Por Você romance Capítulo 137

Jonathan

Momentos antes do resgate...

— Sim, ele vai me ajudar. Como estão as coisas por aí?

— Tudo bem! O Caio ainda está no quarto dele e a reunião do papai já terminou, mas ele ainda não veio aqui no quarto dizer nada. E a mamãe está no telefone falando com a tia a Mônica.

— Perfeito!

— Jonathan? — Escuto o meu avô me chamar.

— Eu tenho que desligar. Beijo! — falo rápido, encerro a ligação, guardando o aparelho no bolso e me viro para o meu avô.

— Terminou?

— Claro!

— Temos que ir. — Ok, isso sim é música para os meus ouvidos! Penso.

— Certo! — Assim que Edgar me dá as costas eu o acompanho apressado e entramos em um dos carros blindados que já nos aguarda na frente da casa.

— Não vamos entrar pela entrada principal. — Ele avisa para o motorista.

— Não sabia que existe outra entrada para a comunidade — comento atônito.

— E não tem. — Franzo a testa me sentindo perdido agora. — Nós vamos abrir uma porta onde não tem, garoto. — Arqueio as sobrancelhas.

— Ah!

Essa determinação só me dar a certeza de que procurei a pessoa certa para esse serviço. Penso. Durante todo o trajeto Fassini fala com seus homens através de um pequeno rádio transmissor instalado no seu ouvido. Eu apenas penso, no quão perto estou de ir buscá-la. Sentir que a perderia para sempre me despertou e não medirei esforços para tê-la de volta sã, salva e segura. Eu sei, sou jovem demais para concluir algo assim para minha vida e como diz a minha mãe, talvez eu tenha muitos amores e conheça muitas garotas até enfim encontrar a pessoa certa que vai se encaixar na minha vida. Mas posso afirmar que aos dezoito anos eu já encontrei a pessoa certa para mim. Só fui covarde demais para admitir isso. Ao longe já posso ver o topo da comunidade e ainda é possível ouvir alguns tiros daqui de dentro. Filhos da puta! O carro muda a direção contornando o morro e por fim, paramos em uma mata densa e escura, e todos saem dos carros. Alguns homens começam a carregar algumas mochilas pretas nas costas. Eu respiro fundo e ansioso encaro o meu avô que para bem na minha frente com uma arma de pequeno porte estendida em minha direção.

— Cursinho rápido, Jonathan. — O QUÊ?! Meu subconsciente grita, porém, seguro o objeto sentindo a sua firmeza e peso em minhas mãos.

— Vô, eu nunca... — Nem chego a concluir a frase e ele dá de ombros.

— Nós vamos invadir uma guerra fria, filho e você não pode entrar lá desarmado. Ver aquele alvo no tronco da árvore? — Ele aponta para uma árvore atrás de mim. — Imagine que é o homem que está com a sua garota e você tem que atingi-lo para tirá-la de lá. Mire, respire e aperte o gatilho. Tire-o do seu caminho. — Engulo em seco. No entanto, eu miro no alvo como me pediu. Uma mancha branca e seca pintada em um tronco largo e escuro. Puxo a respiração e a solto por pelo menos três vezes seguidas e aperto o gatilho. Faço isso mais cinco vezes e erro em todas elas.

— Não dá, vô! — resmungo desanimado.

— Me diga, Jonathan, você ama essa garota? — O tom sério da sua pergunta não me intimida, pelo contrário, faz o meu coração ter certeza dos meus sentimentos.

— Sim, eu a amo!

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