Capítulo 06
Isis Melo.
Fomos ao hospital tão rapidamente que quando me dei conta já estávamos na suíte do hotel novamente. Eu só queria ficar deitada na cama por um momento e esquecer que tudo isso estava acontecendo, estava cansada de tentar conversar com Jaime. Ele não me escuta. Não poderia ficar tentando me explicar para o resto da vida, por isso resolvi me calar, e olhe que isso é muito difícil para mim, pois gosto de conversar e colocar tudo em pratos limpos, mas ele não facilitava, por isso resolvi mudar de tática.
- Hora de comer e tomar seus remédios. - Jaime entrou por uma porta que eu nunca havia visto.
Tinha uma bandeja com variedades de comidas. Tomei o remédio que ele me trouxe sem reclamar e comecei a comer um pouco de tudo.
- Está se sentido melhor? Perguntou carinhosamente.
- Sim. - Respondi estranhando a sua doçura.
Ele ficou me observando por um tempo, até que falou que era bom que eu tomasse um banho morno, para ajudar a baixar a febre. Nesse momento tive uma pequena ideia.
- Não me sinto bem para ir sozinha. - Falei manhosa.
Ele suspirou e depois de pensar um pouco, me ajudou a ir até o banheiro. Ao chegar ao mesmo ele preparou uma banheira com água morna. Sobre os seus olhos atentos eu tirei o roupão e entrei na banheira. Olhei-o com olhos de pidona e me surpreendi quando ele retirou a própria roupa e entrou na banheira. Colocando-me deitada sobre as suas costas, ele pegou a esponja e começou a passar lentamente pelo meu corpo. Suspirei desejosa.
Sua mão passava metodicamente pelo meu corpo, sem tocar nas partes que eu mais almejava seu toque. O que era para ser um prazer estava se tornando uma tortura. - Ah... Jaime. Preciso tanto de você. - Sussurrei chorosa. Seus lábios tocaram o meu de leve. Achei que estava no paraíso... Até ser despertada pelo Jaime carrasco.
- Isis, Isis. - Ouvir a voz de Jaime e abri os olhos. Dei-me conta que estava sonhando ou delirando. Céus! Olhei ao redor e vi que estava deitada na minha cama e que provavelmente havia pegado no sono.
- Vou lhe dizer como as coisas vão funcionar a partir de agora. Você terá que comer seis vezes ao dia, e tomar seus remédios por conta própria. Não teste a minha paciência e nem fique tentando chamar a minha atenção com seus joguinhos idiotas, não vou tocar em você. - Falou bruto.
Fiquei calada apenas ouvindo o que ele tinha a falar. Não adiantaria falar nada. Um soluço involuntário saiu do fundo da minha garganta, mas contive o choro a todo o custo.
- Se não tiver você, vou morrer, Jaime. - Sussurrei destruída.
- Então você morrerá, pois não pretendo tocar em você. Tenho raiva de um dia ter tocado numa...
- Não se atreva a terminar a frase. - Falei ríspida. Levantei-me da cama, mesmo sem sentir força nenhuma. Andei na sua direção e parei na sua frente, o encarei e falei.
- Termina a frase olhando nos meus olhos, diz que sou puta, vagabunda, mentirosa, interesseira, diz que não sente a minha falta e que não me ama. Aproximei ainda mais meu rosto, perto dos seus lábios. - Diz que não tem saudade de me tocar, beijar... - Sussurrei provocativa e lambi os lábios.
- Você não deveria ter sido mais que uma acompanhante. - Falou, tentando disfarçar sua alteração com minha aproximação.
- Mas eu nunca fui sua acompanhante. - Falei séria.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUBMETIDA - CONTINUAÇÃO DE LASCIVA
Ah, descobri a continuação e amei. Parabéns pelo romance excelente. Que bom que teve conclusão. Adorei e recomendo....