SUBMETIDA - CONTINUAÇÃO DE LASCIVA romance Capítulo 4

Capítulo 03

Isis Melo

Acredito que o chá que Cintia me deu era calmante, pois depois do banho me deitei na cama e apaguei. Acordei angustiada no dia seguinte, pois havia tido um pesadelo com Conrad. Ele tentava matar Jaime, e isso me fez sentir um calafrio no corpo inteiro. Olhei para o vestido de noiva que está completamente destruindo em cima da poltrona, e a minha vontade de chorar aumentou. Em pensar que uma hora dessas nós estaríamos em lua de mel, mas estou vivendo um pesadelo.

Levantei-me disposta a não chorar mais e ir procurar saber de Jaime. Não poderia ficar escondida do mundo sem saber o que ele está fazendo nesse momento. Será que Nanda já sabe? Céus! Ela vai me odiar, e a mãe dele já não gostava de mim antes, e agora então!

Depois de lavar o rosto, fui até a sala, mas não tem ninguém. Fui para a varanda e o único que estava lá foi Jody. O jeito que ele me olhou me deu mais vontade de chorar.

- Jody... – Queria dizer algo, mas nem sabia o que dizer.

- Não precisa me dizer nada, senhorita. – Falou.

- Você sabe onde Jaime está? – Perguntei.

- Sim, mas não tenho autorização para lhe dizer nada. – Falou.

- Jody, por favor, eu tenho tanta coisa para conversar com ele. – Pedi.

- Você precisa dar um tempo a ele, senhorita. – Falou com carinho. Concordei com Jody, afinal, ainda está muito recente, e duvido muito que ele queira me escutar.

Jody me disse que Cíntia precisou ir para casa, mas disse que me ligaria. Fiquei agradecida com sua atenção. Passei o dia sozinha, andava de um lado para o outro, a angústia me corroendo. Não sabia se veria Jaime novamente, mas Jody me disse que ele mandou que eu ficasse em casa. Peço aos céus que ainda exista esperança para nós dois. Estou angustiada e com medo da sua reação, ele me tratou tão mal quando descobriu tudo. As coisas que ele me disse fizeram meu corpo tremer de medo, nunca havia visto Jaime tão furioso como ontem. Pensei realmente que ele fosse me matar.

Deitei-me na rede, e fiquei olhando para o céu. Orei silenciosamente para que esse não fosse o nosso fim, Jaime tinha que me ouvir e acreditar em mim. Eu estava disposta a tudo para reconquistar a confiança dele, eu o amo tanto e tenho certeza de que ele me ama, sei que sua atitude e suas palavras foram ditas em um momento de raiva. Quero ter esperança de que nosso amor vai superar tudo, que vamos conseguir ser felizes sem nada para nos separar.

Quando abrir os olhos naquele dia já era noite, e nem sinal de Jaime. Meu coração se comprimiu, uma dor tão forte que quase não conseguia me levantar. Lembrei-me que não comi nada o dia inteiro, e apenas para me aguentar em pé bebi um copo de leite e fui para o quarto.

- Aí... – Dei um pulo e gritei de susto ao ver Jaime sentado na cama. Com as mãos em cima da cama, e em uma das mãos tinha um copo de uísque. Sua barriga estava enfaixada com uma tala, e a calça ainda era a mesma de ontem. Queria me aproximar e saber o quanto ele se feriu, saber se Conrad está vivo, saber de Nanda, mas seu olhar na minha direção é de ódio, como se nada tivesse aplacado a sua fúria.

- Jaime o que houve? – Perguntei temerosa.

-Por favor, Jaime. Faço o que você quiser, mas apenas me escute. – Falei. Ele riu nervoso.

- Pode ter certeza que você não vai querer fazer o que eu tenho em mente. – Falou com raiva.

Olhei para o seu pau, e vi que estava duro. Percebi que o corpo dele implorava pelo meu, que mesmo com ódio ele não conseguiria resistir. Então tentei usar o sexo para que me escutasse e me perdoasse.

Pegando na alça da minha blusa, eu puxei a mesma para baixo e retirei o short que estava usando junto. Fiquei completamente nua na frente dele. Mesmo estando acabada por dentro, eu faria o que fosse preciso para que ele me escutasse, e principalmente para que ele me perdoasse.

- Já disse que faço o que você quiser. – Falei. Porém, ele fez algo que mesmo eu esperando, me machucou muito. Sua rejeição doeu mais que suas palavras:

- Você acha que me dando essa buceta vai me fazer esquecer toda essa merda. A última coisa que quero no momento é tocar em você, e se eu fizer isso, pode ter certeza que vai se arrepender. – Falou irritado. Ele parecia lutar contra algo, mas ao final de tudo me largou sozinha e entrou no banheiro.

Encolhi-me feito um animal assustado com suas palavras. Doeu para cacete saber que ele não quer me tocar. Mas eu não desistiria facilmente, vestir uma das suas camisas e deitei-me na cama na esperança dele se deitar ao meu lado, porém comecei a chorar quando ele saiu do banheiro e foi para outro quarto. Chorei até pegar no sono. Minha vontade era de morrer naquela noite, pois a dor que sinto é insuportável!