SUBMETIDA - CONTINUAÇÃO DE LASCIVA romance Capítulo 3

Capítulo 02

Isis Melo.

Ouvir a voz de Cintia chamando-me, ao abrir os olhos sentir uma forte dor de cabeça. Tudo ao redor girou. Lágrimas formaram nos meus olhos, ao lembrar-se das palavras de Jaime e a forma como ele me machucou. Meu pulso estava latejando de dor, pela forma que ele torceu. Percebi que ainda estava vestida com a roupa do casamento, alisei o mesmo que agora está todo destruído, assim como o meu coração. Ele foi tão bruto, grosso e frio. Vê o desprezo no seu olhar, à mágoa, decepção e tristeza acabaram comigo. Não quero nem imaginar como ele está se sentindo nesse momento, rezei mentalmente para que não acontecesse uma tragédia.

- Fiz para você. – Cintia murmurou ao meu lado. Ela trouxe um chá, mas não sentir vontade de beber nem de conversar. Nem me lembro de como vim parar aqui na sala de estar. Como fui burra, por que não contei nada para ele antes. Podia ter evitado toda essa merda.

Estava tão nervosa, só conseguia pensar em Jaime e no que ele estava fazendo. Precisava ir atrás dele, mas estava chovendo tão forte e não sei quando iria cessar. Cintia falou que eu desmaiei lá fora e que Oliver havia me trazido para dentro de casa, e em seguida foi atrás de Jaime, e levou o padre embora.

- Obrigada pelo chá. Vou tomar um banho. – Conseguir dizer. Olhei para o meu vestido que está destruído, não quero nem imaginar o que Cláudio diria se visse o mesmo. Porém, o vestido é o menor dos meus problemas!

- Vamos Isis, vou cuidar de você...

Jaime Gandy.

No caminho liguei o som no volume máximo, quis gritar enquanto dirigia, mas não queria extravasar a minha raiva dessa forma, quero extravasar a minha raiva em Conrad. O caminho estava um pouco escuro e por um momento a dor que sentir foi tão intensa que queria meter a mão dentro do meu corpo e arrancar meu coração. A dor se tornando insuportável. Parei o carro bruscamente e sentir-me sufocado. Arranquei a gravata, já estava sem o paletó e sair um pouco do carro. Deixei que a chuva me atingisse em cheio e ali deixei que as lágrimas saíssem sem cessar. Urrei sentido uma dor descomunal, e sabia que nada nem ninguém iria aplacar o que estava sentido. Sentia-me traído e ferido pela pessoa que mais amava nesse mundo. A mulher que me entreguei e planejei construir a minha vida. Eu daria a minha vida por Isis, e ao fim de tudo, ela me traiu e mentiu. Algo que eu não perdoaria jamais.

Deixei que a água da chuva levasse todos os sentimentos bons que poderia me fazer voltar atrás, e entrei no carro disposto a me livrar daquele maldito de uma vez por todas. Faria ele se arrepender por ter tocado em alguém que significava tudo para mim. Dirigir rapidamente, sem olhar para os lados. Atravessei todos os sinais vermelhos, cenas dos dois juntos fazendo meu sangue esquentar de ódio. Iria matá-lo, disso não tinha dúvidas.

Subir as escadas de casa de dois em dois degraus, feito um leão indo para a caça. Ao entrar, ouvir vozes vindas da sala de jantar, e todos estavam lá. Não olhei para a cara de ninguém, peguei Conrad pela camisa, joguei-o contra a mesa com força, a mesa que era de vidro se espatifou em mil pedaços. Nanda e minha mãe se afastaram gritando.

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