Rafael: Bra- Branco?
Ele levantou com o rosto assustado.
André: Tá com a mão na barriga da minha mulher porque porra? Perdeu alguma coisa aqui?
Ele foi em cima do Rafael.
André é praticamente o dobro do Rafael. Fiquei com medo e segurei seu braço, como se pudesse fazer algo.
_ André, para.
Ele nem ligou, continuou encarando Rafael.
Rafael: Foi mal cara, não sabia que a Anja era tua mulher.
André: Anja? Corta intimidade com minha mulher, entendeu parceiro. Rala porra!
Ele gritou a última parte, atraindo alguns olhares.
Rafael: Cara, perdão. Foi mal, nos conhecemos já desde criança.
André: Não te perguntei porra! Não abusa da sorte que não é todo dia que tô de bom humor.
A voz dele era mortal.
_ André, para, por favor as pessoas estão olhando.
André: Parar o que vagabunda! Não é tu que gosta de atenção de macho?
Ele virou segurando forte meu cabelo pouco acima da nuca.
André: Quer me fazer de otário, vadia? Brinca com minha cara que eu te mostro como se faz.
_ Para, tá me machucando.
Meus olhos já começava a arder.
_ Solta André.
Rafael: Branco, solta ela. A mina tá grávida.
André virou com tudo dando um soco no rosto do Rafael que foi voado no chão.
André: TÁ SE METENDO PORQUE PORRA!
Ele deu um chute nas costelas de Rafael que já estava caído no chão.
Agi impulsivamente, e puxei sua camisa.
_ Para André, ele é só meu amigo. Para com isso.
Ele virou e acertou um tapa que meu rosto ardeu.
Ninguém, absolutamente ninguém fazia nada.
Senti o gosto metálico na boca.
André: Tira a mão sua vagabunda! É isso que você quer?
Ele apontou o dedo no meu rosto.
Ele segurou meu cabelo e saiu me arrastando pra fora da casa.
_ Me solta, para! Tá machucando. Solta André!
Eu não queria derramar nenhuma lágrima, mas a força que ele colocava na mão era impossível de suportar.
Ele abriu a porta carona do carro e praticamente me jogou lá dentro.
Estava morrendo de medo do que podia me acontecer, e mais ainda por saber que meu bebê estava em risco.
Minhas lágrimas já eram minhas companheiras.
Demorou um tempo, entrou um homem que eu nunca vi, ele tinha uma arma na cintura.
Ligou o carro, nem me encarou.
Consegui respirar por saber que não era o André. Nesse momento estava com medo dele.
...
Cheguei na casa e fui direto pro chuveiro, minha cabeça começou a latejar.
Não queria tomar remédio, mas a cada segundo estava impossível.
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