SUBMETIDA - CONTINUAÇÃO DE LASCIVA romance Capítulo 8

Capítulo 07

Isis Melo

- Que barulho infernal é este? – Jaime entrou com tudo no meu quarto. Vi seu olhar percorrer todo o meu corpo. Eu já estava esperando por esse momento. Ontem descobrir que ele está ficando em um quarto ao lado do meu, e que tem uma porta anexo para o meu quarto. Sei que ele saiu para trabalhar e chegou agora a pouco. Eu estava ouvido Annie Lennox, no volume máximo, vestida com uma blusa que vem até minha cintura e de calcinha, dançando pelo quarto.

- Estou procurando uma forma de gastar minha energia, já que não posso sair deste quarto. – Falei. Estava me sentido muito melhor da febre, comecei a me alimentar regulamente e ficava toda à tarde na varanda lendo algum livro e aproveitando o sol. Fiquei um pouco mais animada com a preocupação de Jaime, sei que ele ainda me ama e que estava fazendo o possível para me esquecer, mas eu não lhe darei paz e não permitirei que ele me esqueça.

- Você não pode ouvir com o volume mais baixo. – Ordenou e foi abaixar o som. Logo em seguida, ele voltou para o quarto dele. E assim que ele fechou a porta eu aumentei o som e comecei a cantar.

Eu te amo

Eu te amo

Eu te amo

Eu te amo de qualquer maneira

E eu não me importo

Se você não me quiser

Eu sou sua agora...

- Desligue isso, agora. – Voltou ao quarto furioso.

- Não posso cantar mais. – Rebati. Jaime me ignorou e foi até a tomada e desligou o som. Bufei frustrada.

- Entenda de uma vez por todas, Isis. Você não está aqui como uma convidada, uma amiga nem nada do tipo. Você se tornou um estorvo que tenho que aguentar até me livrar de Fernando. – Disse. Suas palavras me magoaram profundamente. Fiz o possível para não chorar.

- Se eu não quiser ficar? – Desafiei-o. Mas rezei internamente para que ele não me mandasse embora, não podia perder a oportunidade de mostrar que o amo.

- Isso não depende de você. – Falou e me largou sozinha novamente.

Neste final de semana não ouvir nenhum barulho no quarto ao lado, e imaginei que Jaime não apareceu por aqui. Pensei muito na minha mãe esses dias, estou aqui presa neste quarto e não posso ir vê-la. Imagino que ela está preocupada comigo, e a todo o momento que penso nela sinto um aperto no peito e fico mais triste do que já estou. Pego a minha bolsa e procuro por meu celular, mas não encontro em lugar nenhum. Eu preciso entrar em contado com a clínica, nem sei se Jaime ainda paga as prestações. Não sei de mais nada que acontece no mundo. No quarto tem uma televisão, mas não sinto o menor interesse de ligar a mesma. Começo a procurar meu telefone pelo quarto e acabo encontrado um notebook no mesmo, mas deixo-o quieto. Preciso urgentemente que me levem a clínica para ver minha mãe, não suporto mais tanta solidão. Preciso do seu carinho mais que tudo neste momento.

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