acariciou a barriga.

A fisionomia sisuda se desfez no rosto másculo, Alexander achava graça na forma como Nicole conversava com a barriga.

― O que você achou da decoração? ― indagou Nicole.

― Ficou ótima! ― Segurou-lhe a mão e ajudou-a a se levantar.

Nicole pousou a mão nas ancas largas enquanto mostrava cada detalhe ao marido. Aconchegou-se aos braços do homem comprido, o rosto batia na altura dos ombros de Alexander.

― Eu vou ao shopping comprar um protetor de berço e mais algumas roupas e fraldas para Jullie.

― Preciso levar as crianças na loja de quadrinhos e depois vou à casa dos meus pais. ― Sorriu quando ela mordiscou o queixo. ― Não faça isso! ― Olhou de soslaio para Joanna que mexia na cortina rosa do quarto. ― Você quer uma carona?

― Pode ir! Vou mais tarde com a tia Joanna.

― Não! ― Negou a voz rouca abruptamente.

Ela fitou o marido sem compreender, odiava quando ele não a deixava sair. Desde o sequestro, Alexander mantinha Nicole por perto e não permitia que ela saísse sozinha ou na companhia de Joanna. Ainda não confiava naquela mulher.

― Por que não?

― Você sabe que tem um monte de repórteres e fotógrafos se esgueirando por aí procurando notícias desde o evento beneficente. Agora que a imprensa descobriu tudo sobre o sequestro, não tenho um dia de paz.

Nicole o afastou com as mãos e andou pelo carpete rosa até a porta.

― Nicky, falta pouco para nossa filha nascer! ― A voz dele suavizou. ― Não vamos brigar, meu amor! ― Colou os lábios na testa dela em um beijo carinhoso. ― Logo isso tudo vai passar e todos vão esquecer. Só quero cuidar de você e proteger a nossa família.

Joanna ajeitou o abajur branco clássico com a base torneada sobre o gaveteiro. Tencionou os lábios e revirou os olhos logo que eles se beijaram. Estava farta de ver aqueles dois fingindo que tudo ficaria bem.

O tecido do casaco preto acompanhou os músculos de Alexander, ele se afastou de Nicole e escondeu o volume que se formava no jeans azul.

― Nós podemos conversar no nosso quarto. ― Esboçou um sorriso maroto.

― Não! ― Ela se esquivou ao ver que a tia olhava. ― Mais tarde, falamos sobre isso. ― Disfarçou. ― Eu vou pegar minha bolsa e aproveitar a carona até o shopping.

No final de abril, o outono era marcado pela mudança do tempo úmido para mais seco na cidade do Rio de Janeiro. A transição entre o verão e o inverno tornava o clima agradável.

Naquele dia não havia congestionamentos pelas ruas, Alexander dirigiu tranquilamente pela avenida molhada por uma chuva fina. Após estacionar, ele acompanhou a esposa em algumas das lojas e fingia paciência enquanto jogava no celular com os gêmeos.

 Ajeitou os óculos ao ver que Joanna dava muitos palpites sobre as melhores fraldas no quesito absorção. Não gostava da forma como a tia de Nicole tratava as vendedoras. Por vezes, ele erguia a cabeça e concordava quando a esposa mostrava alguma peça de roupa de bebê ou quando ela experimentava um vestido diferente.

Nicole controlou o riso, mas sentiu a autoestima se esvair pelo ralo ao se comparar com aquela mulher espetacular. Não que ela não se sentisse bonita ou não se achasse capaz de conquistar um homem, mas, porque não tinha a elegância que Linda ostentava.

Passando os braços nos ombros encolhidos de Nicole, ele desconversou educadamente até que Linda entendeu e se despediu. Ele afastou o quadril para o lado quando sentiu um forte beliscão.

— Esse ciúme todo é devido aos hormônios da gravidez? — Tocou na barriga de Nicole enquanto a vendedora trazia as bolsas com os produtos. — Namoramos durante anos e você nunca agiu dessa forma.

Ela pegou as bolsas e entregou a Alexander, não disse uma palavra. Nicole observou a barriga com um formato de melancia e suspirou pesado.

— Meu amor, pare com isso! — Ele parecia ler os pensamentos. — Eu odeio quando você fica em silêncio. — Sentou-se em um puff ao lado dela. — Jullie, fale para mamãe que eu a amo! E avise que você e ela são as mulheres da minha vida.

Os dedos enterraram por entre os fios curtos de Alexander que ainda conversava com a filha. Adorava o carinho e a forma como ele a fazia se sentir amada. Respirou fundo e o abraçou.

No decorrer das horas, Nicole caminhou com Joanna pelas lojas, depois que o esposo levou os filhos para passar um fim de semana na casa dos avós. Após comprar tudo o que precisava, ela parou para descansar as pernas enquanto fazia um lanche no Coffee Break.

— Nicky, está ficando tarde! — Joanna terminou de tomar o latte macchiato

— Eu sei, tia! — Verificou a hora. Digitou a mensagem para Alexander no smartphone e enviou. — Vamos!

Em passos comedidos, Nicole foi até as portas automáticas e chamou o carro pelo aplicativo. Eram oito horas da noite e não tinha quase ninguém na rua. Ambas decidiram enfrentar a chuva fina e caminharam até o local onde o motorista as encontraria.

O corpo desequilibrou próximo à beira da calçada e em questão de segundos o farol iluminou os olhos que estavam embaçados pelas gotas da chuva que caíam em seu rosto. Não conseguia assimilar as palavras das poucas pessoas que se reuniam à sua volta. Luz e escuridão se misturavam aos borrões das sombras que se acumulavam e por fim uma dor intensa que a fez gritar.

A mulher que conseguiu escapar do atropelamento, se abaixou próximo ao corpo estirado no chão. Joanna levou a mão à boca ao ver o sangue que manchava a roupa de Nicole. Em pouco tempo uma ambulância se aproximou.

— Se afaste! — Um dos policiais ordenou. — A senhora está presa! — Algemou a mulher.

— Por quê? — As pupilas dos olhos castanhos arregalaram.

— Aquele moço — apontou para a silhueta de um homem no ponto de ônibus — viu quando a senhora empurrou essa jovem na frente do carro.

Joanna olhou o corpo da mulher que chorava de dor. Os paramédicos colocaram Nicole na maca e começaram os primeiros socorros.

— Eu falei que não existia esse tal de felizes para sempre. — Ela berrou e, em seguida, deu uma gargalhada.

Copyright © 2.021 por Ana Paula P. Silva

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