Resumo do capítulo Capítulo 36 de Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo.
Neste capítulo de destaque do romance Erótico Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo., Yana Shadow apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
No escritório, Alexander caminhava de um lado para o outro, discutia com Isabella ao telefone. Embora ela estivesse arrependida, não tinha como retroceder.
― Isabella, eu digitei uma carta de recomendação.
Alexander seguiu até a janela e abriu a persiana vertical branca, avistou os filhos que correram pelo gramado bem aparado e subiram até a casa da árvore. Olhou para o lado oposto, onde Nicole plantava algumas roseiras no pequeno jardim.
― Não adianta pedir desculpas ao Henry ou à Nicole ― falou a voz fria. ― Assine a sua demissão e mantenha distância da minha família.
Os dedos longos afastaram as palhetas da persiana. Fitou quando a esposa se ajoelhou na terra. Nicole dividiu a planta pelos canteiros e ajeitou as poucas margaridas que floresciam.
― Eu não espero vê-la tão cedo ― murmurou ao telefone. ― Adeus, Isabella!
Alexander sentou-se na cadeira e jogou o iPhone sobre a mesa. Observou com aflição a manchete com o título “Filha bastarda”.
Entrelaçou os dedos na altura do rosto, apesar de fazer de tudo, não conseguiu evitar que as mídias espalhassem notícias sobre sua esposa, afinal Nicole era filha de um famoso médico que, por quase dez anos, trabalhou como ortopedista da seleção brasileira de futebol masculino. Ele fitou pensativamente a porta após ouvir as batidas e tirou os óculos.
― Entre!
Alexander clicou no lado direito do mouse e fechou a página do Executive News.
― Bom dia! ― Joanna exibiu um sorriso forçado. ― Trouxe um café. ― Deu alguns passos até a mesa e serviu-lhe.
― Obrigado!
Ela encaminhou até a porta e olhou para Alexander.
― Você e a Nicole são capa do jornal Morning’s News.
Estava desesperada para entender o que acontecia.
― Os noticiários dizem que a minha sobrinha é filha bastarda do doutor Albuquerque. Isso é verdade? Minha irmã nunca me falou quem era o pai da Nicky.
Joanna deu um passo atrás com o barulho do punho de Alexander que se chocou contra a madeira maciça da mesa.
― Jogue essa merda fora! ― ordenou o barítono gutural. ― E não repita mais isso. Entendeu!? ― Levantou-se da cadeira.
Ela abriu a boca para respondê-lo, mas Alexander continuou.
― Se você chamar a minha esposa de bastarda mais uma vez... ― começou a balançar a cabeça enquanto comprimia os lábios. ― Some da minha frente, Joanna!
― Você não pode falar dessa forma comigo! ― Projetou o queixo ao enfrentar Alexander. ― Cuidei de você enquanto sua mãe passava o dia fazendo compras ou em reuniões com as amigas.
― Não se esqueça que você foi paga por isso! ― Ricardo limpou a garganta ao adentrar o recinto. ― Por favor, retire-se!
Ricardo se virou lentamente para ver a mulher que saía pela porta.
― O que deu em você para gritar essa hora da manhã?
O homem esbelto e de pele rosada afundou na cadeira ao encarar o filho.
― Essa mulher ressurgiu do inferno para me estressar, pai.
Alexander jogou os cabelos curtos para trás e respirou fundo.
― Nicole já viu o noticiário?
― Claro que não! Nicky já está chegando nas últimas semanas da gestação. Não quero que ela se estresse.
― Você sabe que uma hora alguém vai falar.
Ricardo apoiou a mão ao joelho enquanto o filho refletia.
― A propósito, sua mãe quer que vocês saibam que ela não teve nada a ver com isso. ― Engoliu em seco.
― Difícil de acreditar na Louise!
― Ela é sua mãe! ― Arregalou os olhos ao mirar o filho.
― Escuta, pai! Eu realmente estou com a cabeça cheia. ― Pegou os óculos e ajeitou na altura dos olhos. ― Não vou discutir sobre isso.
― Você vai ter que conversar com a sua mãe.
Alexander foi até a janela e abriu as palhetas da persiana.
― O que ela está fazendo aqui?
Na sala de refeições, Rosa serviu a entrada enquanto os homens se reuniram com as esposas em volta da mesa. Nicole adorava bruschetta de tomate com manjericão tradicional no pão italiano, uma receita que Lana ensinou e que Nicole preparou para a família na manhã daquele dia.
A pequena reunião trazia conforto ao coração de Nicole. Ela observou que Alexander sorria e interagia mais com Louise. Acariciou o belo rosto másculo do marido.
Em poucos minutos, Joanna e Rosa serviram Filé de pintado com manga e castanha de caju. Enquanto comeram, ninguém falou sobre o assunto do noticiário.
Alexander negou o vinho branco que o pai lhe ofereceu com um meneio de cabeça. Admirava o jeito como a esposa cuidava dos gêmeos e tratava a pequena Marcelly com a mesma afeição com que tratava os filhos.
― Você está tão linda, filha! ― Heloísa tocou o rosto de Nicole. ― Seu pai e eu compramos um presente para você.
As mãos alvas e enrugadas exibiam uma pequena caixa azul royal.
― Não precisava! ― Nicole sorriu timidamente.
― Você merece, filha! ― Henry insistiu e piscou para Nicole.
Os olhos de Alexander não gostaram do que viram assim que a esposa abriu a caixa. Como aquela peça estava de volta ao seio da família? Parecia que Sophie os assombrava.
― Muito obrigada! ― Agradeceu a voz baixa.
Nicole encarou a joia boquiaberta, não esperava que aqueles malditos brincos de safira retornassem à vida dela. Não teve coragem de devolver o presente. Alexander acariciou a mão de Nicole enquanto terminavam de saborear um petit gâteau tradicional.
― Está tudo bem? ― Questionou Alexander ao pé do ouvido.
― Não quero ficar com isso! ― cochichou Nicole.
― Darei um jeito. ― Beijou-lhe as costas das mãos.
Alexander disfarçou quando pegou a caixa. Sorriu para o sogro enquanto ele falava que a sobremesa foi criada na França e fitou o pai que discordou com a cabeça.
― Foi criado por um chef francês em Nova Iorque ― retrucou Ricardo. ― Ele errou na quantidade de farinha.
De longe, Joanna estreitava os olhos para a sobrinha conforme resmungava sozinha. Passou anos cuidando de Nicole e do filho dela e não recebeu nada em troca, aquela cena causava-lhe certo asco.
Copyright © 2.021 por Ana Paula P. Silva
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo.